Traceria: diferenças entre revisões

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[[Image:Notre-Dame de Strasbourg.jpg|right|thumb|150px100px|[[Catedral]] de [[Estrasburgo]], [[França]].]]
 
O termo <b>traceria</b> refere-se ao trabalho decorativo em [[pedra]] (também por vezes [[madeira]]) composto por elementos [[geometria|geométricos]] e utilizado na [[arquitectura]], especialmente de grande desenvolvimento na [[arquitectura gótica]]. Este ornamento pode subdividir aberturas (como em [[rosácea (arquitectura)|rosáceas]]) em forma de renda perfurada ou revestir áreas com formas em [[relevo]] podendo-se encontrar aplicado a coroar [[janela]]s, [[arco (arquitectura)|arco]]s, a ornamentar [[abóbada]]s, [[gablete]]s e [[pináculo]]s ou a cobrir superfícies planas como painéis (de [[coro (arquitectura)|coro]] por exemplo) ou [[parede]]s.
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O termo é referido pela primeira vez por [[Christopher Wren]], mas a sua aplicação remonta já ao [[estilo românico]] aplicado a janelas onde uma [[circunferência]] colocada na parte superior da flecha do arco inscreve um [[lóbulo]] simples. Á medida que as janelas se começam a subdividir em mais partes (por exemplo, janelas jeminadas, de duas luzes) vão-se preenchendo os espaços entre os arcos quebrados com traceria.
<br>No [[estilo gótico]] os lóbulos podem também estar inscritos em [[quadrado]]s ou [[triângulo]]s e as formas geométricas tornam-se mais complexas. É normal encontrar na flecha de um arco quebrado lóbulos cujos “gomos” se prolongam em longos braços terminando também, por sua vez, em trilóbulos.
 
[[Image:Rosace.XIIIe.siecle.png|right|thumb|200px|Detalhe de [[rosácea (arquitectura)|rosácea]] do [[século XIII]], ilustração de 1856.]]
 
A partir da segunda metade do [[século XIII]] e durante o [[século XIV]] a tipologia formal torna-se mais intrincada dando lugar a àreas que se assemelham a [[filgrana]] pela sua complexidade. É na [[França]] e nas suas [[catedral|catedrais]] que se encontram dos mais variados exemplares desta técnica. Com o passar do tempo as formas tornam-se mais delgadas e a composição passa a ser executada conjugando perfis isolados e finos de pedra em vez de se perfurar a superfície em si (muitas vezes tornava-se necessário reforçar a estrutura com barras de [[ferro]]) . Nesta altura a sua aplicação já é muito variada, não se limitando ao coroamento de janelas.
 
[[Image:Rosace.XIIIe.siecle.png|right|thumb|200px|Detalhe de [[rosácea (arquitectura)|rosácea]] do [[século XIII]], ilustração de 1856.]]
 
No último quartel do século XIV e no [[século XV]] os padrões geométricos tornam-se mais fluidos e ondulantes eglobando curvas e contra-curvas, no que ficou denominado como <b>gótico flamejante</b> (de chama). A [[Inglaterra]], por outro lado, assume no seu <b>gótico perpendicular</b> uma traceria composta de elementos rectilíneos dispostos vertical e horizontalmente formando uma malha perpendicular.
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{{elementos arquitectónicos}}
 
[[categoria:Elementos arquitectónicosda arquitectura religiosa]]
 
[[de:Maßwerk]]