Rose Marie Muraro: diferenças entre revisões

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'''Rose Marie Muraro''' nasceu praticamente [[cegueira|cega]], sua personalidade singular deu-lhe força e determinação suficientes para tornar-se uma das mais brilhantes [[intelectual|intelectuais]] de nosso tempo.
 
Formada em [[Física]] e [[Economia]], esta [[escritora]] e editora publicou diversos livros polêmicos, contestadores e inovadores do ponto de vista dos valores sociais modernos. Nos anos 70, foi uma das pioneiras do [[feminismo|movimento feminista]] no [[Brasil]]. Nos anos 80, quando a Igreja adotou uma postura mais conservadora, passou a ser perseguida por seus ideais. Sua atuação intensa no mercado editorial é fruto de uma mente libertária cuja visão atenta da sociedade pode ser comparada a de muito poucos intelectuais da atualidade.
 
Suas idéias refletem-se na vida pessoal desta mulher notável; há pouco tempo, Rose Marie Muraro desafiou seus próprios limites quando, aos 66 anos, recuperou a visão com uma cirurgia e viu seu rosto pela primeira vez. "Sei hoje que sou uma mulher muito bonita."
 
== Biografia ==
Nasceu em 11 de novembro de 1930, no Rio de Janeiro, Brasil. OriúndaOriunda duma das mais ricas famílias do Brasil nos anos 1930/40, aos 15 anos, com a morte repentina do pai e conseqüentes lutas pela herança, rejeitou sua origem e dedicou o resto de sua vida à construção de um novo mundo: mais justo, mais livre. Nesse mesmo ano conheceu o então padre Helder Câmara e se tornou membro da sua equipe. Os movimentos sociais criados por ele nos anos 40 tomaram o Brasil inteiro na década seguinte. Nos anos 60, o golpe militar teve como alvo não só os comunistas, mas também os cristãos de esquerda.
 
A editora Vozes é um capítulo à parte na vida de Rose. Lá, trabalhou com [[Leonardo Boff]] durante 17 anos e das mãos de ambos nasceram os dois movimentos sociais mais importantes do Brasil, no século XX: o movimento de emancipação das mulheres e a teologia da libertação - até hoje, base da luta dos oprimidos. Nos anos 80, presenciou a virada conservadora da Igreja. E em 1986, Rose e Boff foram expulsos da Vozes, por ordem do Vaticano. Motivo: a defesa da teologia da libertação, no caso de Boff e a publicação, por Rose, de seu livro Por uma erótica cristã.
 
Rose Marie Muraro foi eleita, por nove vezes, A Mulher do Ano. Em 1990 e 1999, recebeu, da revista Desfile, o título de Mulher do Século. E da União Brasileira de Escritores, o de Intelectual do Ano, em 1994. O trabalho de Rose, como editora, foi um marco na história da resistência ao regime militar. Por conta dele, recebeu, recentemente, do Senado Federal, o prêmio Teotônio Vilela, em comemoração aos 20 anos da anistia no Brasil.
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**A MULHER NO TERCEIRO MILENIO (1993)
**POEMAS PARA ENCONTRAR DEUS (1990)
 
[[Categoria:Feminismo]]