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'''Candace''' era um título atribuído a uma espécie de [[dinastia]] de rainhas guerreiras, [[mulheres guerreiras]] que detinham o poder do reino de [[Meroé]], ao sul do [[Egito]], pouco tempo antes da era cristã, formando uma sociedade [[matrilinear]]. Em [[Atos 8]], no [[Novo Testamento]] da [[Bíblia]], o título é citado quando [[Filipe, o Evangelista]], encontra um eunuco chefe dos tesouros de "Candace, rainha dos etíopes", cujo nome não foi mencionado no texto, mas, que provavelmente seja [[Amanitore]] que reinou entre 25 e 41 d.C. Importa esclarecer que, na Antiguidade, o termo Etiópia era utilizado para denominar a região onde se situavam os povos negros do continente africano, o que poderia se referir à [[Núbia]] ao sul do Egito e ao [[Sudão]].
 
==[[Candaces|Possíveis origens das Candaces]]==
Muitas sociedades guerreiras e supostamente patriarcais foram governadas por mulheres. Isso pode ter acontecido por diversos motivos, como a ausência dos dirigentes e a necessidade de deixar suas terras com pessoas em que confiavam, provavelmente um parente feminino próximo. A ascensão de dirigentes masculinos criou uma linha de sucessão matrilinear para que os familiares da mulher não interviessem no poder.<ref>SWEETMAN, David. Grandes Mulheres da História Africana. Lisboa: Nova Nórdica, 1984</ref> Após a saída do [[Egito]] da região da [[Núbia]], um estado sobreviveu e tornou-se mais "africano" adotando o nome [[Reino de Cuxe]], derivado do antigo nome nativo dado ao território. A cultura deste império se afasta das influências faraônicas, firmando-se em sua cultura genuinamente africana. Essa cultura, às vezes, afirma-se em si ou pode buscar a [[civilização]] egípcia e mediterrânea. No início a capital do Reino de Cuxe foi [[Napata]], no séc. VI a.C. foi transferida para [[Meroé]]. Não existe uma certeza absoluta em relação a extensão do reino.<ref>LECLANT, J. O Império de Cuxe: Napata e Meroé in: História geral da África II: África antiga. ed. por Gamal Mokhtar. – 2.ed. rev. Brasília : UNESCO, 2010. . 278.</ref>