Usuário:Awikimate/Rascunho7: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 41:
Pressionado pela mobilização da sociedade e na esteira do esgotamento do [[Milagre econômico brasileiro|milagre econômico]] do governo que o antecedera,{{Sfn|Koonings|2010|p=25}} desde 1974 o general [[Ernesto Geisel]], o quarto militar a ocupar o posto de [[Presidência da República|presidente da República]] desde o [[Golpe de 1964]], vinha pondo em prática medidas graduais visando a reabertura política do país, mas não sem enfrentar a intensa oposição de setores [[linha-dura]] das [[Forças Armadas do Brasil]].{{Sfn|Costa|1991|p=26}}{{Sfn|Reis|2010|p=221-222}}
 
Embora a política de Geisel incluísse a manutenção da repressão à oposição, como forma de acalmar a linha-dura,{{Sfn|Resende|2011|p=5}}{{Sfn|Resende|2014|p=38}}{{Sfn|Nascimento|2014|p=18-19}} os membros desta recusavam-se a aceitar as medidas progressistas do governo e desejavam garantir sua supremacia durante as eleições indiretas que seriam realizadas em 1978.{{Sfn|Reis|2010|p=222}} Com essa finalidade, esses militares passaram a arquitetar atentados terroristas com vistas a enfraquecer os setores dominantes das Forças Armadas, que eles viam como brandos e ineficazes, talvez mesmo de "inclinações esquerdistas",{{nota de rodapé|Segundo um dos cabeças da linha-dura do exército, o general [[Sylvio Frota]], os militares podiam ser divididos em três grupos "de tendências e aspirações diferentes": a linha-dura, que seria fiel à ideologia do Golpe de 1964, os setores que controlavam o governo ("de inclinações liberais centro-esquerdistas") e o setor nacionalista, "de fortes tinturas socialistas".{{Sfn|Santos|2009|p=140}}}} e também com a finalidade intensificar o sentimento anti-comunista da população de tal forma que sua proposta linha-dura viesse a ser vista como necessária ao país.{{Sfn|Nascimento|2014|p=20}}{{Sfn|Reis|2010|p=222}}
 
Não que se tratasse de uma estratégia nova, visto que já entre 1967 e 1968 militares liderados por [[Aladino Félix]] e o general Paulo Trajano da Silva haviam realizado uma longa campanha de assaltos à mão armada e ataques a bomba com o objetivo de levar a um endurecimento da ditadura que assolava o país.{{Sfn|Quadros|2018}}{{Sfn|Phillips|2018}}{{Sfn|Faria|2019|p=219-220}} Pioneiros do [[terrorismo de Estado]] no Brasil, esses ataques foram anteriores ao surgimento do [[terrorismo de esquerda]] do final dos anos 1960 mas, devido a manobras dos militares, acabaram creditados a grupos de esquerda e tiveram papel significativo na promulgação do [[Ato Institucional n.º 5|AI-5]], de 13 de dezembro de 1968.{{Sfn|Quadros|2018}}{{Sfn|Phillips|2018}}{{Sfn|Faria|2019|p=215}}
Linha 291:
* [[Caso Para-Sar]]
* [[Terrorismo no Brasil]]
{{notas|col=3}}{{referências|col=4}}
 
{{referências|col=4}}
 
== Bibliografia ==