Teoria da relatividade: diferenças entre revisões

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* Eventos que ocorrem simultaneamente em um referencial inercial não são necessariamente simultâneos em outro referencial em movimento relativo (falta de simultaneidade).
* Medidas acerca das dimensões de objetos que se movem em relação a um dado referencial serão inferidas com valores menores do que as determinadas para os mesmos objetos quando inferidas em referenciais nos quais estes encontrem-se inanimados. Se um corpo está em movimento ao longo de um eixo em um dado referencial, a dimensão do corpo ao longo '''deste''' eixo parecerá menor do que aquela determinada quando o mesmo corpo encontrava-se parado em relação ao referencial do observador (contração dos comprimentos).
 
== Aparentes paradoxos da Relatividade Restrita ==
=== [[Paradoxo dos gêmeos|Gêmeos]] ===
Há aqui dois aspectos diferentes a serem considerados. O primeiro é que, no contexto da mecânica clássica, a dilatação temporal não existe, o que levaria o gêmeo que viajou na nave estranhar a disparidade dos tempos decorridos experimentados por ele e pelos que ficaram na Terra.
 
Porém, o real paradoxo aqui é o fato de que, mesmo se aceitando a dilatação temporal, o gêmeo que viajou pelo universo a bordo da nave, sob velocidades próximas à da luz, tem todo o direito (no escopo da RR) de alegar que a Terra é que se movia com velocidade próxima à da luz. Assim, ele acha que a Terra é que deveria ter tido o seu fluxo de tempo alterado.
 
O entendimento perfeito desse efeito, porém, só pode ocorrer se lembrar que a nave percorreu uma trajetória maior (considerando-se a trajetória no espaço-tempo) e, além do mais, ambos os referenciais em algum momento sofrem acelerações.
 
As consequências da velocidade da luz ser constante para todo observador, como a contração do espaço, não é compreendida pelo publico leigo no assunto com facilidade, porém por meio do seguinte exemplo, podemos adquirir tal conhecimento.
 
Para começar, imaginamos um trem com velocidade próxima a da luz que chamaremos de V e de altura L. dentro desse trem, colocaremos um observador, O1, e um lazer que em um determinado instante será acionado, direcionado para o teto do trem, perpendicularmente à velocidade do veiculo. Fora do trem, colocaremos um segundo observador, O2. Ambos os observadores medirão o tempo que o lazer ira demorar para atingir o teto do veiculo.
 
Feito isso, acionaremos o lazer. Para o O1, o feixe de lux demora um tempo T para percorrer a altura L, mas para o O2, esse tempo foi diferente e igual a t ,pois esse mesmo feixe percorreu a altura do trem acrescida de um valor decorrente do deslocamento do veiculo.
[[Ficheiro:Observador 1.png|esquerda|miniaturadaimagem|324x324px|Observador 1]]
[[Ficheiro:Observador 2 - ilustração.png|centro|miniaturadaimagem|458x458px|Observador 2]]
 
 
Com esses dados, e sabendo que a velocidade da luz e constante e igual a c para todo observador, temos:
 
O1→<math>c.T=L</math> ( I )
 
O2→<math>c.t=\sqrt{L^2+(V.t)^2}</math> ( II )
 
Assim chegamos na formula <math>t=\frac T\sqrt{1-\frac{V^2}{c^2}}</math> ou se usarmos a [[Transformação de Lorentz]] <math>t=T.\gamma</math> onde <math>\gamma = \frac{1}{ \sqrt{(1 - \frac{v^2}{c^2} )} }</math> .
 
Utilizando tal formula, podemos calcular a diferença de idade entre os irmãos após uma viagem feita com velocidades próximas a a da luz. Supondo, por exemplo, que o irmão que viajou na nave em uma velocidade de 0.8c, ou seja, 80% da velocidade, envelheceu 10 anos, seu gêmeo teria envelhecido <math>t=\frac{10}\sqrt{1-\frac{(0.8c)^2}{c^2}}=16,6 anos</math>.
 
== Ver também ==