Síndrome das pernas inquietas: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m
m Azulamentos (e outras duas correções, destas vezes visuais)
 
Linha 21:
}}
<!-- Definição e sintomas -->
A '''síndrome das pernas inquietas''' ('''SPI''') é uma [[doença crónica]] que causa uma vontade irresistível de mover as pernas.<ref name=NIH2010What>{{citar web|título=What Is Restless Legs Syndrome?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/|website=NHLBI|acessodata=19 de agosto de 2016|data=1 de novembro de 2010|url-statusligação inativa=livesim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160821190844/http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/|arquivodata=21 de agosto de 2016}}</ref><ref name=NIH2019>{{citar web|título=Restless Legs Syndrome Information Page {{!}} National Institute of Neurological Disorders and Stroke |url=https://www.ninds.nih.gov/Disorders/All-Disorders/Restless-Legs-Syndrome-Information-Page |website=www.ninds.nih.gov |acessodata=7 de julho de 2019}}</ref> Os doentes geralmente referem uma sensação de desconforto não doloroso nas pernas, que melhora ligeiramente ao movê-las.<ref name=NIH2010What/> Esta sensação é muitas vezes descrita como "agonia nas pernas", "comichão nos ossos", "alfinetadas", "insetos caminhando pelas pernas" ou "pernas que querem dançar sozinhas".<ref name=NIH2010What/><ref name=CUF>{{Citar web |url=https://www.saudecuf.pt/mais-saude/doencas-a-z/sindrome-das-pernas-inquietas |título=Síndrome das Pernas Inquietas |publicado=Saúde CUF |acessodata=27 de novembro de 2019}}</ref> Em alguns casos afeta também os braços.<ref name=NIH2010What/> A sensação desagradável geralmente manifesta-se em repouso, o que causa perturbações de [[sono]].<ref name=NIH2010What/> Estas perturbações podem por sua vez causar sonolência diurna, falta de energia, irritabilidade e humor depressivo.<ref name=NIH2010What/> Em muitos casos, a pessoa apresenta também [[perturbação dos movimentos periódicos dos membros]].<ref name=NIH2010Sym>{{citar web|título=What Are the Signs and Symptoms of Restless Legs Syndrome?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/signs|website=NHLBI|acessodata=19 de agosto de 2016|data=1 de novembro de 2010|url-statusligação inativa=livesim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160827200314/http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/signs|arquivodata=27 de agosto de 2016}}</ref>
 
<!-- Causa e diagnóstico -->
Entre os [[fatores de risco]] para a síndrome das pernas inquietas estão a [[deficiência de ferro]], [[insuficiência renal]], [[doença de Parkinson]], [[diabetes]], [[artrite reumatoide]] e uma [[gravidez]].<ref name=NIH2010What/><ref name=AFP2013/> A doença pode também ser espoletada por uma série de medicamentos, entre os quais [[antidepressivo]]s, [[antipsicótico]]s, [[anti-histamínico]]s e [[bloqueadores dos canais de cálcio]].<ref name=NIH2010Ca>{{citar web|título=What Causes Restless Legs Syndrome?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/causes|website=NHLBI|acessodata=19 de agosto de 2016|data=1 de novembro de 2010|url-statusligação inativa=livesim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160820044249/http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/causes|arquivodata=20 de agosto de 2016}}</ref> Existem dois principais tipos de SPI: primário e secundário.<ref name=NIH2010What/> O tipo primário tem início antes dos 45 anos, é hereditário e agrava-se ao longo do tempo.<ref name=NIH2010What/> O tipo secundário tem início após os 45 anos, é de início súbito, mas não se agrava.<ref name=NIH2010What/> O diagnóstico geralmente baseia-se nos sintomas após excluir outras potenciais causas.<ref name=NIH2010Diag>{{citar web|título=How Is Restless Legs Syndrome Diagnosed?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/diagnosis|website=NHLBI|acessodata=19 de agosto de 2016|data=1 de novembro de 2010|url-statusligação inativa=livesim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160827211135/http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/diagnosis|arquivodata=27 de agosto de 2016}}</ref>
 
