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Suharto nasceu numa pequena vila chamada Kemusuk, em [[Java]], na cidade de [[Yogyakarta]], durante a [[Índias Orientais Neerlandesas|dominação colonial holandesa]],<ref>{{citar livro|autores=Soeharto, as related to G. Dwipayana and Ramadhan K.H.|data=1989|título=Soeharto: Pikiran, ucapan dan tindakan saya: otobiografi|títulotrad=Soeharto: Meus pensamentos, palavras e ações: uma autobiografia|publicado=PT Citra Lamtoro Gung Persada|local=Jakarta|isbn=979-8085-01-9}}</ref> crescendo numa família empobrecida. Seus pais, que eram javaneses muçulmanos, se divorciaram logo após o nascimento dele, o que o forçou a viver em lares adotivos durante toda a sua infância. Durante a [[ocupação japonesa da Indonésia]], Suharto serviu num grupo de segurança indonésio criado pelos japoneses. Durante a [[Revolução Nacional da Indonésia|luta por independência]], ele se juntou ao recém formado [[Forças Armadas da Indonésia|exército indonésio]]. Suharto foi subindo nas patentes e após a independência, foi promovido a major-general.<ref name="Elson">{{citar livro|primeiro = Robert E. |último = Elson |ano= 2001 |título= Suharto: A Political Biography |publicado= Cambridge University Press |local= Cambridge, United Kingdom | isbn =0-521-77326-1}}</ref>
 
Entre 30 de setembro e 1 de outubro de 1965, ocorreu uma [[Movimento de 30 de Setembro|tentativa de golpe de estado]] na Indonésia que foi detida por tropas lideradas por Suharto. De acordo com a liderança das forças armadas, o golpe foi orquestrado pelo [[Partido Comunista da Indonésia|Partido Comunista]].<ref>Friend (2003), páginas 107–109; {{citar vídeo|pessoas=Chris Hilton (writer and director) |título=Shadowplay | medium =Television documentary |publicado=Vagabond Films and Hilton Cordell Productions |ano=2001 }}; Ricklefs (1991), páginas 280–283, 284, 287–290</ref> Entre 1965 e 1966, o exército realizou uma [[Massacre na Indonésia de 1965–1966|série de expurgos contra os comunistas]] e no final o presidente [[Sukarno]] foi forçado a deixar o poder, com o general Suharto assumindo a presidência. Ele foi formalmente apontado como chefe de estado interino em 1967 e eleito presidente oficialmente no ano seguinte. Ele então montou uma campanha social chamada de "de-Sukarnoização" para tentar reduzir a influência do seu antecessor.

Nos primeiros anos no poder, o governo de Suharto gozou de apoio popular e da lealdade das [[Forças Armadas da Indonésia|forças armadas]], permitindo a ele implementar o que chamou de "[[Nova Ordem (Indonésia)|Nova Ordem]]". Até a década de 1990, seu regime foi marcado por acentuado [[autoritarismo]], repressão política e corrupção desenfreada que, lentamente, começou a erodir sua base de apoio. Em meados dos anos 90, sua situação ficou insustentável, especialmente após a [[crise financeira asiática de 1997]] que levou a uma [[Tumultos na Indonésia em maio de 1998|série de protestos e instabilidade]]. Sem alternativa, Suharto anunciou, em maio de 1998, que renunciava a presidência.<ref>{{citar livro|último =Schwarz |primeiro =A. |ano=1994 |título=A Nation in Waiting: Indonesia in the 1990s |publicado=Westview Press |isbn=1-86373-635-2 |url=https://archive.org/details/nationinwaitingi00schw }}</ref> Ele faleceu dez anos depois, em 2008, de falência múltipla dos órgãos e recebeu um [[funeral de Estado]].<ref name="Elson" />
 
Sob sua administração, que ficou conhecida como "Nova Ordem", Suharto construiu um governo forte, centralizado e dominado por militares. A capacidade de manter a estabilidade em uma Indonésia ampla e diversa, além de sua postura declaradamente anticomunista, conquistou o apoio econômico e diplomático do Ocidente durante a [[Guerra Fria]]. Em um dos eventos mais marcantes de sua ditadura, Suharto ordenou [[Invasão indonésia de Timor-Leste|a brutal invasão]] do [[Timor Leste]], em 1975, na qual morreram, segundo grupos de direitos humanos, cerca de 200 mil timorenses. Durante boa parte de sua presidência, a economia da Indonésia melhorou significativamente, com o país sendo industrializado e a qualidade de vida em ascensão, puxado principalmente por melhorias nos níveis de educação.<ref>{{citar conferência|último = Miguel|primeiro = Edward|autor2 =Paul Gertler |autor3 =David I. Levine|título= Does Social Capital Promote Industrialization? Evidence from a Rapid Industrializer|títulolivro= Econometrics Software Laboratory, University of California, Berkeley |data= Janeiro de 2005}}</ref><ref name="SMH_McDONALD">{{citar jornal|último = McDonald|primeiro = Hamish|autorlink = Hamish McDonald|título= No End to Ambition|jornal= Sydney Morning Herald|data= 28 de janeiro de 2008| url = http://www.smh.com.au/news/world/no-end-to-ambition/2008/01/27/1201368944638.html}}</ref>