Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana: diferenças entre revisões

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A '''Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana''', ou simplesmente '''IIRSA''', é um programa conjunto dos governos dos 12 países da [[América do Sul]] que visa a promover a [[integração sul-americana]] através da integração física desses países, com a modernização da [[infraestrutura]] de [[transporte]], [[energia]] e [[telecomunicações]], mediante ações conjuntas. Pretende-se, assim, estimular a integração política, [[integração econômica|econômica]], [[Integração dos povos|sociocultural]] da [[América do Sul]].
 
A IIRSA surge de uma proposta apresentada em agosto de [[2000]] em [[Brasília]], durante a Reunião de Presidentes da América do Sul ,<ref>IIRSA. "''Origem''". Institucional. Portal da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana. http://www.iirsa.org/BancoConocimiento/O/origenes/origenes_POR.asp?CodIdioma=POR</ref>, onde foi discutido a ideia de coordenar o planejamento para a construção de infraestrutura dos diferentes países do continente sul-americano, .<ref>Reunião de Presidentes da América do Sul. "'''''Comunicado de Brasília'''''". Biblioteca Digital de la Organización de Estados Iberoamericanos. http://www.oei.es/oeivirt/cimeira1.htm</ref>.
 
Conforme o [[Ministério do Planejamento]] do [[Brasil]],<ref>MINISTÉRIO DO PLANEJAMENTO. "''Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA)''". Planejamento e Investimentos - Programas e Projetos. Ministério do Planejamento (sd). http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=156&sub=302&sec=10 {{Wayback|url=http://www.planejamento.gov.br/secretaria.asp?cat=156&sub=302&sec=10 |date=20110420201810 }}</ref>, esta iniciativa surgiu a partir de uma proposta brasileira, baseada na experiência de planejamento e em estudos desenvolvidos com foco na integração da infraestrutura logística do país, financiados pelo BNDES. A IIRSA é financiada, desde sua criação, pelo [[Banco Interamericano de Desenvolvimento]] (BID), pela [[Corporação Andina de Fomento]] (CAF), o [[Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata]] (FONPLATA). Além destas agências, a IIRSA também recebe financiamentos oriundos do [[banco]] governamental brasileiro [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]] (BNDES).
 
A IIRSA se apresenta como uma iniciativa multinacional, multissetorial e multidisciplinar que contempla mecanismos de coordenação entre [[governo]]s, instituições financeiras multilaterais e o [[Empresa privada|setor privado]].<ref name="bndes.gov.br">BNDES. ''Mantega abre encontro sobre projeto de Integração física da América do Sul''. 23/11/2005. http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/bndes/bndes_pt/Institucional/Sala_de_Imprensa/Noticias/2005/20051123_nota_iirsa.html</ref>.
 
A necessidade da integração da infraestrutura física da América do Sul baseia-se no reconhecimento de que não basta a redução ou o fim das [[Barreira alfandegária|barreiras aduaneiras]] regionais para integrar um continente ou região, mas é necessário planejar a construção dos meios físicos (infraestrutura) que permitam o desenvolvimento da livre circulação de produtos, serviços e pessoas. Neste quadro, a IIRSA tem como propósito declarado<ref>IIRSA. "''Integración Física y Desarrollo''". Visão Estratégica - Institucional. Portal da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana. http://www.iirsa.org/BancoConocimiento/I/integracion_fisica_y_desarrollo/integracion_fisica_y_desarrollo_POR.asp?CodIdioma=POR</ref> <ref>IIRSA."''Principios Orientadores''". Institucional. Portal da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana. http://www.iirsa.org/BancoConocimiento/P/principios_orientadores/principios_orientadores_POR.asp?CodIdioma=POR&CodSeccion=117</ref> promover o desenvolvimento com qualidade ambiental e social, a [[competitividade]] e a [[sustentabilidade]] da economia dos países sul-americanos, favorecendo a integração da infraestrutura – não apenas da infraestrutura de transportes ([[rodovia|rodoviária]], [[Porto (transporte)|portuária]], [[aeroporto|aeroportuária]], [[hidrovia|hidroviária]]), ou [[energia (sociedade)|energia]] ([[oleoduto]]s, [[gasoduto]]s, redes de [[energia elétrica]]), ou [[comunicações]] ([[telecomunicações]], de estações terrestres de recepção e transmissão de [[micro-ondas]], ''[[backbone]]s'' ou [[rede]]s de cabos ou [[fibra ótica]] e [[Satélite artificial|satélites]]) -, mas também a integração da [[logística]] regional, integrando os mercados de serviços de [[logística]] ([[transporte]]s, [[frete]]s, [[seguros]], [[armazenagem|armazenamento]] e processamento de licenças). Assim, a IIRSA se insere na chamada ''"era do novo regionalismo"'', destacando-se pelo foco na infraestrutura física da integração regional.
 
