Carma: diferenças entre revisões
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
m |
m traduzindo nome/parâmetro, ajustando datas nas citações, outros ajustes usando script |
||
Linha 1:
{{Ver desambig|outros significados de Karma|Karma (desambiguação)}}
[[Imagem:EndlessKnot03d.png|miniaturadaimagem|O [[nó sem fim]] simboliza a [[Originação dependente|interdependência dos darmas em cossurgimento]], incluindo o [[Samsara|ciclo de renascimento]], segundo os princípios de "Método e Sabedoria", ou Compaixão (''[[Karuṇā]]'') e Sabedoria (''[[Prajna]]'').<ref>{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/tibetjournal.41.2.29 |titulo=Significance of ‘Eight Traditional Tibetan Buddhist Auspicious Symbols /Emblems’ (bkra shis rtags brgyad) in day to day Rite and Rituals |data=2016 |acessodata=2022-07-16 |jornal=The Tibet Journal |número=2 |ultimo=Namgyal |primeiro=Tseten |paginas=29–51 |issn=0970-5368}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=-kxmEAAAQBAJ&pg=PA363&lpg=PA363&dq=%22Endless+knot%22|título=Bridging Times and Spaces: Papers in Ancient Near Eastern, Mediterranean and Armenian Studies: Honouring Gregory E. Areshian on the occasion of his sixty-fifth birthday|ultimo=Yakar|primeiro=Jak|data=2017-10-31|editora=Archaeopress Publishing Ltd|editor-sobrenome=Avetisyan, Pavel S.; Grekyan, Yervand H|lingua=en|capitulo=Probable Reasons for the Occurrence of Comparable Abstract and Figurative Designs in the Art Invetories of Different Ancient Cultures since Prehistory}}</ref>]]
'''Karma'''<ref>{{Citar web|url=https://dicionario.priberam.org/karma|titulo=Consulte o significado / definição de karma no Dicionário Priberam da Língua Portuguesa, o dicionário online de português contemporâneo.|acessodata=2018-12-31|obra=dicionario.priberam.org|ultimo=S.A|primeiro=Priberam Informática|lingua=pt-br}}</ref> ou '''carma''' (do [[sânscrito]] कर्म, [[Transliteração|transl]] ''karma''; {{Lang-pi|''kamma''}}) significa em sânscrito uma ação, obra ou feito, e seu efeito ou consequências.<ref>Ver:
Encyclopædia Britannica, 11th Edition, Volume 15, New York, pp 679–680, Artigo sobre "Karma"; '''Citação:''' "Karma meaning deed or action; in addition, it also has philosophical and technical meaning, denoting a person's deeds as determining his future lot."
Linha 44:
e toda ação que fizer, tal ele ceifará.
</poem>|autor=[[Brihadaranyaka Upanishad]], século VII a.C.<ref>[https://web.archive.org/web/20130413042723/http://berkleycenter.georgetown.edu/resources/quotes/brihadaranyaka-upanishad-4-4-5-6 Brihadaranyaka Upanishad 4.4.5–6] Berkley Center for Religion Peace & World Affairs, Georgetown University (2012)</ref><ref name=jbbu>The words "deed", "acts" above are rendered from karma; see [https://archive.today/20140107061016/https://mywebspace.wisc.edu/jrblack/web/SKT/DL/upanishads.html Brihadaranyaka] James Black, Original Sanskrit & Muller Oxford English Translations, University of Wisconsin, United States (2011)</ref>}}A teoria do carma como causação sustenta que: (1) as ações executadas por um indivíduo afetam o indivíduo e a vida que ele vive, e (2) as intenções de um indivíduo afetam o indivíduo e a vida que ele vive. Ações desinteressadas, ou ações não intencionais, não têm o mesmo efeito cármico positivo ou negativo, como ações interessadas e intencionais. No budismo, por exemplo, ações que são realizadas, ou surgem, ou se originam sem qualquer má intenção como cobiça, são consideradas não existentes em impacto cármico ou neutras em influência para o indivíduo.<ref>Anguttara-Nikaya 3.4.33, Translator: Henry Warren (1962), Buddhism in Translations, Atheneum Publications, New York, pp 216–217</ref>
