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[[Imagem:Lettre-de-marque2.png|thumb|direita|250px|Patente de corso francesa dada ao capitão Antoine Bollo.]]
 
A '''carta de corso''' (do [[latim]] ''cursus'', «corrida»), ou '''carta de marca''', era um documento emitido pelo [[governo]] de um [[país]] pelo qual seu dono era autorizado a atacar [[navio]]s ([[pirata]]s) e povoados ([[base]]s)de outras nações. Eram por isso chamados "corsários", verdadeiros piratas a serviço de [[nação|nações]]algum governo, estimulados no século XVI principalmente pela Inglaterra para saquear os Galeões espanhóis que traziam as riquezas do Novo Mundo. Ou seja, piratas pilhadores da riqueza alheia a serviço governamental, tal qual Francis Drake, pirata condecorado como Sir Drake pela rainha da Inglaterra Elizabeth I, após uma viagem pirata bem sucedida na costa do pacífico sul americano. Segundo a historiadora Janice Theodoro da Silva, "o investimento que Inglaterra fazia em pirataria tinha retorno certo"[[inimigo|inimigas]https://super.abril.com.br/historia/no-tempo-dos-corsarios-e-piratas/]. Desta forma convertendo o proprietário da carta em membro da [[marinha]] daquele país, conforme a chamada "Lei do Mar" (Tratado Internacional da época, quando se criou esse instrumento jurídico internacional).<ref>{{citar web |url=http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL882461-5602,00-PIRATAS+JA+FORAM+FUNCIONARIOS+DE+REIS+EM+ACOES+NOS+MARES.html |título=Piratas já foram 'funcionários' de reis em ações nos mares |acessodata=08/11/2012 |autor= |coautores= |data= |ano= |mes= |formato= |obra= |publicado= |páginas= |língua= |citação= }}</ref> Porém, era uma marinha de corsários, piratas, bucaneiros, ladrões auotizados pelos governos e por eles premiados e condecorados por cada roubo bem-sucedido das riquezas de outras nações, o que levou a grandes conflitos na guerra entre Espanha e Inglaterra em 1588, guerra que durou 20 anos - 1585-1604.
 
Foi desta forma ([https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/ameacas-vindas-do-mar-a-pirataria-na-capitania-de-pernambuco-do-seculo-xvi-ao-xviii.htm pirataria] e pilhagem) que a Inglaterra conseguiu aos poucos o seu espaço nas conquistas ultramarinas. Cada vez mais vinha desferindo uma série de impedimentos à empresa marítima luso-espanhola no Ocidente. Para intensificar ainda mais as disputas pelo controle dos mares, as atividades empreendidas e estimuladas pela rainha Elizabeth I, desde a viagem de Sir John Hawkins no ano de 1562, a Lancaster 1594 foram fundamentais para ampliar e projetar o poder naval na Era dos Descobrimentos. Mesmo sob protestos da Espanha de que a Inglaterra estava incentivando a pirataria, e de fato, esse era o objetivo: desestruturar o Império ultramarino de Felipe II através da concessão de cartas de corso. Além disso, em agosto de 1588, a Invencível Armada, uma das grandes armas da coroa espanhola, foi vencida pelos ingleses sofrendo uma devastadora derrota na batalha de Gravelines no canal da Mancha.[https://monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/ameacas-vindas-do-mar-a-pirataria-na-capitania-de-pernambuco-do-seculo-xvi-ao-xviii.htm]
 
A cartas de corso foram muito utilizadas na [[Idade Média]] e na [[Idade Moderna]], quando os países não tinham condições de manter marinhas próprias, ou suficientemente grandes. Foram utilizadas por todas as grandes nações marítimas,{{Carece de fontes|data=abril de 2017}} principalmente pela [[França]] e a [[Inglaterra]], também pela [[Espanha]], mas em menor grau e mais tardiamente.
 
O texto da carta normalmente autorizava o seu agente a ultrapassar a fronteira (''marco'' do país), e ali buscar, tomar ou destruir barcos e frotas inimigas,de queoutros erampaíses, ose famososroubar piratastodas queas infestavamriquezas oscomo maresouro, prata e prejudicavampedras preciosas. Era a [[navegação]]pirataria institucionalizada no século XVI.
 
AsApós longos anos de pilhagem e da Inglaterra se enriquecer através dos crimes dos piratas, recebidos como heróis pela coroa inglesa, as cartas de corso foram abolidas pela ''Declaração de Paris'' de [[1856]], em um anexo ao tratado que encerrou a [[Guerra da Crimeia]]. Os [[Estados Unidos]], entretanto, foram um dos países que não ratificaram esta declaração.
 
== Benefícios da carta de corso ==