Dinastia merovíngia: diferenças entre revisões

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A partir das migrações germânicas do {{séc|V}}, os francos estabeleceram seu território no Império Romano, fundando um reino que alcançou a maior longevidade. A dinastia merovíngia é a primeira do Reino Franco, e o fundador desta dinastia é [[Meroveu]], líder dos [[francos sálios]], que tem uma origem semi-lendária, já que se tem poucos registros de sua existência. Foi pai de [[Quilderico I]] (457-481) que não teve muito destaque. Os Merovíngios ainda afirmavam ser descendentes dos troianos.
 
O filho de Quilderico, [[Clóvis I]], é quem inicia a expansão dos francos; ele começou a governar no território da [[Nêustria]], e conseguiu unir sob seu controle a maior parte da Gália ao norte do [[Rio Loire|Loire]] por volta de 486, quando ele derrotou [[Siágrio]], o governante [[Império Romano|romano]] daquela região. Ele também venceu a [[Batalha de Tolbiac]] contra os alamanos em 496. Com tantas batalhas ganhas, Clóvis tornou-se, de fato, o rei dos francos (seu pai só governava um reino, o da Bélgica Segunda).  Decisivamente derrotou o [[Reino Visigodo de Tolosa]], que era um de seus principais rivais, na [[Batalha de Vouillé]] em 507; além de também ter derrotado os Alamanos e os Renanos, e fazer aliança com os Burgúndios para só depois derrotá-los. O imperador bizantino Anastácio reconheceu Clóvis como rei neste mesmo ano, isto não valia muita coisa para os romanos, mas já garantia uma legitimidade do seu governo em todo o território franco, gerando uma unidade. Após a morte de Clóvis, seu reino foi dividido entre seus quatro filhos, ficando divididos na Turíngia (530); Borgonha (534); Provenha (536); Bavária e Suária (555). A tradição da divisão do reino entre os herdeiros continuaria no século seguinte, e essa instabilidade de sucessão entre os herdeiros, marcou caracteristicamente o reino franco.  
 
== História ==
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== Idioma ==
[[Yitzhak Hen]] afirmou que parece certo que a população galo-romana era muito maior do que a população franca na Gália merovíngia, especialmente nas regiões ao sul do Rio [[rio Sena]], com a maioria dos assentamentos francos localizados ao longo do Baixo e Médio [[Rio Reno|Reno]].<ref name="hen2425">Hen, Y. (1995). ''Culture and Religion in Merovingian Gaul, A.D. 481-751''. pp. 24-25. BRILL. {{ISBN|90-04-10347-3}}</ref> Quanto mais ao sul, na Gália, você viajava, mais fraca a influência franca se tornava.<ref name="hen2425"/> Hen dificilmente encontrou evidências de assentamentos francos ao sul do [[Rio Loire]].<ref name="hen2425"/> A ausência de fontes de literatura franca sugere que a [[Língua frâncica]] foi esquecida rapidamente após o estágio inicial da dinastia.<ref name="hen2425"/> Hen acredita que o [[Latim vulgar]] permaneceu a língua falada na Gália para a Nêustria, Borgonha e a Aquitânia, ao longo do período merovíngio e se manteve bem mesmo dentro do período carolíngio.<ref name="hen2425"/> No entanto, Urban T. Holmes estimou que uma língua germânica era falada como segunda língua por funcionários públicos na Austrasia ocidental e na Neustéria até meados de 850, e que desapareceu completamente como uma língua falada dessas regiões apenas durante o 10º século{{séc|X}}.<ref>[[Urban T. Holmes, Jr.|U. T. Holmes]], A. H. Schutz (1938), ''[https://books.google.com/books?id=jbjX4ebc2lsC&printsec=frontcover&dq=history+of+french+language&hl=en&ei=jRjOTtqdDNPR4QTr1pQ8&sa=X&oi=book_result&ct=result&resnum=1&ved=0CDMQ6AEwAA#v=onepage&q=history%20of%20french%20language&f=false A History of the French Language]'', p. 29, Biblo & Tannen Publishers, {{ISBN|0-8196-0191-8}}</ref>
 
== Merovíngios na cultura popular ==