Indisciplina da história: diferenças entre revisões

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==A história (in)disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico==
 
"A história (in)disciplinada: teoria, ensino e difusão do conhecimento histórico" é uma [[Antologia|coletânea]] organizada pelos [[Historiador|historiadores]] [[Arthur Lima de Avila]], [[Fernando Nicolazzi]] e [[Rodrigo Turin]] e publicada em 2019 pela editora Milfontes. A obra resultou de três encontros realizados pelo Laboratório de estudos sobre os usos políticos do passado (Luppa) da [[Universidade Federal do Rio Grande do Sul]], entre 2015 e 2018, chamados "Encontro de História (In)disciplinada". {{Sfn|Moreira|2020|p=2}} {{Sfn|Kosteczka|2020|p=333}} Nestes encontros, historiadores eram convidados a refletir criticamente sobre os fundamentos que definem a [[historiografia]] como uma disciplina, em contexto nacional e global. {{Sfn|Avila|Nicolazzi|Turin|2019|p=14}}. O objetivo da coletânea, encarada como um um debate ainda em aberto, foi abrir caminho à reflexão dos historiadores sobre suas próprias práticas, tanto no âmbito da historiografia quanto como agentes políticos na sociedade. {{Sfn|Avila|Nicolazzi|Turin|2019|p=17}} {{Sfn|Moreira|2020|p=7}}Dividida em oito capítulos, os principais temas que aborda são os questionamentos das regras da historiografia disciplinada, o pensamento sobre o lugar ocupado pelos historiadores na sociedade, o significado de indisciplina na história e a existência ou não de um estrutura sólida que sustenta as bases da historiografia. {{Sfn|Moreira|2020|p=2}} {{Sfn|Moreira|2020|p=3}}
 
A obra levanta questões fundamentais e urgentes para a historiografia contemporânea e está inserida no contexto de profusão dos debates acerca do [[negacionismo]] histórico, a [[Base Nacional Comum Curricular]] e a [[Reforma do ensino médio no Brasil em 2017|reforma curricular do Ensino Médio]] no Brasil. Por conta disso, pode ser relacionada aos debates feitos nos âmbitos da [[história pública]] e da [[história do tempo presente]]. {{Sfn|Moreira|2020|p=6}} {{Sfn|Moreira|2020|p=7}} Os oito capítulos foram escritos por, além dos três organizadores, Maria da Glória de Oliveira, Lidiane Soares Rodrigues, Rafael Faraco Benthien, Mara Cristina de Matos Rodrigues e Valdei Araujo. {{Sfn|Kosteczka|2020|p=333}} Os cinco primeiros capítulos estão ligados à ideia de um "passado prático", como foi elaborada pelo historiador [[Hayden White]], em oposição a um passado histórico, e vão na direção de buscar reanimar a historiografia politicamente. Já os três últimos capítulos fogem a este tema. abordando a escrita amadora da história no século XIX, identidade nacional [[Mexicanos|mexicana]] e [[eurocentrismo]] e a racionalidade [[Neoliberalismo|neoliberal]]. {{Sfn|Kosteczka|2020|p=336}}{{Sfn|Kosteczka|2020|p=337}}