Imigração alemã nos Estados Unidos: diferenças entre revisões

Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Linha 56:
A maioria desses colonos era da região do [[Palatinado]] e ficaram marcados pelo seu pacifismo e desconfiança do governo. Os palatinos vieram de uma província cujos ancestrais haviam sofrido severas e repetidas destruições pelo exército durante a [[Guerra dos Trinta Anos]]. Eles também eram refugiados de perseguições religiosas autocráticas. A liberdade religiosa então existente na Pensilvânia - rara até para os padrões americanos da época - atraía alemães religiosos de seitas religiosas pacíficas. Esses alemães tinham pouco interesse por assuntos de governo e política. Essas comunidades alemães viviam em auto-isolamento. Elas ficaram isoladas do resto da sociedade americana e internamente separadas conforme as diversas denominações religiosas. A [[língua inglesa]] e a cultura dos colonos britânicos tiveram pouca influência nessas áreas de povoamento alemão. Os colonos importavam livros da Alemanha e publicavam jornais e faziam cultos religiosos em alemão. Com o tempo, o idioma inglês paulatinamente penetrou nessas comunidades, frequentemente seguindo a estrutura gramatica alemã, dando origem a um dialeto peculiar conhecido como [[alemão da Pensilvânia]], o qual é falado até hoje. A mais isolada dessas comunidades alemãs era, e ainda é, a dos [[amish]] que, ainda hoje, vivem em comunidades rurais com um estilo de vida ainda bastante parecido ao do [[século XVIII]]. Contudo, com o passar das décadas, a maioria dos colonos alemães espalharam-se geograficamente, aprenderam a falar inglês e absorveram e contribuíram com a cultura americana. <ref name=ethnicamerica/>
 
No final do século XVIII, as fazendas dos alemães espraiavam-se desde o Vale Mohawk, no norte de Nova Iorque até [[Savannah]], na [[Geórgia (Estados Unidos)|Geórgia]]. À medida que os alemães espalhavam-se pelos [[Apalaches]], eles frequentemente viram-se em contato com as comunidades ''Scotch-Irish''. Os irlandeses chegaram antes, e foram os responsáveis por abrir caminho na mata selvagem, caçando, pescando, abrindo os caminhos e lutando contra os índios. Posteriormente, começaram a chegar os alemães e outros colonos. Os alemães e os irlandeses eram muito diferentes em temperamento e comportamento, e geralmente mantiveram-se bastante separados uns dos outros. Os alemães eram geralmente bastante religiosos, [[luterano]]s e [[calvinista]]s ou seguidos de outras seitas protestantes estritas e eram conhecidos por serem pacíficos, amigáveis e por terem mantido relações cordiais com os índios. Por sua vez, os irlandeses eram [[presbiteriano]]s, menos religiosos e estavam constantemente envolvidos em confusões entre eles mesmos e com os índios. Mesmo após um século vivendo nas mesmas regiões dos Apalaches, casamentos entre alemães e irlandeses eram raros.<ref name=ethnicamerica/>
 
No final do período colonial, havia cerca de 300.000 alemães e descendentes nos Estados Unidos, cerca de 10% da população americana. Os fazendeiros alemães estabeleceram uma reputação de serem os fazendeiros mais trabalhadores e cuidadosos dos Estados Unidos. As fazendas dos alemães eram conhecidas por sua abundância e limpeza, e os próprios alemães por sua [[produtividade]] e vida simples. Um observador contemporâneo notou que os colonos alemães viviam "muito melhor" que os restantes dos americanos.<ref name=ethnicamerica/>