Isabel Bowes-Lyon: diferenças entre revisões
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===Visitas e viagens===
[[Ficheiro:King George VI and Queen Elizabeth acknowledge the crowds at Toronto City Hall during the 1939 Royal Tour of Canada.jpg|thumb|left|Jorge e Isabel na [[Old City Hall|Prefeitura de Toronto]], Canadá, em 1939.]]
Uma visita de estado do rei e da rainha para a [[França]] em 1938 foi adiada em três semanas por causa da morte da mãe de Isabel, Cecília Cavendish-Bentinck. Duas semanas depois [[Norman Hartnell]] criou para a rainha um enxoval todo branco, já que ela não podia usar nada colorido por ainda estar de luto.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|pp=430–433}}</ref> A visita tinha a intenção de melhorar a solidariedade anglo-francesa no iminente conflito com a [[Alemanha Nazi]]sta. A imprensa francesa elogiou o comportamento e o charme do casal real durante a visita bem sucedida, notando também o guarda-roupa feito por Hartnell.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|pp=434–436}}</ref>
As agressões da Alemanha continuaram mesmo assim e o governo se preparou para a guerra. O [[Acordo de Munique]] de 1938 parecia adiar o advento de um conflito armado, e o primeiro-ministro [[Neville Chamberlain]] foi convidado para a varanda do [[Palácio de Buckingham]] com o rei e a rainha
Isabel e Jorge foram em junho de 1939 para o [[Canadá]] em uma viagem de costa a costa, visitando também os [[Estados Unidos]] e passando um tempo com o presidente [[Franklin Delano Roosevelt|Franklin D. Roosevelt]] na [[Casa Branca]] e na sua propriedade no [[Hudson Valley]].<ref>{{citar periódico|autor=Bell, Peter|data=outubro de 2002|título=The Foreign Office and the 1939 Royal Visit to America: Courting the USA in an Era of Isolationism|jornal=Journal of Contemporary History|volume=37|número=4|páginas=599–616|doi=10.1177/00220094020370040601 }}</ref><ref>{{citar livro|autor=Rhodes, Benjamin D.|título=United States foreign policy in the interwar period, 1918–1941|editora=Greenwood|ano=2001|página=153|isbn=0-275-94825-0 }}</ref><ref>{{citar periódico|autor=Reynolds, David|data=agosto de 1983|título=FDR's Foreign Policy and the British Royal Visit to the U.S.A., 1939|jornal=Historian|volume=45|página=4|páginas=461–472|doi=10.1111/j.1540-6563.1983.tb01576.x }}</ref><ref>{{citar periódico|autor=Rhodes, Benjamin D.|data=abril de 1978|título=The British Royal Visit of 1939 and the 'Psychological Approach' to the United States|jornal=Diplomatic History|volume=2|número=2|páginas=197–211|doi=10.1111/j.1467-7709.1978.tb00431.x }}</ref> A primeira-dama [[Eleanor Roosevelt]] disse que Isabel era "perfeita como uma rainha, graciosa, informada, dizendo a coisa certa e gentil porém um pouco auto-conscientemente régia".<ref>{{harvnb|Shawcross, p. 479}}</ref> A viagem foi planejada
===Segunda Guerra Mundial===
O rei e a rainha tornaram-se símbolos nacionais da resistência durante a [[Segunda Guerra Mundial]].<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|p=515}}</ref> O ''Livro da Cruz Vermelha da Rainha'' foi criado pouco depois da declaração de guerra. Cinquenta autores e artistas contribuíram com o livro, que tinha na capa um retrato de Isabel tirado por Cecil Beaton e foi vendido para ajudar a [[Movimento Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho|Cruz Vermelha]].<ref>{{harvnb|Vickers|2006|p=205}}</ref> Ela publicamente se recusou a deixar Londres ou enviar suas filhas para o Canadá, mesmo durante a [[Blitz]], quando foi aconselhada pelo gabinete a fazer isso. "As crianças não vão sem mim. Eu não vou partir sem o rei. E o rei nunca partirá".<ref>{{citar web|url=http://www.royal.gov.uk/HistoryoftheMonarchy/The%20House%20of%20Windsor%20from%201952/QueenElizabethTheQueenMother/ActivitiesasQueen.aspx|título=Queen Elizabeth The Queen Mother > Activities as Queen|obra=The British Monarchy|acessodata=8 de janeiro de 2015 }}</ref>
Isabel visitou tropas, hospitais, fábricas e áreas do Reino Unido que foram alvos da [[Luftwaffe]], particularmente o [[East End (Londres)|East End]] perto das [[Docklands|Docas de Londres]]. Suas visitas inicialmente provocaram hostilidade; lixo foi atirado em sua direção e as multidões vaiavam,<ref name=moore /> em parte porque ela usava roupas caras que a alienavam do povo que estava sofrendo com a guerra. Ela se explicou dizendo que o público usaria suas melhores roupas caso fossem vê-la, então ela estava apenas sendo recíproca; Hartnell passou a vesti-la com cores suaves e evitou o preto para representar "o arco-íris de esperança".<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|p=526}}; {{harvnb|Vickers|2006|p=219}}</ref> Quando o próprio Palácio de Buckingham foi atingido por bombardeios, a rainha disse que "Estou feliz que fomos bombardeados. Me faz sentir que agora posso olhar o East End na cara".<ref>{{citar livro|autor=Wheeler-Bennett, John|título=King George VI: His Life and Reign|local=Nova Iorque|editora=Macmillan|ano=1958 }}</ref>
[[Ficheiro:Eleanor Roosevelt, King George VI, Queen Elizabeth in London, England - NARA - 195320.png|thumb|Eleanor Roosevelt (''centro'') junto com Jorge e Isabel em Londres, 23 de outubro de 1942.]]
