Aquiles e Pátroclo: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Akhilleus Patroklos Antikensammlung Berlin F2278.jpg|thumb|right|300px|[[Aquiles]] ata ferimento no braço de seu parceiro [[Pátroclo]]. A cena tem sido interpretada como um ato de cuidados especiais e camaradagem, ou como uma cena com pistas sexuais. A [[Cultura da Grécia|cultura]] da [[Grécia Antiga|Grécia]] antiga frequentemente acreditava os dois como amantes]]
 
A relação entre '''Aquiles e Pátroclo''' é um elemento-chave das histórias associadas à [[Guerra de Troia|Guerra de Tróia]]. Sua natureza exata tem sido objeto de disputa tanto no período clássico quanto em tempos modernos. Na [[Ilíada]]'','' [[Homero]] descreve uma relação profunda e significativa entre [[Aquiles]] e [[Pátroclo]], onde Aquiles é terno com Pátroclo, mas insensível e arrogante com os outros. Homero nunca classifica explicitamente os dois como amantes,<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=YCxy_4Bt1F0C&pg=PA223|título=The Tribal Imagination: Civilization and the Savage Mind|ultimo=Fox|primeiro=Robin|data=2011-03-08|editora=Harvard University Press|lingua=en}}</ref> mas eles foram descritos como amantes nos períodos arcaico e clássico da [[literatura grega]], particularmente nas obras de [[Ésquilo]], [[Ésquines Socrático|Ésquines]] e [[Platão]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=WTRoAgAAQBAJ&lpg=PA227&ots=F1TvWJPs7H&dq=aeschylus%20achilles%20trilogy%20erastes&hl=el&pg=PA227#v=onepage&q=aeschylus%20achilles%20trilogy%20erastes&f=false|título=Achilles in Love: Intertextual Studies|ultimo=Fantuzzi|primeiro=Marco|data=2012-12-20|editora=OUP Oxford|lingua=en}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.perseus.tufts.edu/hopper/text?doc=Aeschin.+1+133&redirect=true |titulo=Aeschines, Against Timarchus, section 133 |acessodata=2021-08-26 |website=www.perseus.tufts.edu}}</ref>
O relacionamento entre '''Aquiles e Pátroclo''' é um elemento-chave dos [[mito]]s associados à [[Guerra de Troia|guerra]] de [[Troia]]. Sua natureza exata tem sido um assunto de disputa em ambos o período clássico e tempos modernos. Na ''[[Ilíada]]'', é nítido que os dois heróis (que eram também primos) tinham uma amizade profunda e extremamente significante, com a evidências de um elemento romântico ou sexual. Entretanto, comentaristas desde o período clássico até hoje tendem a interpretar o relacionamento através das lentes de suas próprias culturas.<ref>{{Citar livro |edição=2ª |local=[[Baltimore]] |autor=[[Gregory Nagy]] |página=105 |url=http://www.press.jhu.edu/books/nagy/BofATL/chapter6.html |ano=1999 |editora=[[Johns Hopkins University Press]] |título=The Best of the Achaeans (edição online) |língua=inglês |isbn=0-8018-6015-6}}</ref> Assim, na [[Atenas]] do [[século V a.C.]] o relacionamento foi comumente interpretado como [[Pederastia|pederástico]].<ref>''[[Oxford Classical Dictionary]]'', 3ª edição. Simon Hornblower and Antony Spawforth, eds. [[Oxford]]: [[Oxford University Press]], 1996. p. 721. ISBN 0-19-866172-X.</ref> Leitores contemporâneos são mais prováveis a interpretar os dois heróis também como "companheiros de guerra" não-sexuais ou como um casal [[Homossexualidade|homossexual]] que serve a causa de igualdade de direitos.
 
== Na ''Ilíada'' ==
{{Referências}}
[[Ficheiro:Aquiles e o corpo de Pátroclo.png|miniaturadaimagem|''Aquiles de luto por Pátroclo'' ''(1795)'', [[John Flaxman]].]]
Aquiles e Pátroclo são companheiros próximos na guerra contra os [[Troia|troianos]]. Devido à sua raiva por ter sido desonrado por Agamenon , Aquiles optou por não participar da batalha. Quando a maré da guerra se voltou contra os [[Aqueus (Homero)|aqueus]], Pátroclo convence Aquiles a deixá-lo liderar o exército de [[mirmidões]] na batalha usando a armadura de Aquiles. Pátroclo consegue repelir as forças de Tróia, mas é morto na batalha por [[Heitor]].
 
