Usuário:Awikimate/Rascunho7: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 54:
Nesse contexto, entre 1978 e 1987 esses grupos somaram-se aos setores linha-dura forças armadas brasileiras e deram continuidade à campanha de ataques a bomba que vinha sendo levada a cabo pelo país.{{Sfn|Silva|2020}}{{Sfn|Costa|1991|p=28}} Os ataques desse período, contudo, seriam mais numerosos e virulentos: buscando intimidar a imprensa que criticava a ditadura e lideranças que se opunham a ela, apenas entre 1979 e 1981 ao menos quarenta explosões contra bancas de jornal foram realizadas por militares,{{Sfn|Dantas|2014}} enquanto ataques a bombas também atingiram instituições como a [[Ordem dos Advogados do Brasil]] (OAB), a [[Associação Brasileira de Imprensa|Associação Brasileira de Imprensa]] (ABI) e a Casa do Jornalista, bem como livrarias e universidades e as sedes de jornais como [[O Estado de S. Paulo]], [[Hora do Povo]], Em Tempo (Belo Horizonte) e [[O Pasquim]].{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=3-4}}{{Sfn|Nascimento|2014|p=21-22}} O show em comemoração do Dia do Trabalhador, que testemunharia o Atentado do Riocentro, já fora alvo indireto de uma bomba no ano anterior, em 26 de abril 1980, que foi detonada em uma loja que vendia ingressos para o evento, em Madureira, no Rio de Janeiro.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=4, 11}}
 
== O espetáculo no''Primeiro Riocentrode Maio'' ==
 
Localizado em Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro, o [[Riocentro]] era o maior centro de eventos da América Latina e, em 30 de abril de 1981, sediaria ao concerto ''Primeiro de Maio'',{{Sfn|Laque|2010|p=587}} uma celebração do [[Dia do Trabalhador]] que era organizada anualmente pelo Centro Brasil Democrático (Cebrade), uma organização cultural presidida por [[Oscar Niemeyer]] e com ligações com o [[Partido Comunista Brasileiro]] (PCB).{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=3}}
 
Nesse ano o evento contava com roteiro e coordenação de [[Chico Buarque|Chico Buarque de Hollanda]] e fazia uma homenagem especial a [[Luiz Gonzaga]]. O público esperado era de 30 mil pagantes, mas de fato ele viria a reunir cerca de 20 mil pessoas, em sua maioria jovens, que compareceram para assistir às apresentações de artistas renomados da música popular brasileira, dentre os quais o próprio Luiz Gonzaga, seu filho [[Gonzaguinha]], [[Alceu Valença|Alceu Valença]], [[Clara Nunes]], [[Djavan]], [[Ivan Lins]], [[Gal Costa]], [[Fagner]], [[João Bosco (músico)|João Bosco]], [[Ney Matogrosso]], [[Paulinho da Viola]], [[Simone]] e [[Beth Carvalho]].{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=3}} No momento das explosões, em torno das 21h20m, cantava [[Elba Ramalho]].{{Sfn|Laque|2010|p=587}}
 
== Preparativos ==
== Os preparativos do ataque ==
Uma série de eventos nos dias que antecederam o eventoespetáculo ''Primeiro de 1981Maio'' indicam que o atentado a bomba no Riocentro foi premeditado e objeto de intenso planejamento por parte de setores do [[Exército Brasileiro]] e da [[Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro|Polícia Militar do Rio de Janeiro]].{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=9}} Mais tarde, nos anos 1999 e 2000, isso foi confirmado em depoimentos, inclusive da parte do coronel Romeu Antonio Ferreira (codinome “doutor Fábio”), que trabalhara no DOI do [[I Exército]] entre 1975 a 1981, chegandoe chegou ao segundo posto na hierarquia do órgão, que confirmou ter recebido, em 1980, uma proposta da parte de outros militares para executar um atentado no show do Riocentro.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=11-12}}
 
As anteriores edições do concerto do Dia do Trabalhador do Cebrade contaram com policiamento realizado pela Polícia Militar, que, além do mais, sempre fazia o policiamento nos eventos do Riocentro, especialmente em eventos como o daquela noite, com um público esperado de até 30 mil pessoas.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=10}} Ademais, em 1980 o mesmo show havia sido alvo indireto de um ataque a bomba, que explodiu em uma loja que vendia ingressosseus parabilhetes ode eventoingresso.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=4, 11}} AssimComo esperado, portanto, em 14 de abril de 1981 os organizadores do concerto solicitaram ao Comandante do 18º Batalhão de Policia Militar o policiamento interno e externo do Riocentro durante o evento.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=9}}
 