<!-- Tratamento e epidemiologia -->
Nos casos em que existe uma causa subjacente, o seu tratamento pode fazer com que a síndrome se resolva por si própria.<ref name=NIH2010Tx>{{citar web|título=How Is Restless Legs Syndrome Treated?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/treatment|website=NHLBI|acessodata=19 de agosto de 2016|data=1 de novembro de 2010|url-statusligação inativa=livesim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160827200302/http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/treatment|arquivodata=27 de agosto de 2016}}</ref> Nos restantes casos, o tratamento consiste em modificações no estilo de vida e medicação.<ref name=NIH2010What/> Entre as modificações no estilo de vida que podem ajudar estão deixar de consumir álcool, deixar de fumar e medidas de [[higiene do sono]].<ref name=NIH2010Tx/> Entre os medicamentos usados estão a [[levodopa]] ou [[Agonista de dopamina|agonistas de dopamina]] como o [[pramipexol]].<ref name=AFP2013/> Estima-se que nos Estados Unidos a SPI afete entre 2,5 e 15% da população.<ref name=AFP2013>{{citar periódico|último =Ramar|primeiro =K|autor2 =Olson, EJ |título=Management of common sleep disorders.|periódico=American Family Physician|data=15 de agosto de 2013|volume=88|número=4|páginas=231–8|pmid=23944726}}</ref> A doença é mais comum entre mulheres e torna-se mais comum à medida que a idade avança.<ref name=NIH2010Age>{{citar web|título=Who Is at Risk for Restless Legs Syndrome?|url=http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/atrisk|website=NHLBI|acessodata=19 de agosto de 2016|data=1 de novembro de 2010|url-statusligação inativa=livesim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160826015603/http://www.nhlbi.nih.gov/health/health-topics/topics/rls/atrisk|arquivodata=26 de agosto de 2016}}</ref><ref name=NINDS2019Fact/>
 
==Causas==
===Mecanismo da doença===
A maioria da pesquisa sobre o mecanismo da doença da síndrome das pernas inquietas centrou-se sobre a influenciainfluência da dopamina e do ferro.<ref>[3]^ Allen, R (2004). "Dopamine and iron in the pathophysiology of restless legs syndrome (RLS)". Sleep Medicine 5 (4): 385–91. doi:10.1016/j.sleep.2004.01.012. PMID 15222997.</ref><ref>[4]^ Clemens, S.; Rye, D; Hochman, S (2006). "Restless legs syndrome: Revisiting the dopamine hypothesis from the spinal cord perspective". Neurology 67 (1): 125–130. doi:10.1212/01.wnl.0000223316.53428.c9. PMID 16832090.</ref> Estas hipóteses são baseadas na observação de que o ferro e o levodopa, um pro-fármaco da dopamina que possa cruzar a barreira hematoencefálicaehematoencefálica e seja metabolizado no cérebro em dopamina (assim como outros neurotransmissores de mono-amine da classe da catecolamina) podem ser usados para tratar RLS, levodopa que é uma medicina para tratar condições hipodopaminergicas (baixo dopamine) como Parkinson's, e igualmente em resultados da imagem latente de cérebro funcional (tal como a tomografia por emissão de positrões e a ressonância magnética), das séries de autópsia e das experiências com animais.<ref>[5]^ Earley, C; Bbarker, P; Horska, A; Allen, R (2006). "MRI-determined regional brain iron concentrations in early- and late-onset restless legs syndrome". Sleep Medicine 7 (5): 458–61. doi:10.1016/j.sleep.2005.11.009. PMID 16740411.</ref> As diferenças nos marcadores do dopamine- e os ferro-relacionados foram demonstradas igualmente no líquido cerebrospinal dos indivíduos com a sindrome.<ref>[6]^ Allen, Richard P.; Connor, James R.; Hyland, Keith; Earley, Christopher J. (2009). "Abnormally increased CSF 3-Ortho-methyldopa (3-OMD) in untreated restless legs syndrome (RLS) patients indicates more severe disease and possibly abnormally increased dopamine synthesis". Sleep Medicine 10 (1): 123–128. doi:10.1016/j.sleep.2007.11.012. PMC 2655320. PMID 18226951.</ref> Uma conexão entre estes dois sistemas é demonstrada encontrar de baixos níveis do ferro na substancia negra de pacientes com a sindrome, embora outras áreas possam igualmente ser involvidas.<ref>(7)^ Godau, Jana; Klose, Uwe; Di Santo, Adriana; Schweitzer, Katherine; Berg, Daniela (2008). "Multiregional brain iron deficiency in restless legs syndrome". Movement Disorders 23 (8): 1184–1187. doi:10.1002/mds.22070. PMID 18442125.</ref>
 
===Desordens subjacentes===