Terceiro segredo de Fátima: diferenças entre revisões
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Segundo a [[Lúcia dos Santos|Irmã Lúcia]], em 13 de Julho de 1917 Nossa Senhora teria revelado um segredo constituído por três partes, de carácter [[profecia|profético]]. As duas primeiras foram reveladas em 1941, num documento manuscrito por Lúcia. A terceira parte foi escrita por Lúcia em 3 de Janeiro de 1944, por ordem do bispo de Leiria, [[José Alves Correia da Silva]], que o guardou, em envelope selado, no seu arquivo. Em 4 de Abril de 1957, o envelope foi entregue ao [[Arquivos Secretos do Vaticano|Arquivo Secreto do Santo Ofício]], onde ficou guardado.
A Irmã Lúcia, antes de entregar ao Bispo de Leiria-Fátima o envelope selado com a terceira parte do Segredo, tinha escrito no envelope exterior que podia ser aberto somente depois de 1960 pelo Patriarca de Lisboa ou pelo Bispo de Leiria. Interrogada sobre o motivo por que o fizera e se fora Nossa Senhora que indicara aquela data, a Irmã Lúcia respondeu que ''"Não foi Nossa Senhora; fui eu que meti a data de 1960 porque, segundo intuição minha, antes de 1960 não se perceberia, compreender-se-ia somente depois. Agora pode-se compreender melhor. Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa"''<ref name="a">[http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000626_message-fatima_po.html A Mensagem de Fátima - Congregação para a Doutrina da Fé]</ref> O texto foi lido pelos Papas [[João XXIII]] e [[Paulo VI]], que porém decidiram não o publicar.
[[João Paulo II]], por sua vez, pediu o envelope com a terceira parte do segredo após o atentado de [[13 de Maio]] de [[1981]].
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==Texto==
Manteve-se a [[ortografia]] original do documento.<blockquote>
:''« J.M.J.''
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:''[[Tuy]] -3-1- [[1944]] ».''<ref name="a" />
</blockquote>
==Interpretação==
O texto foi objecto dum comentário teológico da autoria do então [[Cardeal]] [[Joseph Ratzinger]], Prefeito da [[Congregação para a Doutrina da Fé]], publicado, juntamente com o texto integral do segredo, em 26 de Junho de 2000. Este comentário começa por estabelecer o lugar [[Teologia|teológico]] das revelações privadas, seguindo com a estrutura [[Antropologia|antropológica]] das mesmas. Faz então uma tentativa de interpretação do Segredo de Fátima, na sua globalidade.<ref name="a" />
Segundo essa interpretação da [[Santa Sé]], ''"o segredo consiste numa visão [[Profeta|profética]], comparável às da [[Bíblia|Sagrada Escritura]], que não descrevem de forma fotográfica os detalhes dos acontecimentos futuros, mas sintetizam e condensam sobre a mesma linha de fundo factos que se prolongam no tempo numa sucessão e duração não especificadas. Em consequência, a chave de leitura do texto só pode ser de carácter [[Simbologia|simbólico]]
Também segundo a Irmã Lúcia, o "[[bispo]] vestido de branco" é o [[Papa]], ainda que a visão não pareça referir-se a um Papa específico.<ref>''« Não sabíamos o nome do Papa; Nossa Senhora não nos disse o nome do Papa. Não sabíamos se era [[Bento XV]], [[Pio XII]], [[Paulo VI]] ou [[João Paulo II]], mas que era o Papa que sofria e isso fazia-nos sofrer a nós também ».'' [http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000626_message-fatima_po.html Colóquio do Card. Bertone com a Irmã Lúcia]</ref>
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{{Referências}}
====== Fontes ======
*[https://web.archive.org/web/20100602045629/http://www.pastorinhos.com/livros/pt/MemoriasI_pt.pdf IRMÃ LÚCIA - ''Memórias da Irmã Lúcia''. Fátima: Secretariado dos Pastorinhos, 2007.] ISBN 978-972-8524-18-0
*[http://veja.abril.com.br/050700/p_064.html Dias, Cristiano. (5/07/2000)] [[Revista Veja]], Edição 1656.
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