Teatro Popular do SESI: diferenças entre revisões
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O '''Teatro Popular do SESI''' - TPS - foi uma companhia de [[teatro]] [[popular]] [[brasil]]eira da cidade de [[São Paulo (cidade)|São Paulo]] que existiu entre os anos de 1963 a 1993, dirigida por [[Osmar Rodrigues Cruz]] que tinha como objetivo a popularização do teatro. Após a aposentadoria de seu fundador, o teatro do SESI na paulista passou a ser palco de atividades de diferentes grupos e encenadores. É a companhia de teatro popular profissional com a mais longa existência.
==Antecedentes==
É curioso perceber que no mesmo ano ([[1948]]) em que o industrial paulista [[Franco Zampari]] fundava o [[TBC]] – [[Teatro Brasileiro de Comédia]], o [[Serviço Social da Indústria]] ([[SESI]]) passava a incentivar a prática teatral dentro das indústrias. Também é interessante notar que, enquanto o primeiro trazia à cena superproduções dirigidas à [[burguesia]] paulista, o segundo tinha a incumbência de criar espetáculos com operários em seus elencos e apresentá-los gratuitamente.
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Um dos encenadores (na época o termo usado era ensaiador) contratados para a tarefa de dirigir grupos na indústrias foi Osmar Rodrigues Cruz, que passou a dirigir um grupo na Rhodia, no município industrial paulista de [[Santo André]], em [[1951]]. No ano de [[1957]], a visita do Thèâtre National Populaire (TNP) e o pensamento do seu produtor e diretor teatral, o francês [[Jean Villar]] influenciaram fortemente Osmar Rodrigues Cruz.
A palestra proferida por Villar no [[Teatro de Arena]] de São Paulo, intitulada "...Significado do Popular", estimulou Osmar a propor ao SESI um plano para a organização de uma companhia estável, cuja função seria montar espetáculos voltados ao gosto e às necessidades culturais do operariado paulista. A estréia do então chamado Teatro Experimental do SESI se deu em [[30 de janeiro]] de [[1959]], no [[Teatro João Caetano]], com ''Amar e Curar-se'', de [[Thornton Wilder]] e ''O Homem de Flor na Boca'', de [[Pirandello]]. Mas a temporada oficial, no mesmo teatro, se deu no ano de 1959, com o espetáculo ''A Torre em Concurso'', de [[Joaquim Manuel de Macedo]].
O Teatro Experimental do SESI era um elenco de caráter amador e o sucesso dessa e das produções seguintes levaram a diretoria da instituição a considerar a possibilidade de dar ao elenco e à iniciativa garantias mais perenes, profissionalizando-o. Desse modo, foi fundado o Teatro Popular do SESI, em [[1963]], a partir de duas premissas do plano de Osmar: "''ingresso gratuito
==Fundação==
A chamada "Fase Osmar" incluiu encenações das mais variadas, desde alguns textos clássicos até outros encomendados especialmente para a companhia, ou adaptados da literatura universal. Até [[1977]], o elenco do Teatro Popular do SESI - TPS apresentava-se em salas alugadas por temporada, como por exemplo o Teatro da Associação Israelita do Brasil ([[TAIB]]), no bairro do [[Bom Retiro (distrito de São Paulo)|Bom Retiro]], onde apresentou a maioria de seus espetáculo. A partir daquele ano, passou a contar com uma sala própria no prédio da [[FIESP]], situado à Av. Paulista, que hoje leva o nome de seu fundador. É ainda nesta fase que são criados espetáculos para viajar, nas populares Caravanas do SESI, e todas elas montagens sob a batuta de Osmar Rodrigues Cruz, que se aposentou em
===Espetáculos===
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* 1993 ''[[A Árvore que Andava]]'', espetáculo infantil de Oscar Von Pfhul
==Terceira fase:
Com a aposentadoria de Osmar, o SESI instaurou uma comissão de profissionais encarregados de formar uma espécie de curadoria para produção de novos espetáculos. Nesta fase, foram convidados diretores dos mais variados estilos e para os mais variados gostos, com o objetivo de oferecer um painel da contemporânea criação teatral. A fase se estendeu desde [[1993]] até [[1998]] (aproximadamente), quando o SESI financiava e gerenciava as produções sob a coordenação de vários profissionais, entre eles a crítica, tradutora e diretora [[Maria Lúcia Pereira]]. ▼
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Passam pelo palco do SESI encenadores que vão desde os veteranos [[Antônio Abujamra]] e [[Cacá Rosset]], até os então novatos [[Gabriel Vilela]], [[Bia Lessa]] e [[Ulysses Cruz]]. Esta fase estendeu-se até o final dos [[Década de 1990|anos 90]]. Até aquela época, as companhias mantinham vínculo empregatício com a instituição.▼
▲Passam pelo palco do SESI encenadores que vão desde os veteranos [[Antônio Abujamra]] e [[Cacá Rosset]], até os então novatos [[Gabriel Vilela]], [[Bia Lessa]] e [[Ulysses Cruz]]. Esta fase estendeu-se até o final dos [[Década de 1990|anos 90]].
==Quarta fase: produções independentes==
A partir de 1998/99, o SESI dissolveu seu departamente de produção e passou a contratar produções independentes por meio de edital, sem qualquer vínculo empregatício.
==Bibliografia==
*Camargo, Robson Corrêa de. '''O Teatro Popular do Sesi de Osmar Rodrigues Cruz: Uma trajetória entre o patronato e as massas'''. Tese de mestrado apresentada na ECA/Universidade de São Paulo. 1992.
*Cruz, Osmar Rodrigues. '''Uma Vida no Teatro'''. SP: Hucitec. 2001.
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