A notícia da morte de Pátroclo chega a Aquiles por meio de [[Antíloco]], o que o lança em profunda dor. O primeiro Aquiles firme e inquebrável agoniza, tocando o corpo morto de Pátroclo, se lambuzando com cinzas e jejuando. Ele lamenta a morte de Pátroclo usando uma linguagem muito semelhante à usada mais tarde por [[Andrómaca]] de Heitor. Ele também pede que, quando morrer, suas cinzas sejam misturadas às de Pátroclo.
{{Esboço-mitologia-grega}}
 
{{Portal3|Mitologia|Mitologia greco-romana}}
A raiva que se segue à morte de Pátroclo se torna a principal motivação para Aquiles retornar ao campo de batalha. Ele retorna à batalha com o único objetivo de vingar a morte de Pátroclo matando Heitor, apesar do aviso de que isso custaria sua vida. Depois de derrotar Heitor, Aquiles arrasta seu cadáver pelos calcanhares atrás de sua carruagem.
 
O vínculo interpessoal mais forte de Aquiles é com Pátroclo. Como [[Gregory Nagy]] aponta:<blockquote>Para Aquiles [...] em sua própria escala ascendente de afeto, conforme dramatizado por toda a composição da ''Ilíada'', o lugar mais alto deve pertencer a Patroklos [...] Na verdade, Patroklos é para Aquiles o πολὺ φίλτατος ... ἑταῖρος - os '[[Heteros|hetairos]] quem é de longe o mais phílos '(XVII 411, 655).<ref>{{Citar web |url=https://www.press.jhu.edu/books/nagy/BofATL/chapter6.html |titulo=Chapter 6 |acessodata=2021-08-26 |website=www.press.jhu.edu}}</ref></blockquote>''Heteros'' significava companheiro ou camarada; em Homero é geralmente usado para soldados sob o mesmo comandante. Embora sua forma feminina (''[[Hetera|hetaîra]]'') fosse usada para artistas e filósofas cortesãs, o ''hetaîros'' ainda era uma forma de soldado nos tempos helenísticos e bizantinos. Em textos antigos, ''[[philia]]'' (muitas vezes traduzido como "amor fraternal") denotava um tipo geral de amor, usado para o amor entre família, entre amigos, desejo ou prazer de uma atividade, bem como entre amantes.
 
Aquiles é o mais dominante e, entre os guerreiros da Guerra de Tróia, é o que tem mais fama. Pátroclo desempenha funções como cozinhar, alimentar e cuidar dos cavalos, mas é mais velho que Aquiles. Ambos os personagens também dormem com mulheres:<blockquote>Mas Aquiles dormia na parte mais interna da cabana bem construída, e ao seu lado estava uma mulher que ele trouxera de Lesbos, até a filha de Phorbas, Diomede de bochechas claras. E Pátroclo deitou-o do lado oposto, e ao lado dele estava Iphis, com seu belo cinto, que Aquiles lhe dera quando tomou a íngreme Scyrus, a cidade de Enyeus. ( ''Ilíada'' , IX.663-669)</blockquote>O apego de Aquiles a Pátroclo é um vínculo masculino arquetípico que ocorre em outras partes da cultura grega: o mítico Damon e Pítias , os lendários Orestes e Pylades e os históricos Harmodius e Aristogeiton são pares de camaradas que alegremente enfrentam o perigo e a morte um pelo outro .
 