Apesar do rei e da rainha passarem o dia trabalhando no Palácio de Buckingham, os dois passavam as noites no [[Castelo de Windsor]], a 32km ao oeste de [[Londres]], junto com as princesas Isabel e Margarida, por motivos de segurança e questões familiares. O palácio perdeu boa parte de seus funcionários para o exército e vários aposentos foram fechados e lacrados.<ref>{{harvnb|Vickers|2006|p=229}}</ref> As janelas foram tapadas para proteção contra bombas.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|p=528}}</ref> Isabel foi treinada no uso de um revólver durante a "[[Guerra de Mentira]]" por temores de uma invasão alemã.<ref>{{harvnb|Bradford|1989|p=321}}; {{harvnb|Shawcross|2009|p=516}}</ref>
Afirma-se que [[Adolf Hitler]] a chamou de "a mulher mais perigosa da Europa" por ver sua popularidade como uma ameaça aos interesses alemães.<ref>{{citar periódico|autor=Langworth, Richard M.|data=2002|título=HM Queen Elizabeth The Queen Mother 1900–2002|jornal=The Churchill Centre }}</ref> Entretanto, como a maior parte do povo britânico, ela e o rei tinham apoiado a [[política de apaziguamento]] do primeiro-ministro Chamberlain, acreditando que depois da [[Primeira Guerra Mundial]] um conflito armado devia ser evitado a qualquer custo. Jorge pediu para [[Winston Churchill]] formar um novo governo logo depois da
===Pós-guerra===
[[Ficheiro:Rhodesie Sud timbre 1drouge 041947.jpg|thumb|left|Selo da [[Rodésia do Sul]] celebrando a visita real de 1947.]]
O [[Partido Conservador (Reino Unido)|Partido Conservador]] de Churchill foi derrotado pelo [[Partido Trabalhista (Reino Unido)|Partido Trabalhista]] de [[Clement Attlee]] nas eleições gerais parlamentares de 1945. As opiniões políticas de Isabel raramente eram conhecidas,<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|p=412}}</ref> porém ela descreveu em 1947 as "grandes esperanças de um paraíso socialista na terra" de Attlee como desvanecendo e supostamente
O comportamento sereno de Isabel em público foi excecionalmente quebrado em 1947 durante a viagem real pela [[União Sul-Africana|África do Sul]], quando ela se levantou do carro para atacar um admirador com seu guarda-chuva por ter confundido seu entusiasmo com hostilidade.<ref>{{harvnb|Bradford|1989|p=391}}; {{harvnb|Shawcross|2009|p=618}}</ref> As visitas em 1948 pela Austrália e Nova Zelândia foram adiadas por causa da saúde ruim de Jorge. Ele realizou uma operação bem sucedida em março de 1949 para melhorar a circulação de sangue pela perna direita.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|pp=637–640}}</ref> Isabel e as suas filhas acabaram cumprindo os compromissos do rei em seu lugar durante o verão de 1951.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|pp=645–646}}</ref> Jorge foi diagnosticado com [[câncer de pulmão]] em setembro.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|p=647}}</ref> Ele fez uma resseção pulmonar e pareceu se recuperar, porém a viagem adiada para a [[Austrália]] e [[Nova Zelândia]] foi alterada para que a princesa Isabel e seu marido [[Filipe, Duque de Edimburgo]], assumissem o lugar do rei e da rainha em janeiro de 1952.<ref>{{harvnb|Shawcross|2009|p=651}}</ref>
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