Ecletismo: diferenças entre revisões

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'''Ecletismo''' ou '''Ecleticismo''' é um [[método científico]] ou [[filosofia|filosófico]]<ref>{{Citar web|ultimo=Infopédia|url=https: //www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/ecletismo|titulo=ecletismo in{{!}} Dicionário infopédiaInfopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2018. [consult. 2018|acessodata=2022-06-24 20:50:55]22|website=infopedia.pt Disponível- naPorto Internet: https://www.infopedia.Editora|lingua=pt/dicionarios/lingua-portuguesa/ecletismo}}</ref> que busca a conciliação de [[teoria]]s distintas. Na [[política]] e nas [[arte]]s, ''ecletismo'' pode ser, simplesmente, a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem o apego a uma determinada [[marca]], [[estilo de vida|estilo]] ou [[preconceito]].
 
Pode ser considerado, também, uma reunião de elementos [[doutrina|doutrinários]] de origens diversas que não chegam a se articular em uma unidade [[Sistema|sistemática]] consistente.
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== Arquitetura ==
{{Artigo principal|Arquitetura eclética}}
O ecletismo é uma [[Tipologia (arquitetura)|tipologia]] de arquitetura desenvolvida durante a segunda metade do [[século XIX]]. Em termos internacionais, assiste-se atualmente a uma certa separação entre o [[romantismo]] e o ecletismo. Este, apesar de ser [[Arquitetura historicista|historicista]], já não é uma verdadeira viragem para o passado, tentando copiar ou interpretar modelos históricos, mas uma tentativa de ultrapassar a estagnação sentida pelos arquitectos em relação aos [[revivalismo]]s. É a arquitetura ensinada nas escolas de [[Belas artes|belas-artes]], recebendo, em certos países, a denominação ''[[Beaux-Arts|beaux-arts]]'', de certo modo perdida na convicção de que o [[Estilo arquitetónico|estilo]] é mais importante que a [[técnica]]. O resultado foi uma tentativa de inovar modelos definidos anteriormente através da mistura de vários estilos.
Os arquitetos, dispersos em noções de arte e artista ultrapassados, mas agarrados a concepções vindas do [[Renascimento]], executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração e relegando a questão técnica para os [[Engenharia|engenheiros]]. Estes, preocupando-se essencialmente em superar os desafios técnicos impostos pelas necessidades surgidas com a [[industrialização]], dão origem ao capítulo mais original da arquitetura do século XIX – a chamada [[Arquitetura do ferro em Portugal|arquitetura do ferro]]. Na época, era vista como técnica pura aplicada a obras de engenharia. Assim, na tentativa de agradar ao gosto comum, executavam obras em [[ferro]] respeitando os historicismos e, frequentemente, encaixados em construções ecléticas como as [[Estação ferroviária|estações de caminho-de-ferro]], revelando uma adaptabilidade completamente nova na história da arquitectura.
 
Quando se fala de ecletismo, é, ainda, fundamental, fazer referência ao fato de se ter assumido como um estilo típico das grandes fortunas [[Burguesia|burguesas]]. O século XIX marca, finalmente, o triunfo da burguesia sobre a [[nobreza]], devido às grandes fortunas surgidas ao longo do século e, frequentemente, como consequência do seu espírito empreendedor na indústria, [[banco]] e comércio. O ecletismo torna-se o estilo artístico preferido desta burguesia triunfante, ostentando a prosperidade económica na arquitectura. A utilização de um luxo desmedido, recorrendo à escultura, pintura e artes decorativas até à exaustão, levou a que frequentemente fosse designada como "Arquitetura Bolo de Noiva" e elegendo o [[Palácio Garnier]] da [[Ópera Nacional de Paris]] como a sua realização máxima.
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* [[Arquitectura do Ferro em Portugal]]
 
{{referências}}5
[[Categoria:Conceitos filosóficos]]
[[Categoria:Filosofia da ciência]]