Boi Caprichoso: diferenças entre revisões

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Para compreender o surgimento do Caprichoso e do folclore de Parintins, leia a obra "A verdadeira História do festival de Parintins" de Raimundinho Dutra, versador tradicional deste bumbá, oriundo de uma família tradicional do boi azul. O local de realização dos festejos particulares, conhecido popularmente como curral, é chamado de Zeca Xibelão, uma homenagem ao primeiro tuxaua do boi-bumbá Caprichoso, falecido em 1988, e se localiza na parte considerada como azul da cidade. Quem separa os lados de cada bumbá é a Catedral de Nossa Senhora do Carmo.
 
Há muita controvérsia sobre a história do Boi-Bumbá Caprichoso, uma vez que os [[boi (grupo folclórico)|bois folclóricos]] do [[Amazonas]] não eram associações legalmente registradas nem possuíam farta cobertura da imprensa até a criação do Festival. Tudo o que se sabe atualmente foi levantado por pesquisadores a partir de entrevistas a membros das duas entidades, além de consultas a outros registros da [[tradição oral]] parintinense.<ref name="A Crítica">{{Citar web |url=http://acritica.uol.com.br/especiais/nascer-boi-bumba-Parintins-crescimento_0_714528589.html |titulo=O nascer do boi-bumbá de Parintins e seu crescimento |data=11 de Junho de 2012 |acessodata=15/-06/-2013|autor=Leandro Tapajós}}</ref>
 
Some-se a isso o fato que a extrema rivalidade com o [[Boi Garantido|contrário]] faz com que ambas as entidades busquem se afirmar como a mais antiga, o que leva seus torcedores e integrantes a defenderem teses que sugerem datas de fundação mais remotas.<ref name="A Crítica"/>
 
A diretoria do Caprichoso afirma, baseada em algumas versões da tradição oral, que o boi foi fundado por João Roque, Félix e Raimundo Cid, em 20 de outubro de 1913.<ref>{{citar web |url=http://www.boicaprichoso.com/pagina/id/2/ |titulo=Nossa História |data= |acessodata=16/-06/-2013 |autor=Aldaci Castro - Historiadora / Boi Caprichoso}}</ref> Os três fundadores seriam irmãos, nascidos em [[Crato (Ceará)|Crato]], que se mudaram para Parintins devido ao [[Ciclo da Borracha]]. Ainda segundo esta versão, o boi recebeu esse nome devido à sugestão de um advogado, de nome José Furtado Belém, que conhecida um outro boi, de nome Caprichoso, que existia no bairro da [[Praça 14 de Janeiro]], em [[Manaus]], capital do estado. Defensores desta tese alegam ainda que "Touro Galante" seria o apelido do Caprichoso à época.
 
Porém, a própria diretoria do Boi Caprichoso entra em contradição, já que em 2001, Zezinho Faria (à época deputado estadual), propôs uma Assembleia Legislativa para a entrega, in loco, da maior comenda do Estado do Amazonas: A comenda (medalha) Ruy Araújo. A cerimônia ocorreu em 7 de Junho de 2001, no auditório Dom Arcângelo Cerqua, localizado em Parintins. O contrário foi representado por seu ex-amo, João Batista Monteverde, filho de seu fundador. Luiz Gonzaga, foi indicado como fundador do Boi Caprichoso à ALE-AM, sendo representado por sua viúva, a senhora Izolina Gonzaga. A senhora Gonzaga recebeu a medalha em nome de seu ex marido, indicando a verdadeira <nowiki>''</nowiki>paternidade<nowiki>''</nowiki> do Azul e Branco.
 
Em 2013 (ano do suposto centenário de ambos os bois), ocorreram algumas manifestações em Parintins, organizadas pelos descendentes vivos de Luiz Gonzaga (suposto fundador), estes reivindicavam o reconhecimento de sua família para com a verdadeira identidade do Boi Caprichoso. Segundo a família, a diretoria do Boi Caprichoso, não prezava pela verdadeira história do Boi Azul, principalmente, por ocultar os detalhes históricos da agremiação folclórica. Maria Inácia Gonzaga, filha do suposto fundador, afirmou que o Caprichoso é parintinense, evidenciando ainda que Roque Cid (atualmente, apontado como o fundador da agremiação pela diretoria) era o fundador do Boi Galante. <nowiki>''</nowiki>''Querem colocar uma pessoa de fora para fundador do Boi em vez de valorizar quem é da terra, isso é falta de respeito. Meu pai é parintinense, o Caprichoso nasceu em 1925, na Rua Rio Branco, onde ainda moram filhos e netos de Luiz Gonzaga''”. A história é apoiada por Maria do Carmo Monteverde, filha de Lindolfo Monteverde, o fundador do Boi Contrário. <ref>{{citar web |url=https://amazonianarede.com.br/familia-gonzaga-exige-reconhecimento-do-patriarca-como-fundador-do-boi-caprichoso/#:~:text=Fam%C3%ADlia%20Gonzaga%20exige%20reconhecimento%20do%20Patriarca%20como%20fundador%20do%20Boi%20Caprichoso,-Por&text=Parintins%20%E2%80%93%20Dona%20Gertrudes%20Mendon%C3%A7a%20da,poucas%20frequentadoras%20do%20antigo%20curral. |titulo=Familiares de Luiz Gonzaga, suposto fundador do Boi Caprichoso, vão as ruas de Parintins, para pleitear a fundação do Boi Azul |data=09 de Junho de 2013 |acessodata=088 de Abril de 2021 |publicado=Amazonia na Rede}}</ref>
 
O cantor e compositor [[Chico da Silva (cantor)|Chico da Silva]], conhecido por suas célebres toadas para os bois parintinenses, afirmou em 2018, durante o programa Toadas, que o Boi Caprichoso foi fundado em 1924, e o [[Boi Garantido|Contrário]] em 1925. “''O Garantido é de 1924 e o Caprichoso de 1925, esse é meu depoimento e vamos parar com essas outras historinhas sem fundamento''”.<ref>{{citar web |url=https://www.parintinsamazonas.com.br/?q=279-conteudo-84561-garantido-e-de-1924-e-o-caprichoso-de-1925-afirma-chico-da-silva |titulo=Chico da Silva, compositor, afirma que Caprichoso foi fundado em 1925 |data=04 de Junho de 2018 |acessodata=088 de Abril de 2021}}</ref>
 
=== Presidentes ===
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|Joilto Azêdo
|setembro de 2013 - setembro de 2016
|<ref>{{citar web|url=http://acritica.uol.com.br/noticias/Joilto-presidente-Boi-Bumba-Caprichoso_0_997700234.html|titulo=Joilto é o novo presidente do Boi-Bumbá Caprichoso|data= |acessodata=03/-04/-2014|autor=A Crítica|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140903153240/http://acritica.uol.com.br/noticias/Joilto-presidente-Boi-Bumba-Caprichoso_0_997700234.html |arquivodata=03/-04/-2014}}</ref>
|-
|Babá Tupinambá
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* 2016 - Tocaia Kagwahiva, Monhangaripi e Rito Ju'riju'rihuve'e
* 2017 - Ritual O cativo, Ritual Kupe-Dyep e Ritual Presságio
*2018 - Ritual Traidor, Ritual Yanomami e Ritual Dowari, o Caminho dos Mortos
 
=== Tribos Indígenas ===
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{{Ordem do Mérito Cultural}}
 
[[Categoria:Festival Folclórico de Parintins]]
[[Categoria:Agraciados com a Ordem do Mérito Cultural]]