No ''Oxford Classical Dictionary'', David M. Halperin escreve:<blockquote>Homero, com certeza, não retrata Aquiles e Pátroclo como amantes (embora alguns atenienses clássicos pensou que implicava tanto ( Ésquilo fragmentos de 135, 136 Radt; Platão ''Simpósio'' 179e-180b; ''Ésquines'' ''Contra Timarco'' 133, 141-50)), mas ele também fez pouco para descartar tal interpretação.<ref>{{Citar periódico |url=https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/0-19-866172-X |titulo=Book sources |acessodata=2021-08-26 |jornal=Wikipedia |lingua=en}}</ref></blockquote>
 
== Vistas clássicas da antiguidade ==
Nos séculos V e IV AC., o relacionamento era retratado como amor [[homoerótico]] nas obras de Ésquilo, Platão, [[Píndaro]] e Ésquines .
 
Em Atenas, o relacionamento era frequentemente visto como amoroso e pederástico.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/4476069 |titulo=Achilles and Patroclus in Love |data=1978 |acessodata=2021-08-26 |jornal=Hermes |número=3 |ultimo=Clarke |primeiro=W. M. |paginas=381–396 |issn=0018-0777}}</ref> O costume grego de pederastia entre membros do mesmo sexo, normalmente homens, era uma relação política, intelectual e às vezes sexual.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.inquiriesjournal.com/articles/175/examining-greek-pederastic-relationships |titulo=Examining Greek Pederastic Relationships |data=2010 |acessodata=2021-08-26 |jornal=Inquiries Journal |número=02 |ultimo=Holmen |primeiro=Nicole |lingua=en}}</ref> Sua estrutura ideal consistia em um ''[[erastes]]'' mais velho (amante, protetor) e um ''[[eromenos]]'' mais jovem (o amado). A diferença de idade entre os parceiros e seus respectivos papéis (ativos ou passivos) foi considerada uma característica fundamental.<ref>{{Citar livro|url=http://archive.org/details/sexualitygreekro00john|título=Sexuality in Greek and Roman society and literature : a sourcebook|ultimo=Johnson|primeiro=Marguerite|ultimo2=Ryan|primeiro2=Terry|data=2005|editora=London ; New York : Routledge|outros=Library Genesis}}</ref> Escritores que assumiram uma relação pederástica entre Aquiles e Pátroclo, como Platão e Ésquilo, enfrentaram então o problema de decidir quem deveria ser mais velho e desempenhar o papel de erastes.
 
Ésquilo, em sua tragédia perdida, ''Os Mirmidões'' (século V aC), atribuiu a Aquiles o papel de ''erastes'' ou protetor (já que ele vingou a morte de seu amante, embora os deuses lhe disseram que isso custaria sua própria vida), e atribuiu a Pátroclo o papéis de ''eromenos.'' Aquiles lamenta publicamente a morte de Pátroclo, dirigindo-se ao cadáver e criticando-o por se deixar ser morto. Em um fragmento sobrevivente da peça, Aquiles fala da “reverente companhia” das coxas de Pátroclo e como Pátroclo era “ingrato por tantos beijos”.<ref>{{Citar periódico |url=https://en.wikipedia.org/wiki/Special:BookSources/978-0-521-81843-8 |titulo=Book sources |acessodata=2021-08-26 |jornal=Wikipedia |lingua=en}}</ref>
 
A comparação de Píndaro do boxeador adolescente Hagesídamo e seu treinador Ilas com Pátroclo e Aquiles no ''olímpico'' 10.16-21 (476 aC), bem como a comparação de Hagesídamo com o amante de [[Zeus]], [[Ganímedes]], no ''olímpico'' 10.99-105, sugere que o aluno e o treinador tiveram um relacionamento romântico, especialmente após a representação de Aquiles e Pátroclo por Ésquilo como amantes em sua peça ''Mirmidões''.<ref>{{Citar periódico |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16338892/ |titulo=Pindar's Tenth Olympian and athlete-trainer pederasty |data=2005 |acessodata=2021-08-26 |jornal=Journal of Homosexuality |número=3-4 |ultimo=Hubbard |primeiro=Thomas |paginas=137–171 |doi=10.1300/j082v49n03_05 |issn=0091-8369 |pmid=16338892}}</ref>
 
No ''[[Simpósio (Platão)|Simpósio]]'' de Platão '','' escrito em 385 AC, o orador [[Fedro]] apresenta Aquiles e Pátroclo como exemplos de amantes divinamente aprovados. Fedro argumenta que Ésquilo errou ao afirmar que Aquiles era o ''erastes'' porque Aquiles era mais bonito e jovem do que Pátroclo (características dos ''eromenos'' ), bem como mais nobre e habilidoso em batalha (características dos ''erastes'' ). Em vez disso, Fedro sugere que Aquiles é o ''eromenos'' cuja reverência por seu ''erastes'', Pátroclo, era tão grande que ele estaria disposto a morrer para vingá-lo.
 