A necessidade da integração da infraestrutura física da América do Sul baseia-se no reconhecimento de que não basta a redução ou o fim das [[Barreira alfandegária|barreiras aduaneiras]] regionais para integrar um continente ou região, mas é necessário planejar a construção dos meios físicos (infraestrutura) que permitam o desenvolvimento da livre circulação de produtos, serviços e pessoas. Neste quadro, a IIRSA tem como propósito declarado<ref>IIRSA. "''Integración Física y Desarrollo''". Visão Estratégica - Institucional. Portal da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana. http://www.iirsa.org/BancoConocimiento/I/integracion_fisica_y_desarrollo/integracion_fisica_y_desarrollo_POR.asp?CodIdioma=POR</ref> <ref>IIRSA."''Principios Orientadores''". Institucional. Portal da Iniciativa para a Integração da Infraestrutura Regional Sul Americana. http://www.iirsa.org/BancoConocimiento/P/principios_orientadores/principios_orientadores_POR.asp?CodIdioma=POR&CodSeccion=117</ref> promover o desenvolvimento com qualidade ambiental e social, a [[competitividade]] e a [[sustentabilidade]] da economia dos países sul-americanos, favorecendo a integração da infraestrutura – não apenas da infraestrutura de transportes ([[rodovia|rodoviária]], [[Porto (transporte)|portuária]], [[aeroporto|aeroportuária]], [[hidrovia|hidroviária]]), ou [[energia (sociedade)|energia]] ([[oleoduto]]s, [[gasoduto]]s, redes de [[energia elétrica]]), ou [[comunicações]] ([[telecomunicações]], de estações terrestres de recepção e transmissão de [[micro-ondas]], ''[[backbone]]s'' ou [[rede]]s de cabos ou [[fibra ótica]] e [[Satélite artificial|satélites]]) -, mas também a integração da [[logística]] regional, integrando os mercados de serviços de [[logística]] ([[transporte]]s, [[frete]]s, [[seguros]], [[armazenagem|armazenamento]] e processamento de licenças). Assim, a IIRSA se insere na chamada ''"era do novo regionalismo"'', destacando-se pelo foco na infraestrutura física da integração regional.
 
== Suporte financeiro ==
A IIRSA envolve, além dos governos e bancos governamentais dos países sul-americanos e de organizações do setor privado destes países, três instituições financeiras multilaterais da região - [[Banco Interamericano de Desenvolvimento]] (BID), [[Corporação Andina de Fomento]] (CAF)<ref>{{Citar web |url=http://www.caf.com/view/index.asp?ms=8&pageMs=10180 |titulo=Documento da CAF sobre a IIRSA |acessodata=2007-12-31 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071101020441/http://www.caf.com/view/index.asp?ms=8&pageMs=10180 |arquivodata=2007-11-01 |urlmorta=yes }}</ref> e o [[Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata]] (FONPLATA). <ref>{{link|pt|2=http://www.cepal.org/publicaciones/xml/2/32302/LCBRSR186AntonioJoseCerqueiraAntunes.pdf|3=Infra-estrutura na América do Sul: situação atual, necessidades e complementaridades possíveis com o Brasil}}</ref>
 