Outra característica de causalidade, compartilhada pelas teorias cármicas, é que ''ações semelhantes'' levam a ''efeitos semelhantes''. Assim, o bom carma produz um bom efeito no ator, enquanto o mau carma produz um mau efeito. Esse efeito pode ser material, moral ou emocional—ou seja, o carma de uma pessoa afeta tanto a felicidade quanto a infelicidade.<ref name="brucer" /> O efeito do carma não precisa ser imediato; o efeito do carma pode ser mais tarde na vida atual e, em algumas escolas, se estende a vidas futuras.<ref>Ver:
James McDermott, Karma and Rebirth in Early Buddhism, in Editor: Wendy D. O'Flaherty (1980), Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions, University of California Press, <nowiki>ISBN 978-0-520-03923-0</nowiki>, pp 165–192
Linha 86:
Nos [[Filosofia hindu|sistemas filosóficos hindus]], o carma é individual, não é transferível e nem diluído em grupo.<ref>Potter, Karl H. (1980). [[iarchive:bub_gb_4WZTj3M71y0C/page/n285/|«The Karma Theory and Its Interpretation in Some Indian Philosophical Systems»]]. In: O'Flaherty, Wendy Doniger. ''Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions'' (em inglês). Berkeley; Los Angeles; Londres: University of California Press. Citado também em Scharf, Peter M. (2008). «Karma». In: Cush, Denise; Robison, Catherine; York, Michael. ''[https://books.google.com.br/books?id=kzPgCgAAQBAJ&pg=PA412 The Encyclopedia of Hinduism]''. Abindgon: Routledge. p. 412.</ref> Porém, na escola [[Vaisheshika]], considera-se que ações cármicas geram forças invisíveis (''[[adṛṣṭa]]'') de mérito e demérito (darma e adarma), que podem influir com efeitos sobre ocorrências físicas tal como em "carma grupal", como um comentarista chega a afirmar: "eventos como terremotos são indicadores do bem e do mal ... para os habitantes da terra".<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=atQPEAAAQBAJ&pg=PA115&lpg=PA115&dq=%22such+events+as+earthquakes+are+indicators+of+good+and+evil%22|título=Asian Religious Responses to Darwinism: Evolutionary Theories in Middle Eastern, South Asian, and East Asian Cultural Contexts|ultimo=Brown|primeiro=C. Mackenzie|data=2020-12-17|editora=Springer Nature|editor-sobrenome=Brown, C. Mackenzie|lingua=en|capitulo=Karmic Versus Organic Evolution: The Hindu Encounter with Modern Evolutionary Science}}</ref><ref>Halfbass, Wilhelm (1980). [[iarchive:bub_gb_4WZTj3M71y0C/page/n307/|«Karma, ''Apūrva'' and "Natural Causes"»]]. In: O'Flaherty, Wendy Doniger. ''Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions'' (em inglês). Berkeley; Los Angeles; Londres: University of California Press.</ref>
No budismo, resultados cármicos são sempre dependentes do envolvimento volitivo de cada indivíduo. É possível considerar um "carma de grupo" caso os participantes sejam complícitos na volição, como em um exemplo de [[Vasubandhu]], de que quando um exército mata, todos os soldados são tão carmicamente envolvidos quanto quem ordena a matança, caso todos compartilhem a intenção; assim também, segundo [[Peter Harvey]], pode haver consequências da teoria em outros contextos, como por exemplo de alguém que apoia más decisões passadas de uma nação e que essa volição gerará resultados.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com.br/books?id=-mZRDwAAQBAJ&pg=PA17|título=The Oxford Handbook of Buddhist Ethics|ultimo=Harvey|primeiro=Peter|data=2018-03-08|editora=Oxford University Press|editor-sobrenome=Cozort, Daniel; Shields, James Mark|lingua=en|capitulo=Karma}}</ref>
No [[Modernismo budista|budismo modernista]] e [[Budismo tibetano|tibetano]] há ocorrências de conceito de carma coletivo, mas não se nega responsabilidade individual.<ref name=":1">{{Citar periódico |url=https://www.jstor.org/stable/3269557 |titulo=Is There Group Karma in Theravāda Buddhism? |data=1976 |acessodata=2022-07-15 |jornal=Numen |número=1 |ultimo=Dermott |primeiro=James P. Mc |paginas=67–80 |doi=10.2307/3269557 |issn=0029-5973}}</ref><ref name=":0" /> Existem referências recentes a tipos distintos de "carma de grupo": "carma de transbordamento", "carma de família" e "carma nacional"―não, porém, sem críticas dentro do próprio budismo por outros expoentes. Há noção de "carma de transbordamento" em passagens antigas do [[budismo teravada]] que sugerem que os efeitos vão além do individual na interdependência das ações cármicas, bem como existe associação contemporânea de que as ações de piedosos ou de um governante, como nos conceitos de [[realeza budista]], trazem resultados coletivos, como o aumento de mérito de uma nação ou a expiação comunal dos delitos. Porém, segundo James P. McDermott, não havia um conceito sistemático de carma grupal no budismo inicial.<ref name=":1" /><ref name=":0" />
