Ricardo Cardoso: diferenças entre revisões

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== Biografia ==
Nascido em Nova Lisboa, actual cidade de [[Huambo]], Angola, passou a sua infância entre [[Luanda]] e [[Viseu]], mudando-se durante a [[Guerra Colonial Portuguesa|guerra colonial]] para Lourenço Marques, actual [[Maputo]], em [[Moçambique]], e posteriormente para [[Lisboa]], Portugal, onde ingressou na [[Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa|Faculdade de Direito de Lisboa]]. Pelo lado paterno é oriundo de uma família de origem viseense com fortes convicções [[Republicanismo|republicanas]] e pelo materno de uma família aristocrata e proprietária de terras no Norte do país e nas antigas colónias, natural do [[Porto]] e de [[Aveiro]], tendo o seu bisavô e trisavô sido juízes no seu tempo.<ref>{{Citar web |ultimo=Gomes |primeiro=Mafalda |url=https://sol.sapo.pt/artigo/621552/ricardo-cardoso-nao-sou-um-juiz-pressionavel-nem-impressionavel |titulo=Ricardo Cardoso. ‘Não sou um juiz pressionável nem impressionável’ |data=6 de agosto de 2018 |acessodata= |website=Jornal SOL |lingua=pt}}</ref> EraÉ filho de António José de Figueiredo Cardoso (1928-2003), oficial do [[Exército Português]] que desempenhou vários cargos no [[Governo da República Portuguesa|Estado]], dos quais se destacam o cargo de Subsecretário do Planeamento e das Finanças no governo provisório e transitório de Moçambique e Director-Geral da Reforma Administrativa, entre outros.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=JXAaAQAAMAAJ&q=antonio+jos%C3%A9+figueiredo+cardoso+mo%C3%A7ambique&dq=antonio+jos%C3%A9+figueiredo+cardoso+mo%C3%A7ambique&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjJprvjh77zAhWq4YUKHepbApgQ6AF6BAgDEAI|título=Marchés tropicaux et méditerranéens|data=1974-05|lingua=fr}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=UTsMAQAAIAAJ&q=antonio+jos%C3%A9+figueiredo+cardoso+mo%C3%A7ambique&dq=antonio+jos%C3%A9+figueiredo+cardoso+mo%C3%A7ambique&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjJprvjh77zAhWq4YUKHepbApgQ6AF6BAgGEAI|título=Aqui Portugal Mozambique|data=1978|editora=Oliveira|lingua=pt-BR}}</ref> Desde criança, durante os eventos oficiais que a família frequentava, usava sempre um [[Gravata-borboleta|laço]] em vez de uma gravata, desenvolvendo desde essa altura o seu gosto pelo acessório de moda que ainda hoje usa e lhe valeu a alcunha de "''o juiz do laço''".
 
Magistrado desde [[1982]], presidiu ou assistiu no colectivo de juízes a julgamentos de casos muito mediatizados, como o processo dos GAL ([[Grupos Antiterroristas de Libertação]], de combate à [[Euskadi Ta Askatasuna|ETA]]), do homicídio de [[José Carvalho]] (militante do [[Partido Socialista Revolucionário (Portugal)|PSR]] assassinado por um grupo de [[skinheads]]),<ref>{{Citar web |url=https://www.dn.pt/dossiers/sociedade/extrema-direita/noticias/skinheads-30-anos-de-prisao-1007219.html |titulo=“Skinheads” 30 anos de prisão |data=22 de março de 1991 |acessodata= |website=Diário de Notícias |lingua=pt}}</ref> do ex-governador de [[Macau]] [[Carlos Melancia]] (acusado de corrupção, de que seria ilibado com o voto contra de Ricardo Cardoso),<ref>{{Citar web |ultimo=Lusa |url=https://macau20anos.lusa.pt/caso-melancia-breve-historial/ |titulo=Caso Melancia - Breve historial |data=25 de novembro de 1999 |acessodata= |website=Macau 20 Anos}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.pt/books?id=RyGyDwAAQBAJ&pg=PT33&dq=%22ricardo+cardoso%22+juiz&hl=pt-PT&sa=X&ved=2ahUKEwjqpp7Kkr7zAhXYSPEDHfDqCPQQ6AF6BAgHEAI|título=Corrupção: breve história de um crime que nunca existiu|ultimo=Dâmaso|primeiro=Eduardo|data=2019-09-27|editora=Penguin Random House Grupo Editorial Portugal|lingua=pt-PT}}</ref> do homicídio do director dos serviços prisionais [[Gaspar Castelo Branco]] (reivindicado pelas [[FP 25|FP-25]]),<ref>Viver e morrer em nome das FP-25, António José Vilela, Casa das Letras, Abril de 2005, pag 321 a 327.</ref><ref> Presos por um Fio, Portugal e as FP-25 de Abril, de Nuno Gonçalo Poças, Casa das Letras, 4-2021, ISBN: 9789896610333</ref><ref>O Terrorismo e as FP 25 anos depois, José Barra da Costa, Edições Colibri, Junho de 2004</ref><ref>{{Citar web |url=https://expresso.pt/sociedade/2021-04-19-Se-me-derem-um-tiro-quero-ver-como-reagirao-os-grandes-defensores-dos-direitos-humanos-Gaspar-Castelo-Branco-abatido-pelas-FP-25-651c9fff |titulo=“Se me derem um tiro quero ver como reagirão os grandes defensores dos direitos humanos”: Gaspar Castelo-Branco, abatido pelas FP-25 |data=19-04-2021 |acessodata=2021-10-09 |website=Jornal Expresso |lingua=pt-PT}}</ref> da associação criminosa e gestão danosa da [[Universidade Moderna]] (conhecido como [[Caso Moderna]])<ref>{{Citar web |url=https://www.publico.pt/2002/04/10/politica/noticia/comecou-julgamento-do-caso-moderna-126077 |titulo=Começou julgamento do caso Moderna |data=10 de abril de 2002 |acessodata= |website=Jornal Público |lingua=pt}}</ref> ou ainda o processo contra o ex-presidente do [[Sport Lisboa e Benfica|Benfica]], [[João Vale e Azevedo]],<ref>{{Citar web |ultimo=Reis |primeiro=Rodolfo Alexandre |url=https://jornaleconomico.sapo.pt/noticias/da-liberdade-de-30-segundos-as-fugas-para-londres-os-18-anos-loucos-de-vale-e-azevedo-358520 |titulo=Da liberdade de 30 segundos às fugas para Londres: os 18 anos 'loucos' de Vale e Azevedo |data=2018-09-26 |acessodata= |website=O Jornal Económico |lingua=pt-PT}}</ref> entre muitos outros. Notabilizou-se pelas decisões polémicas que tomou nestes casos, quase sempre confirmadas pelos tribunais superiores, bem como pela forma dura como dirigia as audiências e pelas explicações históricas e citações literárias que incluía nas suas sentenças.