Contudo, dois dias antes do evento, o comandante do 18º Batalhão, coronel Sebastião Hélio Faria de Paula, foi exonerado de seu posto e substituído pelo tenente-coronel Ile Marlen Lobo Pereira Nunes. Contrariando a tradição da PM, que habitualmente realiza atos solenes durante o hasteamento da bandeira, pela manhã, a cerimônia de passagem do comando foi agendada para as 15h do dia 30 de abril, poucas horas antes do início do show e às vésperas de um feriado.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=9}}
 
Paralelamente, pela manhã do dia 30 de abril, o comandante da PM do Rio de Janeiro, coronel Newton Albuquerque Cerqueira, transferiu seu comando para o chefe de seu estado-maior, o tenente-coronel Fernando Antônio Pott, alegando a necessidade de uma viagem a Brasília.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=9}} Na tarde desse dia, poucas horas antes da explosão, o coronel Cerqueira telefonou ao tenente-coronel Pott ordenando-lhe que suspendesse todas as atividades de policiamento durante o concerto que em breve se realizariainiciaria no Riocentro,{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=9}} e que mantivesse de prontidão, no quartel, uma tropa de sessenta homens, que poderiam ser acionados em caso de emergência.{{Sfn|Kushnir|2009}}{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=10}}
 
Ao mesmo tempo, ações foram promovidas para garantir que a segurança no Riocentro seria parca em relação ao habitual. Algumas semanas antes do evento, o chefe de segurança do Riocentro, coronel Dickson Grael, fora demitido sem maiores explicações e substituído pelo tenente Cezar Wachulec, que, apesar apesar das dificuldades, foi capaz montar uma operação de última hora para a segurança para odo show.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=10}} Contudo, no dia do evento o tenente Wachulec foi removido da chefia de segurança e recebeu uma ordem de supervisionar exclusivamente o movimento das bilheterias, de acordo com uma decisão da assessora da presidência do Riocentro, Maria Ângela Campobianco.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=10}} A coordenação geral dos seguranças foi transferida para outro funcionário, um mecânico de profissão, sem qualquer experiência com a segurança de eventos, e, quando do início do espetáculo, às 21h, apenas cinco dos 28 portões do Riocentro estavam abertos; os outros haviam sido trancados a fim de impedir a saída rápida dos espectadores em caso de emergência.{{Sfn|Kushnir|2009}}
 
AsPoucas investigaçõeshoras na sequênciaantes do atentado também revelaram queconcerto, um grupo de quinze indivíduos armados se havia reunidoreuniu em um restaurante às margens da estrada [[Grajaú-Jacarepaguá]], a fim de acertar os últimos detalhes do plano. O grupo, que examinava e discutia planos em torno de um mapa, chamou a atenção dos funcionários do restaurante, que, confundindo-os com potencias assaltantes de banco, telefonaram para a polícia. Uma viatura que se encontrava nas redondezas chegou a comparecer ao local, mas, dada a superioridade numérica do grupo, limitou-se a anotar as chapas de matrícula de cinco automóveis utilizados pelo ele, dentre as quais a do veículo que seria usado no atentado daquela noite e acabaria parcialmente destruído, um [[Puma GTE]] marrom metálico com a placa de identificação OT-0297.{{Sfn|Kushnir|2009}}
 
Minutos antes do concerto, diversas placas de sinalização indicando o caminho do Riocentro, e [[Painel publicitário|painéis publicitários]] localizados no próprio terreno do centro de convenções, foram [[Pichação|pichados]] com a sigla VPR, em referência à [[Vanguarda Popular Revolucionária]], um grupo de extrema-esquerda que fôrafora ativo entre 1966 e 1973.{{Sfn|Kushnir|2009}} Relatos posteriores confirmariam que essas pichações foram organizadas pelo [[Polícia Civil do Brasil|policial civil]] Mario Viana, codinome Mineiro, que naquele dia estivera recrutando pessoas com essa finalidade nas imediações do Riocentro.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=9}}
 
Na sequênciadurante o concerto, o vigia encarregado do estacionamento reservado aos ônibus, no Riocentro, testemunhou dois carros atravessarem o canteiro e se dirigirem para o local onde minutos depois o Puma explodiria.{{Sfn|Kushnir|2009}} Segundo o relato de diversas pessoas que observaram o veículo em chamas apósnos aminutos que se seguiram à explosão, incluindo o detetive Humberto Guimarães, o “Cauby”, que estava de serviço no Departamento de Polícia Política e Social (DPPS) e chegou ao local minutosrapidamente após a explosão, bem como o delegado Petrônio Romano Henrique, da 16ª Delegacia de Polícia, dentro do carro haviam ao menos duas bombas além daqueladaquelas que explodiuefetivamente explodiram naquela antecipadamentenoite.{{Sfn|Comissão Nacional da Verdade|2014|p=10-11}}
 
