Império Medo: diferenças entre revisões

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{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/person/tritantaechmes/ |titulo=Tritantaechmes |acessodata=2021-05-04 |website=Livius.org}}
{{Info/Estado extinto2
|imagens_tamanho =300
|nome = Império Medo
|p1 = Império Neoassírio
|bandeira_p1 = Map of Assyria-pt.svg
|s1 = Império Aquemênida
|bandeira_s1 = Standard of Cyrus the Great (White).svg
|mapa = Median Empire-pt.svg
|mapa_legenda = Império Medo no {{-séc|VI}}
|região1_rótulo = Região
|região1 =
* [[Oriente Médio]]
* [[Ásia Ocidental]]
* [[Pérsia]]
|capital = [[Ecbátana]] (atual [[Hamadã]])
|idiomas = [[Língua meda|meda]]
|religião = Antiga religião iraniana (aparentada ao [[mitraísmo]], ao antigo [[masdaísmo]] e [[zoroastrismo]])
|países = {{flagicon|Irã}} [[Irã]]<br />{{flagicon|Turquia}} [[Turquia]]<br />{{flagicon|Síria}} [[Síria]]<br />{{flagicon|Iraque}} [[Iraque]]<br />{{flagicon|Azerbaijão}} [[Azerbaijão]]<br />{{flagicon|Armênia}} [[Armênia]]<br />{{flagicon|Geórgia}} [[Geórgia]]<br />{{flagicon|Turquemenistão}} [[Turquemenistão]]<br />{{flagicon|Afeganistão}} [[Afeganistão]]<br />{{flagicon|Paquistão}} [[Paquistão]]
|título_líder = Rei
|líder1 = [[Déjoces]]
|ano_líder1 = 700–{{AC|678|x}}
|líder2 = [[Fraortes (rei)|Fraortes]] ou [[Castariti]]<ref>{{citar web | url = https://www.iranchamber.com/history/median/median.php | data = 20 de março de 2014 | título = History of Iran | citação = "Textos assírios mencionam um certo Castariti líder de uma confederação de medos" | publicado = Iran Chamber Society}}</ref>
|ano_líder2 = 678–{{AC|625|x}}
|líder3 = [[Ciaxares]]
|ano_líder3 = 625–{{AC|585|x}}
|líder4 = [[Astíages]]
|ano_líder4 = 585–{{AC|550|x}}
|era = [[Idade do Ferro]]
|ano_início = {{AC|678|x}}<ref name="Prof. George Rawlinson">Rawlinson, George. ''The Seven Great Monarchies'', MEDIA, p. 158-160.</ref>
|evento_início = Estabelecimento do estado medo<ref name="books.google.no">{{citar livro | url = http://books.google.com.br/books?id=kMLKgzj5afMC&printsec=frontcover&dq=The+Cambridge+History+of+Iran&hl=en&sa=X&ei=N4sqU6GWO8KSkQf08YGQDw&ved=0CD0Q6AEwBA#v=snippet&q=paretaceni%20isfahan&f=false |título = The Cambridge History of Iran |volume = 2 |editor = William Bayne Fisher |id = ISBN 0521246997, 9780521246996 |editora = Cambridge University Press |data = 1985 |página = 75}}</ref>
|ano_fim = {{AC|550|x}}
|evento_fim = Conquistado por [[Ciro, o Grande]]
|evento1 = O governante cita [[Mádies]] subjuga os medos
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|evento2 = Após 28 anos de domínio cita, [[Ciaxares]] derrota os [[citas]] e declara a independência dos medos
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|evento4 = [[Batalha do Hális]]
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|ano_evento5 = 553-{{AC|550|x}}|dados_área1=2.000.000|dados_ano1={{AC|585|x}}|forma_de_governo=Monarquia|p2=Urartu|bandeira_p2=13-Urartu-9-6mta.gif||outro_nome=Média|continente=[[Ásia]]}}
 
O '''Império Medo'''{{efn|group=nota|A palavra "medo" (sentimento) é escrita da mesma forma que a palavra "medo" (referindo-se a um habitante da Média, um antigo império). Porém estas duas palavras são pronunciadas de maneiras diferentes. Medo (sentimento) vem do [[latim]] "''metu-''" e pronuncia-se /mê-du/. Medo (habitante da Média) vem do latim "''medu-''" e se pronuncia /mé-du/.