Processo de Reorganização Nacional: diferenças entre revisões

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Iniciou-se com um [[golpe de Estado]] em [[24 de março]] de [[1976]] executado pelas [[Forças Armadas da Argentina]]. O golpe derrubou todas as autoridades constitucionais, nacionais e provinciais, incluindo a presidente María Estela Martínez, impondo em seu lugar uma [[junta militar]] composta pelos três comandantes das Forças Armadas, que expediu várias normas de hierarquia constitucional e nomeou um oficial militar com a soma dos poderes executivo e legislativo, da Nação e das províncias, que recebeu o título de "presidente", e cinco oficiais civis que ocuparam a [[Corte Suprema de Justiça da Nação Argentina|Corte Suprema]]. Com a consolidação da ditadura, os decretos do governo anterior de [[María Estela Martínez de Perón|Isabel Perón]] são modificados, eliminando qualquer referência à "neutralização": <blockquote>Aplique poder de combate com violência máxima para aniquilar criminosos subversivos onde eles estão. A ação militar é sempre violenta e sangrenta. O criminoso subversivo que empunha armas deve ser aniquilado sem aceitar a rendição.<ref>{{Citar web |url=https://web.archive.org/web/20131114095407/http://www.24demarzo.gov.ar/html1976.htm |titulo=24 de marzo 1976 - 2006 |data=2013-11-14 |acessodata=2020-10-14 |website=web.archive.org}}</ref></blockquote>Os objetivos declarados do Processo de Reorganização Nacional eram combater a [[corrupção]], a demagogia e introduzir a Argentina no "[[mundo ocidental]] e cristão".<ref>{{citar web |ultimo= |primeiro= |url=http://www.bnm.me.gov.ar/giga1/documentos/EL000162.pdf |título=Documentos básicos y bases políticas de las Fuerzas Armadas para el Proceso de Reorganización Nacional |data=[[1980]] |acessodata=6 de outubro de 2020 |publicado= |editor=Imprenta del Congreso de la Nación |local-publicacao=[[Buenos Aires]] |local= |editora=Archivo electrónico de la Biblioteca de Maestros}}</ref> O regime estabeleceu um novo modelo econômico-social seguindo as diretrizes ideológicas do [[neoliberalismo]],<ref>{{Citar web |url=https://www.pagina12.com.ar/diario/suplementos/cash/17-8454-2015-04-26.html |titulo=Página/12 :: cash |acessodata=2020-10-06 |website=www.pagina12.com.ar |lingua=es}}</ref> posteriormente seguido por uma [[Guerra Suja na Argentina|massiva violação de direitos humanos]], realizada pela [[Operação Condor]], um acordo militar para eliminar a oposição [[Esquerda comunista|esquerdista comunista]] e outras ideologias socialistas. A ditadura resultou em milhares de [[Desaparecidos durante a ditadura argentina|desaparecidos]], assassinatos, [[tortura]], sequestros e [[Exílio|exílios forçados]], que foram considerados judicialmente como [[genocídio]].<ref>{{Citar web |ultimo= |primeiro= |url=https://www.pagina12.com.ar/diario/elpais/1-73270-2006-09-20.html |titulo=Página/12 :: El país :: “Delitos cometidos en el marco del genocidio” |data=20 de setembro de 2006 |acessodata=2020-10-06 |website=www.pagina12.com.ar |publicado= |lingua=es}}</ref> <blockquote>Nunca antes na história argentina o Estado, como máquina, se colocou plenamente a serviço da violação sistemática de todas as normas, inclusive as suas, as ditadas por quem o ocupava, em aplicação de um plano que a Justiça definiu como Criminoso; Consiste em sequestrar pessoas, mantê-las em casas clandestinas, torturá-las e depois - dependendo do caso - libertá-las, entregá-las à justiça ou assassiná-las. Isso nunca havia acontecido antes na Argentina.<ref>{{citar web |ultimo=DiFilm |primeiro= |url=https://www.youtube.com/watch?v=Z2O-VQvJN7U |titulo=Jorge Lanata entrevista a Horacio Verbitsky en Dia D 1997 |data= |acessodata= |publicado=}}</ref></blockquote>A ditadura contou o apoio ou tolerância dos principais [[meios de comunicação]] privados e grupos econômicos, a [[Igreja Católica]] e a maioria dos países democráticos do mundo.
 
Em 10 de dezembro de 1983, enfraquecida com a derrota argentina na [[Guerra das Malvinas]] contra o [[Reino Unido]], terminou com a ascensão do governo democrático de [[Raúl Alfonsín]], em uma [[Eleição presidencial na Argentina em 1983|eleição presidencial livre]]. Nesse dia, que mais tarde seria oficialmente instituído como Dia da Restauração da Democracia, o presidente Raúl Alfonsín, as duas câmaras do [[Congresso da Argentina|Congresso]] Nacional , os governadores e legislaturas das 22 províncias então existentes e as autoridades assumiram suas funções democráticas. A Corte Suprema ditatorial havia se destituído dois dias antes, enquanto a nova Corte Suprema Argentina nomeado pelo presidente Alfonsín com a concordância do [[Senado da Argentina|Senado]], assumiu em 23 de dezembro.<ref>{{citar livro|título=La Corte Suprema: entre la justicia sin política y la política sin justicia|ultimo=|primeiro=|ano=[[1994]]|local=[[La Plata]]|páginas=74-75|isbn=950-536-067-3||apelido=Oteiza|nome=Eduardo|editora=Librería Editora Platense|local=|capítulo=(3.2) La integración de la C.S.J.N. decidida por el Gobierno Constitucional}}</ref>
 
==Ver também==