Desde 2003, mas mais intensamente a partir de [[2004]], uma parte das obras passou a receber recursos diretamente do banco governamental [[Brasil|brasileiro]] [[BNDES]], o [[Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]]. Em 2005 o BNDES já financiava projetos que incluem desde a construção de usinas [[hidrelétrica]]s no [[Equador]] e [[Venezuela]], novas rodovias no [[Paraguai]], novos gasodutos na [[Argentina]], e até mesmo, obras de ampliação do [[metrô]] em [[Caracas]] e [[Santiago (Chile)|Santiago]].<ref name="bndes.gov.br"/><ref>BNDES (2005) '''Integração da Infraestrutura na América do Sul'''. 23 de novembro de 2005. pg. 13-14 http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/empresa/download/apresentacoes/mantega_IIRSA.pdf</ref>.
 
== Eixos ==
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[[Ficheiro:RodoviaInteroceanicaBrasilPeru.jpg|300px|thumb|right|A [[Estrada do Pacífico]], ligando o [[Brasil]] ao litoral do [[Peru]] ]]
[[Ficheiro:RotaBioceanicaBrasilParaguaiArgentinaChile2017.jpg|300px|thumb|direita|[[Corredor bioceânico]] entre Brasil, Paraguai, Argentina e Chile, traçado da rodovia decidido em 2017]]
* '''Eixo do Sul''' (sul do Chile /: [[Talcahuano]] e [[Concepción (Chile)|Concepción]], e da Argentina: /[[Neuquén]] e [[Bahía Blanca]]): exploração do [[turismo]] e dos recursos energéticos ([[gás]] e [[petróleo]]).
 
* '''Eixo Interoceânico Central''' (Sudeste brasileiro, Paraguai, Bolívia, norte do Chile, sul do Peru): rede de transportes para exportar produtos agrícolas brasileiros e [[minerais]] bolivianos pelo Pacífico
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* '''Eixo do Escudo Guiano''' (Venezuela, [[Guiana]], [[Suriname]], extremo-norte do Brasil): aperfeiçoamento da [[rodovia|rede rodoviária]].
* '''Eixo Andino do Sul''' (região andina da fronteira Chile-Argentina): [[turismo]], rede de transportes.<ref>[FUSER, Igor (2008). ''Os 10 eixos da IIRSA''. '''Le Monde Diplomatique''', março de 2008 http://diplo.uol.com.br/2008-03,a2282?var_recherche=Os%20dez%20eixos%20da%20IIRSA{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref><ref>''Observatorio de la Deuda en la Globalización''. MEGAPROYECTOS DE INTEGRACIÓN DE INFRAESTRUCTURAS. IIRSA. http://www.odg.cat/es/inicio/enprofunditat/plantilla_1.php?identif=585 {{Wayback|url=http://www.odg.cat/es/inicio/enprofunditat/plantilla_1.php?identif=585 |date=20100619160133 }}</ref>
<ref>''Observatorio de la Deuda en la Globalización''. MEGAPROYECTOS DE INTEGRACIÓN DE INFRAESTRUCTURAS. IIRSA. http://www.odg.cat/es/inicio/enprofunditat/plantilla_1.php?identif=585 {{Wayback|url=http://www.odg.cat/es/inicio/enprofunditat/plantilla_1.php?identif=585 |date=20100619160133 }}</ref>
 
Dos 335 projetos estratégicos da IIRSA, 31 foram escolhidos como prioritários na Agenda Consensuada [[2005]] - [[2010]] e vários já se encontram em fase de execução.
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== Princípios orientadores ==
;Regionalismo aberto
A [[América do Sul]] é concebida como um espaço geoeconômico dentro do qual é preciso reduzir ao mínimo as barreiras internas ao comércio e os gargalos na [[infraestrutura]] e nos sistemas de regulação e operação que sustentam as atividades produtivas de escala regional. Pretende-se que a [[abertura comercial]] facilite a identificação de setores produtivos de alta competitividade global e que a integração econômica da [[América do Sul]] permita reter e proteger a economia regional das flutuações nos mercados globais.
 