<ref>{{Citar web |url=https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/pronuncia-de-medo/6427 |titulo=Pronúncia de medo - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa |acessodata=2020-09-17 |website=ciberduvidas.iscte-iul.pt}}</ref>}}, ou simplesmente '''Média''' (em [[Língua persa antiga|persa antigo]]: ''Māda''<ref name=":2" />; em [[Língua grega antiga|grego]]: ''Mēdía''<ref name=":0" />; em [[Língua acádia|acádio]]: ''Mādāya''<ref name=":0" />) foi uma entidade política que do final do {{-séc|VII}} até meados do {{-séc|VI}} dominava todo o planalto iraniano, precedendo o poderoso [[Império Aquemênida]].<ref name="EnBr">[http://www.britannica.com/EBchecked/topic/372125/Media "Media (ancient region, Iran)"] [[Encyclopædia Britannica]]. Pesquisa em 28/04/17</ref><ref>{{citar web|url=https://www.globalsecurity.org/military/world/iran/history-medes-modern.htm |titulo=BC 788 - 550 BC - Empire Median |data= |acessodata=30/07/2020 |publicado=www.globalsecurity.org}}</ref>
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Nos tempos antigos, as extensas áreas ao norte do Mar Negro e do Cáspio eram habitadas pelos [[citas]]. Etnicamente, esse povo parece ter sido conectado com muitos povos meridionais, como os partas e os ibéricos.<ref name=":16" /> No final do {{-séc|VIII}} e início do {{-séc|VII}}, grupos de guerreiros nômades entraram no oeste do Irã. Entre os grupos dominantes estavam os citas, e sua entrada nos assuntos do planalto ocidental durante o {{-séc|VII}} talvez possa marcar um dos pontos de virada mais importantes na história da [[Idade do Ferro]]. Heródoto fala com alguns detalhes de um período de domínio cita, o chamado [[interregno]] cita na dinastia meda. A datação desse evento permanece incerta, mas tradicionalmente é vista como ocorrendo entre os reinados de Fraortes e Ciaxares e abrangendo os anos de 653 a {{AC|625|x}} Se esse interregno realmente ocorreu e, se acorreu, se não deve ser datado depois disso, são questões em aberto.<ref name=":7" />
 
A fraqueza política da Média após a morte de Fraortes e a ausência de um exército bem estruturado causaram certa instabilidade. Heródoto relata que [[Ciaxares]] queria vingar a morte de seu pai, Fraortes, e levantou um grande exército para derrotar os assírios.<ref name="heródoto.1.104.">{{citar heródoto|1|104}}</ref><ref name=":4">{{Citar web|titulo=Escitas contra persas|url=https://arrecaballo.es/edad-antigua/primeros-jinetes/escitas-contra-persas/|obra=Arre caballo!|data=2017-02-02|acessodata=2020-06-04|lingua=en-US|primeiro=Arre|ultimo=caballo!}}</ref><ref name=":23">''[[Heródoto]], I. 103''<br /></ref> É possível que os citas tenham se interessado na batalha dos medos ou o fato dos medos terem subjugados os citas do sul levou a uma grande irrupção de citas da região transcaucasiana. Ao irem para o sul, os citas encontraram o exército de Ciaxares. Os exércitos não eram incompatíveis. Ambos eram guerreiros resistentes, ambos tinham cavalaria e o arco como sua principal arma. Os medos certamente eram mais disciplinados e tinham uma maior variedade de armas, mas os citas tinham a vantagem numérica, além de ousadia imprudente e táticas difíceis. Os citas, liderados por [[Mádies]], obtiveram a vitória e, segundo Heródoto, o reinado dos citas na Ásia duraria 28 anos. Ciaxares talvez tenha mantido o governo sob seu país, admitindo a suserania dos citas e concordando em pagar um tributo anual. O jugo cita deve ter sido muito insuportável, caracterizado pela brutalidade, injustiça e altos impostos. A condição da Média e dos países circunvizinhos durante o domínio cita é desconhecida, mas parece os invasores não estabeleceram lugares fixos. Eles certamente ocuparam poucos lugares no vasto território que haviam subjugado; e, consequentemente, não