Linha 96:
== Desenvolvimento inicial ==
[[Imagem:Tema_Nezahat_Gokyigit_Park_1060584_nymphaea.jpg|miniaturadaimagem|240x240px|O [[lótus]] pode representar simbolicamente o carma em muitas tradições asiáticas. Uma flor de lótus desabrochando é uma das poucas flores que simultaneamente carrega sementes dentro de si enquanto floresce. A semente é vista simbolicamente como causa; a flor, o efeito. Lótus também é considerado como uma recordação de que se pode crescer, compartilhar bom carma e permanecer imaculado mesmo em circunstâncias lamacentas.<ref>Maria I. Macioti, The Buddha Within Ourselves: Blossoms of the Lotus Sutra, Translator: Richard Maurice Capozzi, {{ISBN|978-0-7618-2189-2}}, pp 69–70</ref>]]
A palavra [[Sânscrito védico|sânscrita védica]] {{IAST|[[:wikt:कर्मन्#Sanskrit|kárman-]]}} ([[Caso nominativo|nominativo]] ''{{IAST|kárma}}'') significa 'obra' ou 'ação',<ref name="krishan">{{Citar periódico |titulo=The Vedic Origins of the Doctrine of Karma |número=1 |ultimo=Krishan |primeiro=Y. |ano=1988 |paginas=51–55 |doi=10.1080/02666030.1988.9628366 |volume=4 |
{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=_Bi6FWX1NOgC|título=The Doctrine of Karma: Its Origin and Development in Brāhmaṇical, Buddhist, and Jaina Traditions|ultimo=Yuvraj Krishan|editora=Bharatiya Vidya Bhavan|ano=1997|páginas=4, 12, 17–19, for context see 1–27|isbn=978-81-208-1233-8}}</ref> frequentemente usada no contexto dos rituais [[
A primeira discussão clara da doutrina do carma está nas ''[[Upanixades]]''.<ref name="jbowker" /><ref name="krishan2">{{Citar periódico |titulo=The Vedic Origins of the Doctrine of Karma |número=1 |ultimo=Krishan |primeiro=Y. |ano=1988 |paginas=51–55 |doi=10.1080/02666030.1988.9628366 |volume=4 |
{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=_Bi6FWX1NOgC|título=The Doctrine of Karma: Its Origin and Development in Brāhmaṇical, Buddhist, and Jaina Traditions|ultimo=Yuvraj Krishan|editora=Bharatiya Vidya Bhavan|ano=1997|páginas=4, 12, 17–19, for context see 1–27|isbn=978-81-208-1233-8}}</ref> Por exemplo, causalidade e eticização são declaradas na ''[[Brihadaranyaka Upanishad|Bṛhadāraṇyaka Upaniṣad]]'' 3.2.13:{{Sfn|Mark Juergensmeyer|Wade Clark Roof|2011|p=653}}<blockquote>"Verdadeiramente, a pessoa se torna boa por meio de boas ''ações'', e má por meio de más ''ações''."</blockquote>Alguns autores<ref>Ver:
Linha 110:
Bimala Law (1952, Reprint 2005), The Buddhist Conception of Spirits, <nowiki>ISBN 81-206-1933-1</nowiki>, Asian Educational Services; in particular, ver capítulo II
Y. Krishan, The doctrine of Karma and Śraddhas, Annals of the Bhandarkar Oriental Research Institute, Vol. 66, No. 1/4 (1985), pp. 97–115</ref> afirmam que o ''[[samsara]]'' (transmigração) e a doutrina do carma podem ser não-védicos, e que as ideias podem ter se desenvolvido nas tradições "[[