;Eixos de integração e [[desenvolvimento]]
Dada a visão geoeconômica da região, o espaço sul-americano se organizaria ao longo de eixos multinacionais que concentram [[fluxo]]s de [[comércio]] atuais e potenciais. Pretende-se estabelecer um padrão mínimo comum de qualidade de serviços de infraestrutura de transportes, energia e [[telecomunicações]] a fim de apoiar as atividades produtivas de cada Eixo de Integração e Desenvolvimento. Com este ordenamento do espaço sul-americano, pretende-se facilitar o acesso às zonas de alto potencial produtivo, que se encontram atualmente isoladas ou subtilizadassubutilizadas devido à deficiente provisão de serviços básicos de transporte, energia ou telecomunicações.
transporte, energia ou telecomunicações.
 
;Sustentabilidade econômica, social, ambiental e político-institucional
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:c) retirada do [[Estado]] da atividade econômica direta.
 
Entretanto, esta visão não é a única que sustenta a defesa da integração da infraestrutura sul-americana. Na interpretação de alguns pensadores brasileiros,<ref>VIZENTINI, P. G. F. (2003). ''América do Sul: espaço geopolítico prioritário do projeto nacional brasileiro''. p. 183-211. ''In'': REBELO, Aldo; FERNANDES, Luis; CARDIM, Henrique (Orgs.). '''''Política externa do Brasil para o século XXI'''''. Câmara dos Deputados: Brasília, DF. 2003.</ref> <ref>VIZENTINI, Paulo G. F. (2003).''“A política externa brasileira em transição: do desenvolvimentismo ao neoliberalismo”''. In: MARTINS, Estevão Chaves de Resende (org.). '''''Relações Internacionais: visões do Brasil e da América Latina'''''. IBRI: Brasília, DF.</ref> <ref>QUINTANAR, Silvia & LOPEZ, Rodolfo (2003). ""''O Plano de Ação para a Integração da Infraestrutura Regional Sul americana (Iirsa): oportunidades e riscos. Seu significado para o o Brasil e a Argentina''". Revista Brasileira de Política Internacional, vol. 46, n.1, p. 213-221. http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v46n1/a11v46n1.pdf</ref> <ref>PECEQUILO, Cristina S. (2008). "''A política externa do Brasil no século XXI: os eixos combinados de cooperação horizontal e vertical''". Revista Brasileira de Política Internacional, vol.51, n.2, p. 136-153. http://www.scielo.br/pdf/rbpi/v51n2/v51n2a09.pdf</ref> <ref>SILVA, José G. C. (2004). "'''''A Integração Sul-americana e o Brasil: o protagonismo brasileiro na implementação da IIRSA'''''". Monografia de conclusão do Curso Internacional de Formação de Especialistas em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas, FIPAM – UFPA. http://www.comova.org.br/teses_dissertacoes_monografias/Monografia_Guilherme.pdf {{Wayback|url=http://www.comova.org.br/teses_dissertacoes_monografias/Monografia_Guilherme.pdf |date=20100215073955 }}</ref> <ref>GUIMARÃES, Samuel Pinheiro (2006). '''''Desafios Brasileiros na era dos gigantes'''''. Ed. Contraponto:Rio de Janeiro, RJ.</ref>, esta seria uma etapa crítica para viabilizar a própria [[regionalismo|integração regional]], envolvendo o papel estratégico dos Estados do continente sul-americano.
 