havia muito contato entre eles e os povos conquistados. Conforme o tempo passava, os citas se espalhavam gradualmente por um espaço cada vez mais amplo, invadindo a Mesopotâmia, Síria, Palestina, Armênia e Capadócia, tornando-se cada vez mais fracos. Diante da situação favorável, os medos se prepararam para recuperar sua independência. Segundo Heródoto, Ciaxares convidou os líderes citas para um banquete e os induziu a beber até que estivessem totalmente bêbados, atacou-os e os matou facilmente. Consequentemente teria se sucedido uma guerra, cuja duração e circunstâncias são desconhecidas. Segundo Ctésias, os partas se aliaram aos citas e a guerra teria durado muitos anos; e a paz foi finalmente concluída sem que nenhum lado ganhasse a vantagem. Mas essa história dificilmente pode ser aceita como tendo qualquer fundamento histórico. A única certeza é que o resultado da guerra foi a derrota dos citas, que perderam sua posição de preeminência na Média e nos países adjacentes.<ref name=":16" /> No entanto, é mais provável que, nessa época, os citas se retirassem voluntariamente do oeste do Irã e fossem saquear em outros lugares ou fossem simplesmente absorvidos por uma confederação em rápido desenvolvimento sob a hegemonia meda.<ref name=":7" />
 
Heródoto acreditava que desde a vitória cita sob os medos até o assassinato dos líderes citas foi um período de exatamente 28 anos, mas essa cronologia está aberta a grandes objeções.<ref name=":16" /> É muito improvável que os citas tenham dominado os medos por vinte oito anos, os citas eram nômades da Ucrânia moderna e, embora fossem guerreiros ferozes, eram incapazes de governar grandes territórios por um longo período.<ref name=":12" /> Se 28 dos quarenta anos de reinado atribuídos a Ciaxares forem considerados anos de inação, todas as suas grandes façanhas, seus cercos à Nínive, a conquista dos países ao norte e oeste da Média, e sua guerra de cinco anos contra a Lídia, seriam aglomerados de forma muito improvável num curto espaço de tempo. Essas e outras razões levam à conclusão que a dominação cita foi de muito mais curta. Não pode ter se passado muito tempo depois do ataque cita para que os medos começassem a se recuperar e limpar seus territórios dos citas. Se a invasão ocorreu no reinado de Ciaxares, e não no reinado de Fraortes, devemos supor que oito anos após sua ocorrência os medos estavam fortes para retomar seus antigos projetos e, pela segunda vez, levar um exército para a Assíria.<ref name=":16" /> É possível que a invasão cita seja um fato histórico; Heródoto conta que eles chegaram a [[Ascalom]], na Palestina, onde o faraó egípcio [[Psamético I]] {{-nwrap|r.|664|610}} os subornou para voltar. Não há nada implausível nessa história, exceto pela duração da invasão cita.<ref name=":12" /> Além disso, apesar da historicidade do interregno cita ser duvidosa, os citas são mencionados nos anais de Assaradão, no mesmo período do suposto interregno.<ref>{{Citar web |url=https://iranicaonline.org/articles/iran-vi1-earliest-evidence |titulo=IRAN vi. IRANIAN LANGUAGES AND SCRIPTS (1) Ear – Encyclopaedia Iranica |acessodata=2020-08-05 |website=iranicaonline.org}}</ref>