O contemporâneo de Platão, [[Xenofonte]], em seu próprio ''Simpósio'', fez Sócrates argumentar que Aquiles e Pátroclo eram apenas camaradas castos e devotados. Xenofonte cita outros exemplos de camaradas lendários, como [[Orestes]] e [[Pilades|Pílades]], que eram conhecidos por suas realizações conjuntas, em vez de qualquer relacionamento erótico.<ref>{{Citar livro|url=http://archive.org/details/greekhomosexuali00dove|título=Greek homosexuality|ultimo=Dover|primeiro=K. J. (Kenneth James)|data=1980|editora=New York : Vintage Books|outros=Internet Archive}}</ref> Notavelmente, no Simpósio de Xenofonte, o anfitrião Kallias e o jovem vencedor do [[pancrácio]] [[Autólico]] são chamados de ''erastes'' e ''eromenos''.
 
Outras evidências desse debate são encontradas em um discurso de um político ateniense, Ésquines, em seu julgamento em 345 AC. Ésquines, ao enfatizar a importância da ''pederastia'' para os gregos, argumenta que, embora Homero não o afirme explicitamente, as pessoas educadas deveriam ser capazes de ler nas entrelinhas: "Embora (Homero) fale em muitos lugares de Pátroclo e Aquiles, ele esconde o amor deles e evita dar um nome à amizade deles, pensando que a grandeza excessiva de sua afeição é manifesta para seus ouvintes como homens educados."  A maioria dos escritores antigos (entre os mais influentes [[Ésquilo]], [[Plutarco]], [[Teócrito]], [[Marcial]] e [[Luciano]]) seguiram o pensamento exposto por Ésquines.
 
Segundo William A. Percy III, há alguns estudiosos, como Bernard Sergent, que acreditam que na cultura jônica de Homero existia uma homossexualidade que não havia assumido a forma que viria a ser na pederastia.<ref>{{Citar periódico |url=https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/16338889/ |titulo=Reconsiderations about Greek homosexualities |data=2005 |acessodata=2021-08-26 |jornal=Journal of Homosexuality |número=3-4 |ultimo=Percy |primeiro=William Armstrong |paginas=13–61 |doi=10.1300/j082v49n03_02 |issn=0091-8369 |pmid=16338889}}</ref> No entanto, Sergent e outros argumentaram que sim, embora não se refletisse em Homero. Sergent afirma que as relações homem-menino ritualizadas foram amplamente difundidas pela Europa desde os tempos pré-históricos.
 
As tentativas de editar o texto de Homero foram empreendidas por [[Aristarco da Samotrácia]] em [[Alexandria]] por volta de 200 aC. Aristarco acreditava que Homero não pretendia que os dois fossem amantes. No entanto, ele concordou que a passagem "nós-dois sozinhos" implicava em uma relação de amor e argumentou que era uma interpolação posterior.
 
Quando [[Alexandre, o Grande]], e seu confidente [[Heféstio]] passaram pela cidade de [[Troia|Tróia]] em sua campanha na [[Ásia]], Alexandre honrou o túmulo sagrado de Aquiles e Pátroclo na frente de todo o exército, e isso foi considerado uma declaração clara de seu próprio relacionamento. A tumba conjunta e a ação de Alexandre demonstram o significado percebido da relação Aquiles-Pátroclo naquela época (por volta de 334 AC).
 