Nos [[anos 2000]], muitos críticos do processo de [[Integração Sul-Americana]] se manifestaram contrariamente à IIRSA.<ref>COSTA, Nilder (2009). "Obras de integração sul-americana incomodam Establishment". 13/03/2009. http://www.alerta.inf.br/integracao/1472.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/1472.html |date=20110212002457 }}</ref>
Nos [[anos 2000]], muitos críticos do processo de [[Integração Sul-Americana]] se manifestaram contrariamente à IIRSA<ref>COSTA, Nilder (2009). "Obras de integração sul-americana incomodam Establishment". 13/03/2009. http://www.alerta.inf.br/integracao/1472.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/1472.html |date=20110212002457 }}</ref>. Além disso, diversas [[ONG]]s [[ambientalismo|ambientalistas]] afirmam que a construção de infraestrutura de integração afeta o [[Meio Ambiente]], causando diferentes tipos de impacto ambiental, mesmo nos casos de obras para viabilizar [[hidrovia]]s <ref>ONG Rios Vivos. "''Ambientalistas entram na justiça para suspender leilão do Rio Madeira''", 06/12/2007 http://www.riosvivos.org.br/Noticia/Ambientalistas+entram+na+justica+para+suspender+leilao/11444</ref> . O Complexo de obras que inclui a [[hidrovia]] e [[hidrelétricas]] do [[Rio Madeira]]<ref>ESTADÃO. "''Usinas no Madeira são início de grande projeto amazônico - Estão previstas mais duas hidrelétricas e hidrovia que ligaria Brasil, Bolívia e Peru''". '''O Estado de S. Paulo''', 04 de dezembro de 2007. http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,usinas-no-madeira-sao-inicio-de-grande-projeto-amazonico,90153,0.htm</ref>, por exemplo, incluiriam eclusas que permitiriam o [[transporte hidroviário]] na região, são consideradas por muitas ONGs [[ambientalismo|ambientalistas]] como sendo um projeto que supostamente vai causar grande [[impacto ambiental]]<ref>ONG Rios Vivos. ''Hidrelétricas do Rio Madeira estão entre os mais polêmicos projetos de 2006''. 28/12/2006 http://www.riosvivos.org.br/canal.php?c=526&mat=10120</ref><ref>ONG Rios Vivos. ''Transporte hidroviário é polêmico''. 11/04/2004 http://www.riosvivos.org.br/canal.php?c=526&mat=3219</ref>. O lobbie ambientalista neste caso tornou-se tão forte que conseguiu mobilizar a seu favor até mesmo o cineasta canadense [[James Cameron]]<ref>Globo. "''Diretor de Avatar pede que Brasil desista de hidrelétrica''" 28/03/2010. http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/28/diretor-de-avatar-pede-que-brasil-desista-de-hidreletrica-278715.asp</ref>.
 
