Inquisição espanhola: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
→‎Julgamento e Sentenças: + dados, continua...
Linha 71:
Em 1481 o Governador de Sevilha ordenou a construção de uma plataforma permanente de pedra, de vastas proporções, conhecida como o ''Quemadero'' (lugar da queima ou queimador). Foi adornado com estátuas dos quatro Profetas. O seu arquiteto, judeu, foi uma das primeiras vítimas da Inquisição. O ''Quemadero'' foi destruído em 1809, quando os soldados de Napoleão o demoliram.<ref>{{citar livro|título=Torquemada and the Spanish Inqusition|ultimo=Sabatini|primeiro=Rafael|editora=STANLEY PAUL & CO. LTD.|ano=1925|páginas=127-128}}</ref><ref>{{Citar web |url=https://www.jewishencyclopedia.com/articles/12459-quemadero-quemadero-de-tablada |titulo=QUEMADERO (QUEMADERO DE TABLADA) - JewishEncyclopedia.com |acessodata=2021-09-21 |website=www.jewishencyclopedia.com}}</ref>
== Julgamento e Sentenças ==
Não havia de fato nenhum julgamento no sentido moderno do termo, mas sim um interrogatório bastante alargado; sendo o prisioneiro mantido na ignorância das razões da sua prisão - frequentemente durante meses ou até anos. Não existia uma acusação precisa, e portanto pouca possibilidade de fazer uma defesa plausível. O prisioneiro era simplesmente aconselhado "a procurar a sua consciência, confessar a verdade, e confiar na misericórdia do tribunal".{{sfn|Burman|1984|p=151}}
As sentenças finais eram proferidas perante um tribunal misto de religiosos, escriturários e advogados seculares, e consistiam geralmente em penitências que variavam bastante em grau de severidade. No caso de uma condenação por heresia a Inquisição simplesmente declarava a existência de um crime e depois entregava a vítima à justiça secular.{{sfn|Burman|1984|p=66}}
 
Por fim, contudo, o prisioneiro era informado das acusações e era-lhe dada uma versão editada do processo contra ele - omitindo, quaisquer detalhes que lhe permitissem adivinhar quem eram as testemunhas contra ele. Assim, a charada continuava. {{sfn|Burman|1984|p=151}}
 
Após os intermináveis interrogatórios, audiências e períodos de espera chegarem ao fim,a sentença poderia ser pronunciada. {{sfn|Burman|1984|p=151, 152}}
 
As sentenças finais eram proferidas perante um tribunal misto de religiosos, escriturários e advogados seculares, e consistiam geralmente em penitências que variavam bastante em grau de severidade. No caso de uma condenação por heresia a Inquisição simplesmente declarava a existência de um crime e depois entregava a vítima à justiça secular.{{sfn|Burman|1984|p=66}}
 
Nos [[Auto de fé|autos de fé]] eram anunciadas oficialmemte as penas, por ordem de severidade, primeiro as mais leves, depois as mais pesadas.
 
As punições variavam: da mais comum , que era a ''vergonha pública'' (obrigar o uso do ''sambenito'', uma roupa de penitente, usar máscaras de metal com formas de burro, usar mordaças) até ser queimado em praça pública, quando o "crime" era mais grave. A morte pelo [[Garrote vil|garrote]] ([[estrangulamento]]) era usada para os arrependidos. Essas punições eram executadas publicamente, após os chamados [[autos-de-fé]], que aconteciam uma vez por ano na maioria dos casos. {{Carece de fontes|data=Abril de 2020}}