Isabel da Baviera, Rainha de França: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 167:
Na ausência de um herdeiro oficial ao trono, Isabel acompanhou o rei Carlos na assinatura do Tratado de Troyes em maio de 1420; Gibbons escreveu que o tratado "apenas confirmou o status de fora da lei [do Delfim]".<ref name = "Gibbons70ff"/> A doença do rei o impediu de aparecer em sua assinatura, forçando sua esposa a substituí-lo, o que de acordo com Gibbons deu-lhe "responsabilidade perpétua por ter jurado distância da França".<ref name = "Gibbons70ff"/> Por muitos séculos foi acusada de abandonar a coroa por causa do documento que assinou.<ref name="Gibbons54ff"/> Sob os termos do Tratado, Carlos permaneceu como o rei da França, mas Henrique V, que se casou com a filha dos reis, [[Catarina de Valois]], manteve o controle dos territórios que conquistou na Normandia, e iria governar a França com o duque de Borgonha, e seria o sucessor do monarca francês.<ref name = Tuchman586ff>Tuchman (1978), 586–587</ref> Isabel deveria viver em uma Paris controlada pelos ingleses.<ref name= "Adams36"/>
 
Carlos VI morreu em outubro de 1422. Como Henrique V tinha morrido mais cedo naquele mesmo ano, seu filho recém-nascido com Catarina de Valois, [[Henrique VI de Inglaterra|Henrique&nbsp;VI]], foi proclamado rei da França, de acordo com os termos do Tratado de Troyes, com o [[João de Lencastre, Duque de Bedford|Duque de Bedford]] atuando como regente.<ref name = Tuchman586ff/> Novamente circularam rumores sobre Isabel; algumas crônicas descreveram-na em um "estado degradado".<ref name= "Adams36"/> De acordo com Tuchman, Isabel tinha uma casa construída em [[Saint-Ouen (Seine-Saint-Denis)|Saint-Ouen]] onde cuidava de gado, e em seus últimos anos, durante um surto de lucidez, Carlos prendeu um de seus amantes a quem torturou e, em seguida, o afogou no [[Sena|rio Sena]].<ref>Tuchman (1978), 516</ref> [[Desmond Seward]] escreveu que foi o Delfim deserdado que tinha matado o homem. Descrito como um ex-amante de Isabel, assim como um "envenenador e assassino da mulher", o rei Carlos o manteve como um dos favoritos em sua corte até encomendar seu afogamento.<ref>Seward (1978), 214</ref>
 
Rumores sobre a promiscuidade da rainha floresceram, o que Adams atribuiu à propaganda inglesa destinada a garantir a compreensão da Inglaterra no trono. Um panfleto alegórico, chamado ''Pastorelet'', foi publicado em meados da década de 1420 pintando-na junto de Luís de Orleães como amantes.<ref>Adams (2010), 40–44</ref> Durante o mesmo período a rainha contrastou com [[Joana d'Arc]], considerada virginalmente pura, no alegadamente dito popular "Mesmo que a França tenha sido perdida por uma mulher seria salva por uma mulher". Adams escreveu que Joana d'Arc foi atribuída com as palavras "França, depois de ter sido perdida por uma mulher, seria restaurada por uma virgem", mas nenhum provérbio pode ser comprovado por documentos contemporânea ou crônicas.<ref>Adams (2010), 47</ref>
Linha 274:
 
== Bibliografia ==
{{InícioRef|2|indentação=sim|45em}}
{{Div col|2}}
* Adams, Tracy. (2010). ''The Life and Afterlife of Isabeau of Bavaria''. Baltimore, MD: Johns Hopkins University Press. ISBN 978-0-8018-9625-5
* Allen, Prudence. (2006). ''The Concept of Woman: The Early Humanist Reformation, 1250–1500, Part 2''. Grand Rapids, MI: Eerdmans Publishing. ISBN 978-0-8028-3347-1