Estrada de Ferro Curitiba Paranaguá: diferenças entre revisões

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Antes da ferrovia, por mais de 200 anos a única ligação entre o litoral e o planalto paranaense era a [[Estrada da Graciosa]], inicialmente uma trilha aberta pelos indígenas, sendo posteriormente calçada.<ref name=rumor/>{{rp|65-66}}
 
A ferrovia foi projetada pelos irmãos [[André Rebouças]], [[Antônio Pereira Rebouças Filho]] e [[José Rebouças]], em sociedade com Francisco Antônio Monteiro Tourinho e Maurício Schwartz, sendo o decreto autorizando sua construção publicado em 1871, e os primeiros registros de planos para sua construção datando de 1870. A ferrovia se chamaria Dona Isabel, e havia uma disputa política se seu ponto de partida deveria ser Paranguá ou o município próximo de Antonina, sendo aquele vitorioso. Em 1872 após a autorização da construção, os Rebouças entregam os planos de construção ao governo.<ref name=rumor/>{{rp|66-68}} Devido a dificuldades financeiras, Rebouças e seus sócios cedem seus direitos ao [[Barão de Mauá]], que participara da empresa. O projeto teve uma ferrovia, "irmã uns anosmeses mais velha", a [http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_1/sumidouro.htm Ferrovia Nova Friburgo - Nossa Senhora do Paquequer do Sumidouro],
<references group="http://www.estacoesferroviarias.com.br/efl_ramais_1/sumidouro.htm" />
está porem bem mais curtasimples, mas com obras fantásticas, foi desativada em 1967. Também com dificuldades, os direitos de construção são adquiridos pela ''Compagnie Génerale des Chemins de Fer Brésiliens'', da ''Societé Anonyme de Travaux Dyle Bacalan''.<ref name="coisas">{{citar periódico|url=http://www.museuparanaense.pr.gov.br/arquivos/File/Banestado61anos/AestradadeFerroParanaguaCuritibaUmaobradeArte.pdf|arquivourl=https://web.archive.org/web/20190115013522/http://www.museuparanaense.pr.gov.br/arquivos/File/Banestado61anos/AestradadeFerroParanaguaCuritibaUmaobradeArte.pdf|arquivodata=15 de janeiro de 2019|deadurl=y|titulo=A Estrada de Ferro Paranguá-Curitiba. Uma obra de arte.|publicado=Museu Paranaense|periódico=Coisas do Paraná|volume=2}}</ref>{{rp|2-4}}
 
A ''Compagnie Génerale'', sob direção de [[Antônio Ferrucci]], italiano que participou da construção do [[Canal de Suez]], inicia a construção em 1880 com cerimônia em que participou [[Dom Pedro II]]. Participaram da construção nove mil trabalhadores, em condições de trabalho desafiadoras - a área era pantanosa e sujeita a alagamentos, e não havia estrada para facilitar o transporte. A estrada foi construída com aço belga, produzido pela ''Dyleet Bacalan'' e trazido de navio ao Brasil. Em 1882, Ferrucci deixa o cargo com a estrada parcialmente concluída, e assume [[João Teixeira Soares]]. Em 1883 o trecho Paranguá-Morretes é inaugurado em cerimônia com a [[Princesa Isabel]].<ref name=rumor/>{{rp|68-70}} Ferrucci teria deixado o cargo devido ao risco ser muito elevado.<ref>{{citar web|url=https://www.tribunapr.com.br/noticias/parana/ferrovia-para-paranagua-uma-historia-de-desafios/|titulo=Ferrovia para Paranaguá, uma história de desafios|publicado=''Tribuna do Paraná''|data=4 de fevereiro de 2005|autor=Rhodrigo Deda}}</ref><ref name=coisas/>{{rp|4-5}} A construção é feita sem o uso de mão de obra escrava, apesar da escravidão ainda ser vigente na época.<ref name=coisas/>{{rp|6}}