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'''Ribeirinha''' é uma [[Lista de freguesias portuguesas|freguesia]] [[Portugal|portuguesa]] do [[lista de municípios portugueses|concelho]] da [[Horta]], na [[Ilha do Faial]], [[Região Autónoma dos Açores]]. Ocupa uma superfícesuperfície total de 11,27 km² com 439 habitantes ([[2001]]). Possuí uma densidade populacional de 39,0 hab/km². É constituída pelas povoações de Ribeirinha e Espalhafatos. A freguesia conta com 382 eleitores inscritos (Autárquicas 2005). A Sede de Freguesia dista 10 km a Norte da cidade da Horta.
 
== Geografia ==
A freguesia é situada em terreno acidentado, rodeada por grandes elevações, é atravessada por 2 pequenas ribeiras, que fertilizam os seus campos agrícolas. As 2 povoações que constituem a freguesia estão encaixadas entre 2 serras, orientadas de Oeste para Leste. O '''complexo vulcâncicovulcânico da Ribeirinha''' é a parte mais antiga da Ilha do Faial.
 
A elevação a Sul da Ribeirinha, denominada '''Lomba Grande''', tem uma altitude máxima de 543 metros, é parcialmente coberta por floresta com espécies naturais dos Açores. Dali se avistam paisagens de extraordinária beleza. A elevação que limita a freguesia a Norte, é chamada '''Lomba da Ribeirinha''', com uma altitude máxima de 309 metros, na qual se desenvolve um planalto lávico - chamado '''Trás-da-Serra'''. Este planalto abriga a maioria dos melhores terrenos agrícolas e onde se encontram largas dezenas de [[atafona]]s de apoio à agricultura, construções típicas em pedra e diversos miradouros naturais. Defende-se que neste local, devido a todos estes factores, se crie uma área de paisagem protegida.
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O nome da freguesia deve-se à existência da pequena ribeira, a '''Ribeira da Ribeirinha''', onde se encontram algumas nascentes. No passado, estas serviram para fornecer água à população, enquanto pequenas represas naturais dessa água também serviram de locais para lavar a roupa. O '''Porto da Boca da Ribeira''', antigo cais piscatório, forma a extremidade Norte do [[Canal do Faial]]. O seu acesso é feito por um caminho estreito escavado na serra e paralelo à ribeira. A existência de balneários e de um parque de merendas tornam o local extremamente aprazível.
 
Diz a tradição, que os seus primeiros habitantes fundaram a povoação actual a mais de 2 km do mar, para se portegeremprotegerem das frequentes incursões dos corsários e piratas. Esse era então o único acesso a partir do mar através da ribeira que era então vigiada e onde se planeavam ciladas aos invasores. Ainda hoje, um troço da ribeira é designado por '''Poceirão dos Mouros''', nome que deriva do facto de piratas - que eram chamados de "Mouros do Canal" - aí terem ficado encurralados.
 
Segundo Freifrei [[Diogo dedas Chagas]], em 1643, a freguesia tinha 254 habitantes distribuidos por 71 fogos. (''Espelho Cristalino'', pág. 478) A '''Igreja de São Mateus da Ribeirinha''' é (re)construída em 1666. Ainda se encontra em ruínas em resultado do Sismo de [[9 de Julho]] de [[1998]].
 
Sobranceiro ao Canal do Faial fica o '''Farol da Ribeirinha''', um dos marcos mais importantes desta área e rodeado por uma paisagem de grande beleza. É diversas vezes mencionado nas obras de [[Vitorino Nemésio]], em especial em ''Mau Tempo no Canal'', é um verdadeiro "ex-líbris" da freguesia que deve ser visitado.
 
Nos '''Espalhafatos''', onde vive cerca de 40% da população da freguesia, encontra-se a '''Capela de Santo António'''. A capela começou a ser construidaconstruída, em 1965, sendo inaugurada, em 1970. A origem do nome "Espalhafatos" remonta ao fim do Domínio FilípinoFilipino, em 1640, quando os portugueses residentes nos [[Cedros]] expulsaram os espanhois da freguesia. Foram conduzidos à sua frente escoltados até ao '''Alto da Ribeirinha''', o então limite da freguesia de Santa Bárbara dos Cedros. No regresso, encontraram algumas peças de roupas que os espanhoisespanhóis tinham deixado para trás. Dai em diante, passaram a chamar aquele local, o sítio dos '''Espalhafatos'''.
 
=== Farol da Ribeirinha ===
O Farol assenta sobre uma torre quadrangular de alvenaria forrada de azulejo branco. Tem anexo um edifício de um pavimento, que servia para habitação dos funcionários. Começou a ser construidoconstruído em Maio de 1915, tendo sido inaugurado em 1 de Novembro de 1919. Actualmente se encontra em ruínas em resultado do Sismo de [[9 de Julho]] de [[1998]]. O sismo teve o seu epicentro numa falha tectónica submarina, a cerca de 5 km da Ponta da Ribeirinha.
 
A demolição do edifício não se concretizou em 2001, graças a um Abaixo-assinado apresentado pela Liga dos Amigos do Farol. É seu objectivo perservarpreservar o património e reconstruir o Farol, para que se possa restituir a dignidade a um marco importante da história da freguesia e da ilha. PertendePretende-se criar na Ribeirinha um espaço digno para expor a óptica (a parte dos cristais) e a lanterna do Farol (a parte vermelha) - um património único do Mundo. Algumas peças mais antigas deste Farol foram confiadas à Casa do Povo da Ribeirinha, onde podem ser visitadas.
 
== Tradições, Festas e Curiosidades ==
 
== Economia ==
Em 1890, segundo o primeiro recenseamento-geral à população realizado oficialmente, tinha 1 112 habitantes. Um número que nunca foi ultrapassado. ApartirA partir daí, foi decrescendo. Ainda assim, em 1940, viviam aqui 1 031 pessoas. A emigração para o estrangeiro, devido às dificuldades sócio-económicas, ditou um acentuado decréscimo demográfico.
 
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