== OAs atentadoexplosões ==
No estacionamento reservado aos artistas edo organizadoresRiocentro, o veículo Puma levava dois ocupantes, o capitão Wilson Machado, proprietário do carro, e o sargento Guilherme Pereira do Rosário.{{Sfn|Laque|2010|p=587}} Ambos integravam o [[DOI-CODI|Destacamento de Operações de Informação do Centro de Operações de Defesa Interna]] (DOI-CODI)Codi do [[Comando Militar do Leste|I Exército]], no Rio de Janeiro, e pertenciam ao aparelho de repressão progressivamente desativadoque, desde 1975, queprogressivamente vinha praticandosendo atentados terroristas contra personalidades políticas, bancas de jornais e sedes de publicações que julgavam esquerdistasdesativado.{{Sfn|Gaspari|1999}} O sargento Rosário, usando a identificação de "agente Wagner", era treinado em montagem de [[explosivo]]s, ao passo que Machado atuava como chefe do patrulhamento da segurança do presidente Figueiredo, quando este se encontrava no Rio.{{Sfn|Gaspari|1999}}
 
Por volta das 21h15min, quando Elba Ramalho começava a cantar "Banquete de Signos", o Puma, com as janelas parcialmente fechadas, pôs-se a trafegar em baixa velocidade e, repentinamente, sofreu uma explosão interna que lhe inflou o teto e fez com que suas portas laterais fossem expelidas. O sargento Rosário morreu imediatamente, enquanto o capitão Machado foi capaz de retirar-se dos destroços, embora gravemente ferido e segurando com as mãos as próprias [[vísceras]] expostas. Cambaleando, ele andou cerca de duzentos metros e sentou-se em uma escadaria se acesso ao espaço do show, gemendo por socorro.{{Sfn|Laque|2010|p=587}} Minutos depois uma segunda explosão atingiria a cabine de eletricidade que alimentava o Riocentro, levando à interrupção do concerto ''Primeiro de Maio''.{{Sfn|Laque|2010|p=587}}
 
Nos minutos que se sucederam à explosão do Puma, muitas pessoas se aglomeraram em volta do carro. Embora a equipe de perícia que se dirigiu ao local tenha fotografado duas [[granada]]s do tipo cilíndrico usado pelo Exército Brasileiro no interior do Puma semi-destruído, testemunhas, inclusive o tenente Wachulec, viram um homem retira-las do interior do Puma.{{Sfn|Laque|2010|p=587}}
 
Muitas pessoas se aglomeraram em volta do carro. Alguns dos espectadores, inclusive o tenente Wachulec, viram um homem retirar do interior duas [[granada]]s do tipo cilíndrico usado pelo Exército Brasileiro. O capitão Machado, que ziguezagueou por uns 200 metros gemendo, sentou-se numa escada que dava acesso para a plateia e foi socorrido 25 minutos depois pela neta do futuro presidente [[Tancredo Neves]], [[Andrea Neves]], que chegava atrasada para o espetáculo,<ref name="vandre">{{citar web|url=https://books.google.com.br/books?id=8_ewCgAAQBAJ&pg=PT209&lpg=PT209&dq=%22Pessoas+contra+a+democracia+jogaram+bombas+l%C3%A1+fora+para+nos+amedrontar%22.&source=bl&ots=OjaycXEgCC&sig=u0QDbR667VeSe0cMs9K17JSWg3o&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjvxpWtmYzVAhUDHJAKHUOoBaEQ6AEIMTAC#v=onepage&q=%22Pessoas%20contra%20a%20democracia%20jogaram%20bombas%20l%C3%A1%20fora%20para%20nos%20amedrontar%22.&f=false|título=Vandré - O homem que disse não|último =dos Santos|primeiro =Jorge Fernando|acessodata=15 de julho de 2017}}</ref> sendo levado para o [[Hospital Miguel Couto]] onde pediu que avisassem do acidente o capitão Francisco de Paula Sousa Pinto. Este, ao chegar ao hospital, identificou o ferido como [[capitão]] do Exército. Trinta minutos depois da primeira explosão, uma segunda bomba explode na casa de força, jogada por cima do muro, mas sem maiores consequências nem corte de luz. Minutos depois, um [[Chevrolet Opala]] branco estacionado num pátio reservado deixou o local, com seu ocupante gritando para um guarda: “Vocês ainda não viram nada! O pior vai acontecer lá dentro!”<ref name="cpdoc">{{citar web |url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/riocentro-atentado-do |título=Atentado do Riocentro |acessodata=15 de julho de 2017 |publicado=CPDOC/Fundação Getúlio Vargas}}</ref>
 