Nos [[anos 2000]], muitos críticos do processo de [[Integração Sul-Americana]] se manifestaram contrariamente à IIRSA<ref>COSTA, Nilder (2009). "Obras de integração sul-americana incomodam Establishment". 13/03/2009. http://www.alerta.inf.br/integracao/1472.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/1472.html |date=20110212002457 }}</ref>. Além disso, diversas [[ONG]]s [[ambientalismo|ambientalistas]] afirmam que a construção de infraestrutura de integração afeta o [[Meio Ambiente]], causando diferentes tipos de impacto ambiental, mesmo nos casos de obras para viabilizar [[hidrovia]]s .<ref>ONG Rios Vivos. "''Ambientalistas entram na justiça para suspender leilão do Rio Madeira''", 06/12/2007 http://www.riosvivos.org.br/Noticia/Ambientalistas+entram+na+justica+para+suspender+leilao/11444</ref> . O Complexo de obras que inclui a [[hidrovia]] e [[hidrelétricas]] do [[Rio Madeira]],<ref>ESTADÃO. "''Usinas no Madeira são início de grande projeto amazônico - Estão previstas mais duas hidrelétricas e hidrovia que ligaria Brasil, Bolívia e Peru''". '''O Estado de S. Paulo''', 04 de dezembro de 2007. http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,usinas-no-madeira-sao-inicio-de-grande-projeto-amazonico,90153,0.htm</ref>, por exemplo, incluiriam eclusas que permitiriam o [[transporte hidroviário]] na região, são consideradas por muitas ONGs [[ambientalismo|ambientalistas]] como sendo um projeto que supostamente vai causar grande [[impacto ambiental]].<ref>ONG Rios Vivos. ''Hidrelétricas do Rio Madeira estão entre os mais polêmicos projetos de 2006''. 28/12/2006 http://www.riosvivos.org.br/canal.php?c=526&mat=10120</ref><ref>ONG Rios Vivos. ''Transporte hidroviário é polêmico''. 11/04/2004 http://www.riosvivos.org.br/canal.php?c=526&mat=3219</ref>. O lobbielobby ambientalista neste caso tornou-se tão forte que conseguiu mobilizar a seu favor até mesmo o cineasta canadense [[James Cameron]].<ref>Globo. "''Diretor de Avatar pede que Brasil desista de hidrelétrica''" 28/03/2010. http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2010/03/28/diretor-de-avatar-pede-que-brasil-desista-de-hidreletrica-278715.asp</ref>.
Este é um dos casos mais controversos, na medida em que estas obras são fundamentais para [[Geração de energia|gerar energia]] em uma das regiões mais pobres do Sul da [[Amazônia]], possibilitando a oferta de [[eletricidade]] para milhares de habitantes desta região, que hoje não tem acesso a [[energia]], tanto no território do [[Brasil]] como na [[Bolívia]] <ref>FERNANDES, Elton; NEVES, Cesar; SANTOS, Andrea Brasil; IGNACIO, Anibal Vilcapoma (2005). "''Integração Sul-Americana a partir de investimentos em Infra-Estrutura: Avaliação dos Benefícios Decorrentes da Ampliação da Hidrovia do Rio Madeira''".'''XIX COPINAVAL''' - Congresso Panamericano de Ingenieria Naval, Transporte Marítimo e Ingenieria Portuária. Guayaquil, 2005. http://www.ipen.org.br/downloads/XIX/CT4_TRANSPORTE_MAR%C3%8DTIMOS_Y_FLUVIALES/Elton%20Fern%C3%A1ndes%20-%20%20Anibal%20Vilcapoma.pdf {{Wayback|url=http://www.ipen.org.br/downloads/XIX/CT4_TRANSPORTE_MAR%C3%8DTIMOS_Y_FLUVIALES/Elton%20Fern%C3%A1ndes%20-%20%20Anibal%20Vilcapoma.pdf |date=20130524070028 }}</ref>. Além disso, devido a construção de [[eclusa]]s estas obras irão facilitar a integração das [[hidrovia]]s já existentes na [[Bacia Amazônica]] e na [[Bacia Platina]] ([[rio Tietê|Tietê]]-[[rio Paraná|Paraná]] e Paraná-[[rio Paraguai|Paraguai]]), ou seja, vai permitir o transporte hidroviário por todo o interior do continente sul-americano. Como o [[transporte hidroviário]] é o mais barato e menos poluente que existe, isto irá dinamizar consideravelmente a economia destes países e permitir que regiões isoladas do interior do subcontinente possam se desenvolver e exportar os produtos típicos locais para o [[mercado internacional]] a um custo viável.
 
