Nobreza da França: diferenças entre revisões

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Há de se observar, também, a [[Restauração francesa]], em 1814, com a queda do Primeiro Império Francês (1804-1814), e a restauração [[Dinastia Capetíngea|capetiana]] na França, com a volta da [[Casa de Bourbon]] ao trono, agora como [[monarquia constitucional|monarca constitucional]], sendo coroado [[Luís XVIII de França|Luís XVIII]] (dito XVIII em homenagem ao sobrinho [[Luís XVII de França|Luís XVII]], filho do deposto Luís XVI em si). Compreendendo os reinados [[Casa de Bourbon|bourbônicos]] de Luís XVIII e [[Carlos X de França|Carlos X]], irmãos de [[Luís XVI de França|Luís XVI]], bem como os reinados, também bourbônicos, de [[Luís XIX de França|Luís XIX]] e [[Henrique V de França|Henrique V]]. Com as [[Revoluções de 1830]], sobe ao trono a [[Casa de Orléans]] ([[ramo cadete]] da Casa de Bourbon), também como monarca constitucional, com [[Luís Filipe I de França|Luís Filipe I]], então [[duque de Orléans]], que seria aclamado pelo povo francês e pela [[Assembleia Nacional Francesa|Assembleia Nacional]] como o [[Rei dos franceses|Rei dos Franceses]]. O mesmo viria a ser deposto com as [[Revoluções de 1848]], e então seria instaurada a [[Segunda República Francesa]] (1848-1852). O primeiro presidente eleito da Segunda República Francesa foi [[Napoleão III de França|Luís Napoleão Bonaparte]], que vinha a ser sobrinho de Napoleão Bonaparte. Luís Napoleão Bonaparte foi aclamado Imperador dos Franceses, como Napoleão III (dito terceiro em homenagem ao seu primo de segundo grau, filho de Napoleão em si, [[Napoleão II de França|Napoleão II]]), por [[plebiscito]] popular (realizado meses depois da proclamação da Segunda República Francesa), fundando, assim, o [[Segundo Império Francês]] (1852-1870). Em 1870, dezoito anos depois da fundação do Segundo Império, a Assembleia Nacional, no contexto da [[Guerra Franco-Prussiana]] (1870-1871), depõe Napoleão III, e funda a [[Terceira República Francesa]] (1870-1940). Desde então, nunca mais houve [[monarquia]] na França.
 
Enquanto a Terceira República voltou mais uma vez aos princípios de igualdade levantados na [[Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão|Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão,]], e, posteriormente, na [[Revolução Francesa]]; na prática os escalões superiores da sociedade francesa mantiveram sua noção de distinção social no século XX (como atestado, por exemplo, pela presença de nobreza e distinções de classe nobres nas obras de [[Marcel Proust]]). O uso de seus títulos foi sancionado oficialmente.
 
Contudo, os tribunais franceses consideraram que o conceito de nobreza é incompatível com a igualdade de todos os cidadãos perante a lei proclamada na [[Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão]] de 1789 e que permanece na Constituição de 1958. O conceito de nobreza como um estatuto jurídico foi, pois, efectivamente abolido na França.