Brânquia: diferenças entre revisões

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<ref></ref>{{mais fontes|ciência=sim|data=junho de 2009}}
[[Ficheiro:Tuna Gills cut out.jpg|direita|thumb|250px|Guelras de um atum]]
Nos [[peixe]]s e outros [[animalia|animais]] aquáticos, as '''brânquias''' ou '''guelras''' (termo vernáculo) são os [[órgão (anatomia)|órgãos]] da [[respiração]], ou seja, é nelas que ocorrem as trocas gasosas entre o [[sangue]] ou [[linfa]] dos seus portadores e a água.<ref>[http://www.dicio.com.br/branquia/ “Brânquia” no dicionário online de português] acessado aem 15 de julho de 2009</ref>
 
Muitos animais aquáticos absorvem o [[oxigénio]] necessário ao seu [[metabolismo]] através da sua superfície de contacto com a água (principalmente os [[protozoário]]s), mas a maioria dos seres mais complexos adquiriram, através do processo [[evolução|evolutivo]] estes órgãos que apresentam uma superfície mais adequada de contacto com o [[meio ambiente]].
 
As brânquias são geralmente finas placas ou excrescências de [[tecido (histologia)|tecido]] [[muco]]so altamente irrigadas por [[vaso sanguíneo|vasos sanguíneos]] ou o seu equivalente para os animais sem este tipo de [[sistema circulatório]], através de cujas paredes são realizadas as trocas gasosas. As guelras estão sempre localizadas no corpo do animal de modo a terem o máximo contacto com a água e, ao mesmo tempo, estarem protegidas.<ref>[http://www.biotemas.ufsc.br/volumes/pdf/volume221/pdf87a92.pdf Lima, Fernanda Blauth de, Maria del Carmen Braccini, Alcira Ofélia Díaz, Clóvis Pinheiro Junior e Antônio Carlos Galarça Guimarães “Morfologia das brânquias de Steindachnerina brevipinna (Eigenmann & Eigenmann, 1889) (Characiformes, Curimatidae)” Biotemas, 22 (1): 87-92, março de 2009 (Revista do Centro de Ciências Biologicas da Universidade Federal de Santa Catarina)] acessado aem 15 de julho de 2009</ref>
 
Os [[insetos]] aquáticos - normalmente as suas [[larva]]s - as ''[[traqueia (artrópode)|traqueias branquiais]]'' são tubos onde circula ar e é através das suas paredes que se realizam as trocas gasosas; os gases (oxigénio e [[dióxido de carbono]]) são depois transferidos para a linfa. Por exemplo, na larva da ''libélula'' as paredes da extremidade do [[recto]] contêm numerosas traqueias, que funcionam como ''brânquia rectal'' - a água é bombeada para dentro e para fora do [[tubo digestivo]], fornecendo assim oxigénio ao animal.
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Pensa-se que as fendas branquiais dos peixes são os [[ancestral|ancestrais]] evolutivos das [[tuba auditiva|tubas auditivas]] dos [[mamífero]]s.
 
A presença das guelras – a sua grande superfície semipermeável – causa problemas à necessidade de [[osmorregulação]] dos animais aquáticos. A [[água do mar]] é mais "salgada", ou seja, tem mais sais dissolvidos que os fluidos internos dos animais {{carece de fontes|data=Junho de 2012}} e, de acordo com as leis da [[osmose]], há sempre a tendência do fluido menos "concentrado" passar o solvente para o outro, quando em presença duma [[membrana]] semipermeável. Por essa razão, os peixes perdem uma grande quantidade de água através das guelras e, para compensar, têm de beber grandes quantidades de água. O excesso de sal ingerido é excretado pelo [[sistema urinário]]. Nos animais que vivem em [[água doce]], o problema é inverso: eles tendem a absorver um excesso de água através das guelras, mas excretam-na através dos rins.<ref>https://www.uol.com.br/tilt/ultimas-noticias/redacao/2016/02/03/clique-ciencia-os-peixes-bebem-agua.htm acessado em 07 de janeiro de 2022</ref>
{{Referências}}