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Os persas não conseguiram suprimir a revolta meda imediatamente. Na Inscrição de Beistum, Dario afirma que seu general [[Hidarnes I|Hidarnes]] obteve uma vitória em Marush em 12 de janeiro de {{AC|521|x}}, mas isso serviu apenas para evitar que Fraortes invadisse a Pérsia e não prejudicou seriamente sua posição na Média. Outro fator a favor de Fraortes era que o exército de Dario era composto de tropas medas. Eles haviam lutado pelo rei persa na Babilônia, mas provavelmente não atacariam sua terra natal. No entanto, Fraortes não conseguiu explorar a situação, porque na Pártia, que lhe era leal, uma guarnição persa ainda resistia. Em 8 de março de {{AC|521|x}}, os partas e seus aliados, os hircanianos, atacaram a guarnição persa, mas foram derrotados. Enquanto esta guarnição persa pudesse atacar sua retaguarda, Fraortes não poderia atacar Dario, que foi capaz de formar um novo exército. Na primavera, o líder persa invadiu a Média pelo oeste e, em 8 de maio de {{AC|521|x}}, derrotou Fraortes em um lugar chamado Cunduru (provavelmente atual Bisotun).<ref>{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/person/phraortes/ |titulo=Phraortes - Livius |acessodata=2020-08-09 |website=www.livius.org}}</ref> A vitória persa foi completa, e enquanto Dario saqueava Ecbátana, Fraortes fugiu para [[Rages]] (atual Teerã), onde foi capturado. Posteriormente, o rei rebelde foi torturado e crucificado em Ecbátana. A vitória persa teria sido particularmente difícil se confiarmos nos números dados pelas inscrições de Dario, entre 40.000 e 50.000 pessoas mortas no conflito, números aparentemente excessivos, mas poderiam revelar um conflito amargo. Após sua vitória, Dario poderia enviar tropas para a [[Armênia (satrapia)|Armênia]] e para a Pártia, onde seus generais conseguiram derrotar os rebeldes restantes.
 
Um sagárcio chamado [[Tritantecmes]], que também afirmava ser descendente de Ciaxares, deu continuidade a rebelião, mas também foi derrotado durante a campanha do general meda à serviço persa, {{ilc|Taquemaspada|Takhmaspada}}.<ref>{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/person/tritantaechmes/ |titulo=Tritantaechmes |acessodata=2021-05-04 |website=Livius.org}}</ref> A supressão desta última rebelião encerra as histórias de eventos que se relacionam pelo menos em parte ao antigo Império Medo. Após a conquista e a pacificação desta revolta, a Média continua sendo uma província do Império Aquemênida, uma satrapia, do qual Ecbátana continua sendo o centro. Nos primeiros anos após o golpe de Dario, o general persa Hidarnes foi sátrapa da Média. Depois disso, o país mais ou menos desaparece dos registros históricos. Os arquivos cuneiformes da Babilônia são menos informativos após {{AC|484|x}}; não há arquivos assírios; os comprimidos de fortificação de Persépolis não vão além de {{AC|493|x}}; a história de Heródoto termina em {{AC|479|x}}; outros autores gregos (como [[Xenofonte]]) ignoraram a Média; e de todos os reis aquemênidas, apenas Dario deixou uma inscrição histórica onde os medos são mencionados.<ref name=":2" /> Durante as poucas escavações arqueológicas em Ecbátana, foram feitas várias descobertas desse período, incluindo várias inscrições que atestam a atividade dos reis persas em Ecbátana. Assim, é garantido que [[Artaxerxes II]] erigiu um palácio nesta cidade, mas provavelmente já existia outro antes.{{HarvRef|Briant|1996|p=694}}
 
=== Conquista de Alexandre, o Grande ===
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Atualmente, não temos informações diretas sobre sua estrutura política. Acredita-se que a estrutura administrativa do estado medo mais tarde tenha se tornado uma forma mais desenvolvida no sistema administrativo do Império Aquemênida. Aparentemente, alguns elementos do sistema administrativo medo foram substituídos pelo modelo assírio de governo, sob cujos auspícios os medos está há muitos anos.<ref name=":11" /> O modelo assírio de governo também continuou a funcionar nas províncias medas após a queda do Império Assírio e foram gradualmente vistos pelos medos como suas próprias instituições tradicionais.<ref name=":0" />
 
