Inquisição espanhola: diferenças entre revisões

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No ''strappado'' as mãos do condenado eram atadas nas costas, e depois a vítima era içada lentamente por meio de uma roldana, habitualmente presa ao teto. Era depois largada bruscamente, mas sem tocar no chão. Isso provocava o deslocamento dos braços do condenado. Caso o peso do corpo não fosse considerado suficiente, eram adicionados pesos nos pés. {{sfn|Innes|2016|p=71, 72}}{{sfn|Pérez|2002|p=134,135}}
 
Na tortura da água ou simulação de afogamento (conhecidoconhecida nos nossos dias como ''waterboarding)'' a vítima era amarrada em posiçaoposição quase horizontal, com a cabeça mais baixa do que os pés; sobre a sua boca e nariz era colocado um pano e derramadas grandes quantidades de água. {{sfn|Pérez|2002|p=134,135}}
 
Na tortura pelo fogo, com o prisioneiro estendido no chão, as plantas dos seus pés eram esfregadas com uma gordura e colocadas perto duma fogueira , até conseguir uma confissão.{{sfn|Innes|2016|p=71, 72}}
 
O potro ou cavalete consistia em atar o prisioneiro dum lado pelos pulsos e do outro pelos pés, "esticando-o" depois por um mecanismo de alavancas. Os braços e pernas deslocavam-se, e músculos, tendões, e orgãos internos eram forçados ao ponto de ruptura. Em pouco tempo, o interrogado poderia ser mutilado para a vida inteira ou mesmo morrer no aparelho.{{sfn|Pérez|2002|p=134,135}}<ref>{{citar livro|título=Medieval punishment and torture|ultimo=Currie|primeiro=Stephen|editora=ReferencePoint Press, Inc.|ano=2015|páginas=57, 58}}</ref>
 
A tortura era levada a cabo numa sala separada; pelo menos um inquisidor e um escriba deveriam estar presentes, e o que quer que o arguido dissesse durante a tortura era cuidadosamente anotado. As vítimas eram informadas de que qualquer ferimento que sofressem durante a tortura seriam de sua própria culpa. Uma confissão tinha de ser confirmada no dia seguinte; se assim não fosse, a vítima poderia ser torturada novamente.<ref>{{citar livro|título=The Spanish Inquisition 1478-1614 : An Anthology of Sources|ultimo=Homza|primeiro=Lu Ann (editora)|editora=Hackett Publishing Company, Inc.|ano=2006|página=XXV}}</ref>
 
Apesar da perda, pelos anos fora, de milhares de documentos, muitos dos meticulosos registos das sessões de tortura sobreviveram. São documentos extraordinários, secas exposições burocráticas, que anotam até os gritos dos supliciados, e que se estendem por páginas e páginas.{{sfn|Murphy|2012|p=89}}
 
Em 1481 o Governador de Sevilha ordenou a construção de uma plataforma permanente de pedra, de vastas proporções, conhecida como o ''Quemadero'' (lugar da queima ou queimador). Foi adornado com estátuas dos quatro Profetas. O seu arquiteto, judeu, foi uma das primeiras vítimas da Inquisição. O ''Quemadero'' foi destruído em 1809, quando os soldados de Napoleão o demoliram.<ref>{{citar livro|título=Torquemada and the Spanish Inqusition|ultimo=Sabatini|primeiro=Rafael|editora=STANLEY PAUL & CO. LTD.|ano=1925|páginas=127-128}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.jewishencyclopedia.com/articles/12459-quemadero-quemadero-de-tablada |titulo=QUEMADERO (QUEMADERO DE TABLADA) - JewishEncyclopedia.com |acessodata=2021-09-21 |website=www.jewishencyclopedia.com}}</ref>