 
A explosão no carro não chamou a atenção do público que assistia ao espetáculo dentro do pavilhão. A segunda explosão, na caixa de força da estação elétrica, pode ser ouvida dentro dele como um ruído abafado, mas nada que provocasse inquietação. Os artistas só eram avisados à medida que deixavam o palco e de forma discreta. A plateia só foi informada perto do final do espetáculo, quando o compositor e cantor [[Gonzaguinha]] subiu ao palco e disse: "Pessoas contra a democracia jogaram bombas lá fora para nos amedrontar".<ref name="vandre"/>
Muitas pessoas se aglomeraram em volta do carro. Alguns dos espectadores, inclusive o tenente Wachulec, viram um homem retirar do interior duas [[granada]]s do tipo cilíndrico usado pelo Exército Brasileiro. O capitão Machado, que ziguezagueou por uns 200 metros gemendo, sentou-se numa escada que dava acesso para a plateia e foi socorrido 25 minutos depois pela neta do futuro presidente [[Tancredo Neves]], [[Andrea Neves]], que chegava atrasada para o espetáculo,<ref name="vandre">{{citar web|url=https://books.google.com.br/books?id=8_ewCgAAQBAJ&pg=PT209&lpg=PT209&dq=%22Pessoas+contra+a+democracia+jogaram+bombas+l%C3%A1+fora+para+nos+amedrontar%22.&source=bl&ots=OjaycXEgCC&sig=u0QDbR667VeSe0cMs9K17JSWg3o&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjvxpWtmYzVAhUDHJAKHUOoBaEQ6AEIMTAC#v=onepage&q=%22Pessoas%20contra%20a%20democracia%20jogaram%20bombas%20l%C3%A1%20fora%20para%20nos%20amedrontar%22.&f=false|título=Vandré - O homem que disse não|último =dos Santos|primeiro =Jorge Fernando|acessodata=15 de julho de 2017}}</ref> sendo levado para o [[Hospital Miguel Couto]] onde pediu que avisassem do acidente o capitão Francisco de Paula Sousa Pinto. Este, ao chegar ao hospital, identificou o ferido como [[capitão]] do Exército. Trinta minutos depois da primeira explosão, uma segunda bomba explode na casa de força, jogada por cima do muro, mas sem maiores consequências nem corte de luz. Minutos depois, um [[Chevrolet Opala]] branco estacionado num pátio reservado deixou o local, com seu ocupante gritando para um guarda: “Vocês ainda não viram nada! O pior vai acontecer lá dentro!”<ref name="cpdoc">{{citar web |url=http://www.fgv.br/cpdoc/acervo/dicionarios/verbete-tematico/riocentro-atentado-do |título=Atentado do Riocentro |acessodata=15 de julho de 2017 |publicado=CPDOC/Fundação Getúlio Vargas}}</ref>
 
A explosão no carro não chamou a atenção do público que assistia ao espetáculo dentro do pavilhão. A segunda explosão, na caixa de força da estação elétrica, pode ser ouvida dentro dele como um ruído abafado, mas nada que provocasse inquietação. Os artistas só eram avisados à medida que deixavam o palco e de forma discreta. A plateia só foi informada perto do final do espetáculo, quando o compositor e cantor [[Gonzaguinha]] subiu ao palco e disse: "Pessoas contra a democracia jogaram bombas lá fora para nos amedrontar".<ref name="vandre">{{citar web|último=dos Santos|primeiro=Jorge Fernando|url=https://books.google.com.br/books?id=8_ewCgAAQBAJ&pg=PT209&lpg=PT209&dq=%22Pessoas+contra+a+democracia+jogaram+bombas+l%C3%A1+fora+para+nos+amedrontar%22.&source=bl&ots=OjaycXEgCC&sig=u0QDbR667VeSe0cMs9K17JSWg3o&hl=pt-BR&sa=X&ved=0ahUKEwjvxpWtmYzVAhUDHJAKHUOoBaEQ6AEIMTAC#v=onepage&q=%22Pessoas%20contra%20a%20democracia%20jogaram%20bombas%20l%C3%A1%20fora%20para%20nos%20amedrontar%22.&f=false|título=Vandré - O homem que disse não|acessodata=15 de julho de 2017}}</ref>
 
Com a chegada a perícia, mais dois artefatos explosivos são fotografados dentro do Puma,<ref name="laque">{{citar livro|url=https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Atentado_do_Riocentro&action=edit&section=3|título=Pedro e os Lobos|último=Laque|primeiro=João Roberto|publicado=Ava Editorial|ano=2010|página=638|isbn=978-85-91053-70-4}}</ref>{{rp|587}} confirmando que o plano incluiria uma série de explosões além daquelas efetivamente detonadas.{{Sfn|Reis|2010|p=230}} Pouco depois, um dos seguranças do Riocentro aproxima-se dos destroços do carro onde estão dois homens que se identificam como capitães do exército. Com a chegada da polícia, o local em volta é isolado. As redações de jornais começam a receber informações sobre o atentado e algumas delas recebem ligações anônimas informando que um tal "Comando Delta" havia agido no Riocentro para “acabar com manifestações subversivas”.<ref name="cpdoc"/>