Nobreza da França: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m Bot: Substituição automática de afluentes - solicitado em Usuária:Aleth Bot/Substituição de afluentes |
|||
Linha 4:
As [[ordem militar|ordens militares]] [[cruzadas]] mais presentes na França foram a [[Ordem dos Templários]] e a [[Ordem dos Hospitalários]]. O [[cardeal de Richelieu]] (1585-1642) fez com que a nobreza perdesse quase toda a influência na [[política]] da [[França]], de forma que fortalecesse o [[absolutismo|poder absoluto]] do [[monarca]] francês. A partir desse momento que a mesma tornar-se-á puramente cortesã. Por mais de mil e quinhentos anos a nobreza francesa - o [[Segundo Estado]] - foi o [[estamento]] dominante, não precisando, juntamente com o [[clero]] - o [[Primeiro Estado]] -, pagar [[impostos]], entre muitos outros privilégios, tais como o [[alódio]]. Tal - o chamado [[Antigo Regime]] - veio a acabar com a [[Revolução Francesa]] (1789-1799).
A revolução chegou ao fim quando [[Napoleão Bonaparte]], membro da
Há de se observar, também, a [[Restauração francesa]], em 1814, com a queda do Primeiro Império Francês (1804-1814), e a restauração [[Dinastia Capetíngea|capetiana]] na França, com a volta da [[Casa de Bourbon]] ao trono, agora como [[monarquia constitucional|monarca constitucional]], sendo coroado [[Luís XVIII de França|Luís XVIII]] (dito XVIII em homenagem ao sobrinho [[Luís XVII de França|Luís XVII]], filho do deposto Luís XVI em si). Compreendendo os reinados [[Casa de Bourbon|bourbônicos]] de Luís XVIII e [[Carlos X de França|Carlos X]], irmãos de [[Luís XVI de França|Luís XVI]], bem como os reinados, também bourbônicos, de [[Luís XIX de França|Luís XIX]] e [[Henrique V de França|Henrique V]]. Com as [[Revoluções de 1830]], sobe ao trono a [[Casa de Orléans]] ([[ramo cadete]] da
Enquanto a Terceira República voltou mais uma vez aos princípios de igualdade levantados na [[Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão|Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,]] e, posteriormente, na [[Revolução Francesa]], na prática os escalões superiores da sociedade francesa mantiveram sua noção de distinção social no século XX (como atestado, por exemplo, pela presença de nobreza e distinções de classe nobres nas obras de [[Marcel Proust]]). O uso de seus títulos foi sancionado oficialmente.
Contudo, os tribunais franceses consideraram que o conceito de nobreza é incompatível com a igualdade de todos os cidadãos perante a lei proclamada na [[Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão]] de 1789 e que permanece na Constituição de 1958. O conceito de nobreza como um estatuto jurídico
No entanto, os títulos nobiliárquicos existentes que eram hereditários sob um dos regimes monárquicos da França são considerados parte do nome legal que
A [[nobreza]] e os títulos hereditários foram abolidos pelas revoluções de 1789 e 1848, mas os títulos hereditários foram restaurados por decreto em 1852 e não foram abolidos por nenhuma lei posterior. No entanto, desde 1875, o [[Presidente da República Francesa|Presidente da República]] não confere nem confirma títulos franceses (títulos estrangeiros específicos continuaram a ser autorizados pelo gabinete do Presidente, sendo que a última vez que um título foi autorizado foi em 1961), mas o [[Estado]] francês ainda os verifica
Em 1975, havia 239 famílias nobres restantes titulares de títulos do Primeiro Império. Destes, talvez 130-140 foram intitulados. Apenas um título de príncipe e sete títulos de duque permanecem.
A nobreza francesa continua a viver e existir como [[estamento]] social, ainda que não oficialmente, e sem o mesmo poderio de outrora. Muitos são [[políticos]], [[artista]]s, [[banqueiro]]s, grandes [[empresário]]s, ''[[jet set|jet setters]]'', [[historiador]]es, etc. Outros preferem dedicar-se mais a gerir o patrimônio histórico-cultural herdado (nos casos em que o patrimônio familiar é conservado), como [[obra de arte|obras de arte]], [[jóia]]s, ''[[hôtel particulier|hôtels particuliers]]'', [[castelo]]s (normalmente [[palácio|apalaçados]] e denominados, em francês, ''châteaus''), [[propriedade rural|propriedades rurais]], [[relíquia]]s familiares (que muitas vezes são relíquias que têm papel importante na própria [[história da França]]), etc. Os nobres franceses da atualidade muitas vezes são retratados em meios de comunicação, mas, principalmente, nas revistas que cobrem a realeza e a nobreza, como ''[[Hola!]]'', ''[[Point de Vue]],'' ''[[Vanity Fair (revista)|Vanity Fair]], [[Royalty (revista)|Royalty]],''etc''.''
|