Este é um dos casos mais controversos, na medida em que estas obras são fundamentais para [[Geração de energia|gerar energia]] em uma das regiões mais pobres do Sul da [[Amazônia]], possibilitando a oferta de [[eletricidade]] para milhares de habitantes desta região, que hoje não tem acesso a [[energia]], tanto no território do [[Brasil]] como na [[Bolívia]] .<ref>FERNANDES, Elton; NEVES, Cesar; SANTOS, Andrea Brasil; IGNACIO, Anibal Vilcapoma (2005). "''Integração Sul-Americana a partir de investimentos em Infra-Estrutura: Avaliação dos Benefícios Decorrentes da Ampliação da Hidrovia do Rio Madeira''".'''XIX COPINAVAL''' - Congresso Panamericano de Ingenieria Naval, Transporte Marítimo e Ingenieria Portuária. Guayaquil, 2005. http://www.ipen.org.br/downloads/XIX/CT4_TRANSPORTE_MAR%C3%8DTIMOS_Y_FLUVIALES/Elton%20Fern%C3%A1ndes%20-%20%20Anibal%20Vilcapoma.pdf {{Wayback|url=http://www.ipen.org.br/downloads/XIX/CT4_TRANSPORTE_MAR%C3%8DTIMOS_Y_FLUVIALES/Elton%20Fern%C3%A1ndes%20-%20%20Anibal%20Vilcapoma.pdf |date=20130524070028 }}</ref>. Além disso, devido a construção de [[eclusa]]s estas obras irão facilitar a integração das [[hidrovia]]s já existentes na [[Bacia Amazônica]] e na [[Bacia Platina]] ([[rio Tietê|Tietê]]-[[rio Paraná|Paraná]] e Paraná-[[rio Paraguai|Paraguai]]), ou seja, vai permitir o transporte hidroviário por todo o interior do continente sul-americano. Como o [[transporte hidroviário]] é o mais barato e menos poluente que existe, isto irá dinamizar consideravelmente a economia destes países e permitir que regiões isoladas do interior do subcontinente possam se desenvolver e exportar os produtos típicos locais para o [[mercado internacional]] a um custo viável.
Considerando que, embora polêmicas<ref>PIOLLI, Alessandro Luís & DIAS, Susana Dias (2004). "''Transporte hidroviário é polêmico''". '''ComCiência''' - Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, 10/04/2004. SBPC. ISSN 1519-7654 http://www.comciencia.br/200404/reportagens/06.shtml</ref> a maioria das hidrovias contribui para o [[desenvolvimento sustentável]], alguns analistas
<ref>LINO, Geraldo Luís(2004). "''A Máfia Verde 2: Ambientalismo – Novo Colonialismo''". Capax Dei Editora Ltda, Rio de Janeiro, Brasil.</ref> <ref>ONG Rios Vivos. Ambientalismo internacional quer bloquear infraestrutura na América do Sul, 07/05/2007 http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html |date=20100504231052 }}</ref> e políticos brasileiros <ref>ANGELO, Cláudio (2010). "''Meio Ambiente age como organização paraestatal, diz deputado''". '''Folha de S. Paulo''', 08/02/2010. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u691017.shtml</ref> criticam abertamente as ONGs ambientalistas que são contra a construção de hidrovias e outras obras de infraestrutura da IIRSA. Estes críticos defendem que muitas destes grupos recebem dinheiro de governos dos países ricos para defender propostas supostamente ambientalistas, mas que visam apenas a dificultar o [[desenvolvimento regional]] e a integração sul-americana<ref>ONG Rios Vivos. "''Ambientalismo internacional quer bloquear infraestrutura na América do Sul"'', 07/05/2007 http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html |date=20100504231052 }}</ref>.
 
Considerando que, embora polêmicas<ref>PIOLLI, Alessandro Luís & DIAS, Susana Dias (2004). "''Transporte hidroviário é polêmico''". '''ComCiência''' - Revista Eletrônica de Jornalismo Científico, 10/04/2004. SBPC. ISSN 1519-7654 http://www.comciencia.br/200404/reportagens/06.shtml</ref> a maioria das hidrovias contribui para o [[desenvolvimento sustentável]], alguns analistas<ref>LINO, Geraldo Luís(2004). "''A Máfia Verde 2: Ambientalismo – Novo Colonialismo''". Capax Dei Editora Ltda, Rio de Janeiro, Brasil.</ref> <ref>ONG Rios Vivos. Ambientalismo internacional quer bloquear infraestrutura na América do Sul, 07/05/2007 http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html |date=20100504231052 }}</ref> e políticos brasileiros <ref>ANGELO, Cláudio (2010). "''Meio Ambiente age como organização paraestatal, diz deputado''". '''Folha de S. Paulo''', 08/02/2010. http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u691017.shtml</ref> criticam abertamente as ONGs ambientalistas que são contra a construção de hidrovias e outras obras de infraestrutura da IIRSA. Estes críticos defendem que muitas destes grupos recebem dinheiro de governos dos países ricos para defender propostas supostamente ambientalistas, mas que visam apenas a dificultar o [[desenvolvimento regional]] e a integração sul-americana.<ref>ONG Rios Vivos. "''Ambientalismo internacional quer bloquear infraestrutura na América do Sul"'', 07/05/2007 http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html {{Wayback|url=http://www.alerta.inf.br/integracao/990.html |date=20100504231052 }}</ref>.
 
{{Referências}}