== Interpretações pós-clássicas e modernas ==
[[Ficheiro:Aquiles lamentando a morte de Pátroclo (1855) pelo realista russo Nikolay Ge.png|miniaturadaimagem|''[[Aquiles]] lamentando a Morte de [[Pátroclo]] (1855)'' pelo [[Realismo|realista]] e [[Simbolismo|simbolista]] russo [[Nikolai Ge]].]]
Os comentaristas do período clássico em diante interpretaram a relação pelas lentes de suas próprias culturas. Via de regra, a tradição pós-clássica mostra Aquiles como [[Heterossexualidade|heterossexual]] e tendo uma [[amizade]] [[Amor platônico|platônica]] exemplar com Pátroclo. Os escritores cristãos medievais suprimiram deliberadamente as nuances [[Homoerotismo|homoeróticas]] da figura.
 
David Halperin compara Aquiles e Pátroclo às tradições de [[Jônatas e Davi]], [[Gilgamesh]] e [[Enkidu]] , que são aproximadamente contemporâneas à composição da [[Ilíada]]. Ele argumenta que, embora um leitor moderno esteja inclinado a interpretar o retrato dessas intensas amizades entre os guerreiros do mesmo sexo como sendo fundamentalmente homoerótico, é importante considerar os temas maiores dessas relações:<blockquote>A insistência temática na mutualidade e na fusão de identidades individuais, embora possa invocar na mente dos leitores modernos as fórmulas do amor romântico heterossexual [...] de fato, situa as confissões de amor recíproco entre amigos homens em uma tradição honrosa e até glamorosa de heróico camaradagem: precisamente ao banir qualquer indício de subordinação de um amigo ao outro e, portanto, qualquer sugestão de hierarquia, a ênfase na fusão de duas almas em uma realmente afasta tal amor da paixão erótica.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20161220080123/http://www-bcf.usc.edu/~bitel/documents/Halperin.pdf |titulo=Wayback Machine |data=2016-12-20 |acessodata=2021-08-26 |website=web.archive.org}}</ref></blockquote>De acordo com Halperin, essas relações extra-institucionais foram necessariamente retratadas pelo uso da linguagem de outras relações amorosas institucionalizadas, como as de pai/filho e esposo/esposa. Isso pode explicar as conotações no Livro 19 da ''Ilíada,'' em que Aquiles lamenta Pátroclo (linhas 315-337) de uma maneira semelhante a usada anteriormente por [[Briseis]] (linhas 287-300).<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/4476069 |titulo=Achilles and Patroclus in Love |data=1978 |acessodata=2021-08-26 |jornal=Hermes |número=3 |ultimo=Clarke |primeiro=W. M. |paginas=381–396 |issn=0018-0777}}</ref>
 
== Shakespeare ==
A peça de William Shakespeare, ''[[Troilo e Créssida]],'' retrata [[Aquiles]] e [[Pátroclo]] como amantes aos olhos dos gregos.<ref>{{Citar web |url=https://www.oxfordscholarlyeditions.com/view/10.1093/actrade/9780198129035.book.1/actrade-9780198129035-work-1 |titulo=Troilus and Cressida |acessodata=2021-08-26 |website=Oxford Scholarly Editions Online |lingua=en |doi=10.1093/oseo/instance.00027413}}</ref> A decisão de Aquiles de passar seus dias em sua tenda com Pátroclo é vista por Ulisses e muitos outros gregos como o principal motivo de ansiedade em relação a Tróia.<ref>{{Citar web |url=https://www.oxfordscholarlyeditions.com/view/10.1093/actrade/9780198129035.book.1/actrade-9780198129035-work-1 |titulo=Troilus and Cressida |acessodata=2021-08-26 |website=Oxford Scholarly Editions Online |lingua=en |doi=10.1093/oseo/instance.00027413}}</ref>
 
== Ver também ==
 
* [[Homossexualidade na Grécia Antiga|Homossexualidade na Grécia antiga]]
 
* [[Heteros|Heteroi]]
* [[Homoerotismo]]
* [[Calcanhar de aquiles|Calcanhar de Aquiles]]
* [[Aquileano]]
* [[Nisus e Euryalus|Niso e Euríalo]]
* [[Sexualidade de William Shakespeare|Sexualidade de Shakespeare]]
{{Referências}}{{Portal3|Mitologia|Mitologia greco-romana}}
 
{{DEFAULTSORT:Aquiles E Patroclo}}