Astorga (Espanha): diferenças entre revisões
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}} Os [[Invasão muçulmana da Península Ibérica|invasores muçulmanos]] usaram a Via da Prata para avançarem para o norte peninsular e atualmente ela faz parte das principais vias de comunicação que constituem a espinha dorsal do ocidente espanhol, entre [[Gijón]] e [[Sevilha]], através da {{ilc|nlk=x|N-630}}, da [[Autovía Ruta de la Plata]] e da {{ilc|nlk=x|Autopista Ruta de la Plata||AP-66 (Espanha)|AP-66}}. Várias instituições promovem este eixo como rota turística com o nome Rota da Prata,<ref name=rprata/> o que tem provocado celeumas, pois em rigor, historicamente essa rota só vai de Mérida a Astorga, e a ''Asociación de Pueblos de la Vía de la Plata'', presidida pelo município de Astorga, desde 2006 que promove ações de protesto contra a extensão artificial da Via.<ref name=abc20081010/><ref name=dial24/>
Em direção a leste, a [[estrada romana]] que ligava Asturica a Legio ([[Leão (Espanha)|Leão]]) e depois seguia para Caesaraugusta, foi usada pelo Caminho de Santiago e passou a ser a base da atual {{ilc|nlk=x|N-120|N-120 (Espanha)|N-120}}. Em direção a oeste, a estrada para Lucus Augusti e a [[Galécia]] também se converteria, séculos depois, numa parte do Caminho de Santiago que, saindo de Astorga, passa por {{ilc|nlk=x|Foncebadón||Porto de Foncebadón|Portela de Foncebadón|Passo de Foncebadón}}, [[Ponferrada]] e [[Villafranca del Bierzo]], entre outros lugares.{{sfn|Alonso González|2000|p=19}} Em volta destas rotas principais foram surgindo outros caminho, como os da ''arriería'' ou os das [[razia]]s, usados quer pelos muçulmanos [[Tárique]], [[Muça ibne Noçáir|Muça]] ou [[Almançor]], quer pelas tropas francesas durante a [[Guerra Peninsular]]. Todos esses caminhos tiveram sempre uma circulação que les deu vida e que contribuiu para o intercâmbio de gentes e culturas, assim como a introdução de diferentes estilos artísticos. Atualmente Astorga recolhe a história de alguma dessas vias de comunicação no [[Palácio Episcopal de Astorga|Museu dos Caminhos]].<ref name=musc/>
;Caminho de Santiago
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[[Imagem:Albergue de peregrinos de Astorga.jpg|thumb|upright|Albergue de peregrinos ''Servas de Maria'']]
Entre as diversas rotas de [[peregrinação]] a [[Santiago de Compostela]], a mais usada e a mais conhecida desde a Idade Média é o
Durante a Idade Média, a cidade tinha numerosos albergues ou hospitais para os peregrinos. Alguns, como o Hospital de São João Batista, no qual segundo a tradição passou alguns dias de convalescença [[Francisco de Assis|São Francisco]], deram origem a instituições modernas beneméritas de assistência social, mas a maioria foram desaparecendo ao longo dos séculos, deles não restando mais do a sua recordação e alguma descrição do imóvel e a sua história na documentação conservada. Até finais dos anos 1980, os peregrinos encontravam refúgio e hospedaria graças à [[congregação religiosa|congregação]] dos Irmão de Nossa Senhora de Lurdes,{{sfn|Valiña Sampedro|1985|p=116}} mas desde então que esses serviços são prestados pela Associação de Amigos do Caminho de Santiago de Astorga<ref name=amcam1/> e pelo albergue de São Xavier.<ref name=amcam2/> A Associação de Amigos, depois de ter oferecido a sua assistência em várias sedes, desde 2006<ref name=amcam1/> que mantém o albergue Servas de Maria, com capacidade para 162 peregrinos;<ref name=amcam3/> em 2007 recebeu da Junta da Junta da Galiza o prémio Elías Valiña, que reconhece o trabalho de promoção das [[Caminhos de Santiago|rotas jacobeias]].<ref name=amcam4/> O albergue de São Xavier foi aberto em 2003, tem capacidade para 95 peregrinos e é gerido pela Associação Cultural Via da Prata.<ref name=amcam2/>
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