Muitos debates filosóficos em torno do conceito são compartilhados pelas tradições hindu, jainista e budista, e os primeiros desenvolvimentos em cada tradição incorporaram diferentes ideias novas.<ref name="wendydonigerpxii">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C|título=Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions|ultimo=Wendy Doniger|editora=University of California Press|ano=1980|páginas=xii–xxiii|isbn=978-0-520-03923-0}}</ref> Por exemplo, os budistas permitiam a transferência de carma de uma pessoa para outra e ritos sraddha, mas tiveram dificuldade em defender a racionalidade.<ref name="wendydonigerpxii" /><ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C|título=Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions|ultimo=James McDermott|editora=University of California Press|ano=1980|editor-sobrenome=Wendy Doniger|páginas=[https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C/page/n188 165]–192|isbn=978-0-520-03923-0}}</ref> Em contraste, as escolas hindus e o jainismo não permitiriam a possibilidade de transferência de carma.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C|título=Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions|ultimo=Padmanabh Jaini|editora=University of California Press|ano=1980|editor-sobrenome=Wendy Doniger|páginas=[https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C/page/n240 217]–239|isbn=978-0-520-03923-0}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C|título=Karma and Rebirth in Classical Indian Traditions|ultimo=Ludo Rocher|editora=University of California Press|ano=1980|editor-sobrenome=Wendy Doniger|páginas=[https://archive.org/details/bub_gb_4WZTj3M71y0C/page/n86 61]–89|isbn=978-0-520-03923-0}}</ref>
Linha 187:
No [[siquismo]], todos os seres vivos são descritos como estando sob a influência das três qualidades de [[maiá]]. Sempre presentes juntas em diferentes misturas e graus, essas três qualidades de maiá ligam a alma ao corpo e ao plano terrestre. Acima dessas três qualidades está o tempo eterno. Devido à influência de três modos da natureza de maiá, os [[Jiva]]s (seres individuais) realizam atividades sob o controle e alcance do tempo eterno. Essas atividades são chamadas de carma, em que o princípio subjacente é que o carma é a lei que traz de volta os resultados das ações para a pessoa que as executa.{{Carece de fontes|data=julho de 2022}}
Esta vida é comparada a um campo no qual nosso carma é a semente. Colhe-se exatamente o que se planta; nem menos, nem mais. Essa lei infalível do carma responsabiliza todos pelo que a pessoa é ou será. Com base na soma total do carma passado, alguns se sentem próximos do Ser Puro nesta vida e outros se sentem separados. Esta é a lei do carma em [[Gurbani]] (Seri [[Guru Granth Sahib]]). Como outras escolas de pensamento indianas e orientais, o Gurbani também aceita as doutrinas do carma e da reencarnação como fatos da natureza.<ref>{{Citar web|url=http://www.gurbani.org/webart40.htm|titulo=Gurbani.org|acessodata=5 de outubro de 2008|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070129135407/http://www.gurbani.org/webart40.htm|arquivodata=29
=== Taoismo ===
Linha 193:
Carma é um conceito importante no [[taoismo]]. Cada ação é rastreada por divindades e espíritos. Recompensas ou retribuições apropriadas seguem o carma, assim como uma sombra segue uma pessoa.<ref name="evawong" />
A doutrina do carma do taoismo desenvolveu-se em três estágios.<ref name="lkohn">Livia Kohn (1998), [http://www.languages.ufl.edu/EMC/subscribers/vol4/vol4kohn.pdf Steal holy food and come back as a Viper – Conceptions of Karma and Rebirth in Medieval Daoism] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20140109063052/http://www.languages.ufl.edu/EMC/subscribers/vol4/vol4kohn.pdf|
=== Xintoísmo ===
Linha 254:
=== Judaísmo ===
Existe um conceito no judaísmo chamado em hebraico ''midah k'neged midah'', que muitas vezes é traduzido como "medida por medida".<ref>{{Citation|url=https://kotar.cet.ac.il/kotarapp/index/Page.aspx?nBookID=99643983&nTocEntryID=99646212&nPageID=99643996|
=== Modernidade ocidental ===
Linha 261:
Segundo Lynn F. Sharp, um precursor da ideia de reercarnação com teor cármico no século XIX foi [[Jean Reynaud]], um republicano e [[Socialismo utópico|reformador socialista]] com ideais românticos, cristãos e [[Renascença céltica|neodruidistas]] que formulou uma doutrina de justificação e teria influenciado a formação posterior da [[doutrina espírita]] por [[Allan Kardec]]. Reynaud afirmou:<ref name=":04">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=CsFbaq9ysOIC&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PA18&dq=%22karma%22+%22jean+reynaud%22&hl=pt-BR|título=Secular Spirituality: Reincarnation and Spiritism in Nineteenth-century France|ultimo=Sharp|primeiro=Lynn L.|data=2006|editora=Lexington Books|lingua=en}}</ref><blockquote>"Assim, somos a causa de nosso próprio nascimento (...) Não somos, portanto, passivos neste fato capital do nascimento, que representa de alguma forma tudo o que há em nossa vida de fatal ou preordenado [incluindo] (.. .) as qualidades essenciais de nossos corpos e nossas mentes, de nossa educação, de nosso status, de nosso país e nossas relações mais comuns na sociedade" "precisamente aquelas circunstâncias que constituem as posições particulares que, por seus esforços anteriores, mereceram do céu "</blockquote>No espiritismo, a chamada "lei de causa e efeito" é análoga à doutrina do carma, e por vezes os termos são intercambiáveis.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=gFxlEAAAQBAJ&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PT141&dq=%22carma%22+%22lei+de+causa+e+efeito%22&hl=pt-BR|título=O espiritismo de A a Z|data=2021-10-10|editora=FEB Editora|editor-sobrenome=Sobrinho|editor-nome=Geraldo Campetti|local=Brasília|lingua=pt-PT}}</ref><ref>Hess, David J. (2010). ''Spirits and Scientists: Ideology, Spiritism and Brazilian Culture''. Penn State Press.</ref> Porém aqui, Kardec afirma que a doutrina das penas e recompensas futuras têm sua confirmação no ensino dos espíritos e no raciocínio da justiça divina.<ref name=":04" /><ref>{{Citar web|ultimo=Kempf|primeiro=Charles|url=http://www.espiritualidades.com.br/Artigos/K_autores/KEMPF_Charles_tit_Fundamentos_da_Espiritualidade_do_Espiritismo-Os.htm|titulo=Os Fundamentos da Espiritualidade do Espiritismo|acessodata=2022-07-16|website=Espiritualidade e Sociedade}}</ref><ref>Cavalcanti, Maria Laura Viveiros de Castro (2008). ''[https://static.scielo.org/scielobooks/zffb8/pdf/cavalcanti-9788599662274.pdf O mundo invisível: cosmologia, sistema ritual e noção de pessoa no espiritismo]''. Rio de Janeiro: Centro Edelstein de Pesquisa Social. ISBN 978-85- 99662-27-4. ''[https://web.archive.org/web/20220202101105/https://static.scielo.org/scielobooks/zffb8/pdf/cavalcanti-9788599662274.pdf Arquivado]'' na Wayback Machine em 2 de fevereiro de 2022.</ref>
Na teosofia, [[Helena Blavatsky]] incorporou o conceito de carma a partir das doutrinas indianas, o qual também foi divulgado por [[Annie Besant]] e [[Rudolf Steiner]] dentro dos novos movimentos do [[esoterismo ocidental]].<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=DouBAgAAQBAJ&newbks=0|título=Encyclopedia of New Religious Movements|ultimo=Clarke|primeiro=Peter|data=março de 2004
Nos movimentos da [[Nova Era]], o carma é assimilado de uma maneira otimista, considerando-o como uma oportunidade de evolução espiritual progressiva, em meio à interconexão cósmica e o livre-arbítrio, e muitas vezes rejeitando-se seu caráter oficial oriental de punição ou retribuição.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=uNmmDwAAQBAJ&newbks=0&printsec=frontcover&pg=PA286&dq=%22new+age%22+%22karma%22&hl=pt-BR|título=New Age Religion and Western Culture: Esotericism in the Mirror of Secular Thought|ultimo=Hanegraaff|primeiro=Wouter J.|data=2018-09-24|editora=BRILL|lingua=en}}</ref> No [[neopaganismo]] [[
==== Psicologia ====
Linha 287:
== Bibliografia ==
{{refbegin}}
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|editor-last=Buswell|editor-first=Robert E.|
* {{Citation|editor-last1=Buswell|editor-first1=Robert E.|editor-last2=Lopez Jr.|editor-first2=Donald S.|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
*{{
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
*{{
* {{Citation|
* {{Citation|
* {{Citation|
{{refend}}
|