O Império Medo dominava vários reinos e os reis vassalos desses reinos eram denominados sátrapas (“protetores do reino”), mas esse título existia mesmo antes do surgimento do estado medo para a designação de chefes independentes, de modo que a tese não pode ser confirmada com certeza.<ref>{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/concept/satraps-and-satrapies/ |titulo=Satraps and satrapies - Livius |acessodata=2020-12-31 |website=www.livius.org}}</ref><ref name=":0" /><ref name=":11" /> [[Nicolau de Damasco]] afirma que o Império Medo era, assim como o Império Aquemênida, dividido em várias satrapias. [[Jona Lendering]] supõe que o Império Medo incluísse as satrapias da Pérsia, Armênia, Capadócia, Pártia e talvez Ária,<ref name=":3" /> mas enfatiza que essa é uma forma primitiva de satrapia, posteriormente aperfeiçoada pelos governantes persas. Os reis medos enviaram inspetores chamados de “olhos do rei” para controlar e supervisionar seus sátrapas, que fundaram dinastias locais e podiam agir de forma bastante independente.<ref>{{Citar web |url=https://www.livius.org/articles/concept/satraps-and-satrapies/ |titulo=Satraps and satrapies |website=Livius.org}}</ref> [[George Rawlinson]] acredita que, assim como o Império Assírio, o império dos medos era um aglomerado de reinos, cada um governado por um rei nativo. Os medos apenas reivindicaram suserania direta sobre as nações imediatamente após sua fronteiras; nações mais distantes eram colocadas sob o domínio das nações próximas, e era esperado que estes últimos coletassem e remetesse o imposto das nações remotas. Rawlinson, assim como Jona Lendering, acredita que o Império Medo era vagamente organizado e que sua falta de organização foi o que levou a sua queda.<ref name=":16" /> O historiador [[János Harmatta]] defende outra opinião e, com base em evidências linguísticas, afirma que os medos tinham um sistema burocrático altamente desenvolvido, que posteriormente foi adotada também pelos aquemênidas.<ref name=":0" /> Suspeita-se também que a autoridade sobre os vários povos, iranianos e não-iranianos, fosse exercida na forma de uma confederação, como está implícito no antigo título real iraniano, “rei dos reis”.<ref name=":7" /> Heródoto menciona que o fundador do estado medo, Déjoces, estabeleceu uma rede judicial em todo o país e organizou unidades de espionagem que controlavam todas as partes do país.<ref name="heródoto.1.101" /> Heródoto menciona seis tribos medas,<ref name="heródoto.1.101">{{citar heródoto|1|101}}</ref> das quais apenas a Arizante tem uma etimologia iraniana óbvia, mas quase não temos informações sobre essas tribos.
 
Segundo a geografia armênia, a Média era dividida em onze distritos, mas em geral os geógrafos modernos preferem a divisão evidente e reconhecem nas partes constituintes do país apenas [[Atropatene|Média Atropatene]] (atual Azerbaijão) e Média Magna, uma divisão que quase corresponde as províncias iranianas de Iraque Ajemj e Ardelan. É provável que essa divisão fosse antiga, Atropatene sendo o território original dos medos, e Média Magna um território conquistado posteriormente; mas devido a obscuridade da história do país ainda é incerto se essa divisão existia no período do império. Atropatene era um distrito localizado no extremo norte da Média, estando logo ao sul do Mar Cáspio e compreendendo toda a bacia do Lago Úrmia.<ref name=":16" />