Pós-estruturalismo: diferenças entre revisões

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O pós-estruturalismo rejeita a noção estruturalista de que a palavra dominante em um par é dependente de sua contraparte subserviente e, em vez disso, argumenta que fundar o conhecimento na experiência pura ([[fenomenologia]]) ou em [[Sistema|estruturas sistemáticas]] (estruturalismo) é impossível,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=dDi6guWdpfIC|título=Gilles Deleuze|ultimo=Colebrook|primeiro=Claire|data=2002|editora=Routledge|series=Routledge Critical Thinkers|isbn=9781134578023|citação=''Post''-structuralism responded to the impossibility of founding [[knowledge]] either on pure experience (phenomenology) or systematic structures (structuralism).}}</ref> porque história e cultura condicionam o estudo das estruturas subjacentes e estas estão sujeitas a vieses e interpretações erradas. [[Gilles Deleuze]] e outros viram essa impossibilidade não como um fracasso ou perda, mas sim como uma causa para "celebração e libertação".<ref name="Colebrook">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=dDi6guWdpfIC&pg=PA2|título=Gilles Deleuze|ultimo=Colebrook|primeiro=Claire|data=2002|editora=Routledge|series=Routledge Critical Thinkers|isbn=9781134578023|citação=In Deleuze's case, like many other post-structuralists, this recognised impossibility of organising life into closed structures was not a failure or loss but a cause for celebration and liberation.}}</ref> Uma abordagem pós-estruturalista argumenta que para compreender um objeto (um texto, por exemplo), é necessário estudar tanto o objeto em si quanto os [[sistema]]s de conhecimento que o produziram.<ref>{{Citar periódico |titulo=Structuralism and Post-Structuralism: An Interview with Michel Foucault |ultimo=Raulet |primeiro=Gerard |ano=1983 |paginas=195–211 |doi=10.3817/0383055195 |volume=1983 |periódico=Telos}}</ref> As fronteiras incertas entre o estruturalismo e o pós-estruturalismo tornam-se ainda mais obscuras pelo fato de os estudiosos raramente se rotularem como pós-estruturalistas. Alguns estudiosos associados ao estruturalismo, como [[Roland Barthes]] e [[Michel Foucault]], também se destacaram no pós-estruturalismo.<ref>{{Citar livro|título=Understanding Poststructuralism|ultimo=Williams|primeiro=James|editora=Routledge|ano=2005|doi=10.1017/UPO9781844653683|isbn=9781844653683}}</ref>
 
O prefixo ''pós'' não é, todavia, interpretado como sinal de contraposição ao estruturalismo. De fato, esses pensadores levaram às últimas consequências os conceitos e desenvolvimentos do estruturalismo, até dissolvê-los no desconstrutivismo, construtivismo ou no [[relativismo]] e no [[Pós-modernidade|pós-modernismo]]. O movimento pós-estruturalista está intimamente ligado ao pós-modernismo - embora os dois conceitos, conforme mencionou Michael Peters (2000), não sejam sinônimos. Nas palavras de Peters (2000, p.&nbsp;12): "o pós-estruturalismo tem sido, muito frequentemente, confundido com o termo afim, Pós-modernismo. Na verdade, alguns críticos chegam a argumentar que o conceito de pós-estruturalismo deve ser subordinado ao de Pós-modernismo".<ref name=":0">{{citar livro|titulo=Pós-estruturalismo e filosofia da diferença|ultimo=Peters|primeiro=Michael|editora=Autêntica|ano=2000|local=Belo Horizonte|acessodata=|paginas=29}}</ref> Para o autor, o pós-modernismo, apesar de ter uma acepção histórica e filosófica, no geral, está relacionado aos movimentos artísticos de meados do século XX; já o Pós-estruturalismo "é, decididamente, interdisciplinar, apresentando-se por meio de muitas e diferentes correntes<ref name=":0" />" (PETERS, 2000, p.&nbsp;29).
 
== História ==