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'''Regionalismo crítico''' é um termo que não tenta identificar o vernáculo moderno, mas sim identificar ‘escolas’ regionais recentes cujo objetivo principal tem sido refletir os limitados elementos construtivos nos quais se basearam e serviram. É uma [[manifestação]] local que tenta assimilar e reinterpretar o recente processo iniciado pelo [[movimento moderno]] e ainda assim considerar a independência cultural, econômica e política local. Sinteticamente, uma antítese entre [[cultura]] de raiz e civilização universal.
 
Estas características eram pontuais e geralmente surgiam em locais onde o [[International style (arquitetura)|Estilo Internacional]] não conseguiu se implantar definitivamente. Em [[Copenhaga]], o arquiteto dinamarquês [[Jørn Utzon]] ergueu a [[Igreja Bagsvaerd]] em [[1976]], na qual usa elementos pré-fabricados de [[concreto]] – de valor universal – combinados de modo particularmente articulado, com [[abóbadasabóbada]]s de concreto armado moldado ''in- situ'' – com valor um tanto regional, a levar o fato de ser uma abóbada o elemento que simbolicamente representa a luz. Exemplo de Regionalismo foi o movimento nacionalista catalão [[Grupo R]], fundado em [[Barcelona]] em [[1952]] que por um lado via-se obrigado a reviver os valores e procedimentos racionalistas e antifascistas da [[GATEPAC]]; por outro, estava consciente da responsabilidade política de evocar um regionalismo realista, acessível à população em geral. Em primeiro lugar estava a tradição da [[alvenaria]] catalã; depois estava a influência de [[Richard Neutra]] e do [[Neoplasticismo]]; seguido da influencia neo-realista do italiano Ignázio Gardella.
Outro fator importante consiste na atenção dada para os materiais locais, o artesanato e as sutilezas da luz local. Em [[Nova York]] a obra do austríaco [[Raimund Abraham]] se molda nestes preceitos, uma vez que enfatiza além dos aspectos citados, a [[topografia]] como ela se apresenta.
[[Gino Valle]] representou uma outra maneira de ser regionalista, aquela em que o arquiteto centraliza sua arquitetura em apenas uma cidade, geralmente sua cidade natal. Valle foi um grande arquiteto, mas sua obra se restringiu à cidade de [[Udine]]. Na [[Europa]] esta preocupação aconteceu principalmente pala devastação gerada pela [[Segunda Guerra Mundial]], estes arquitetos queriam contribuir com o ressurgimento de sua cultura, e reconstruíam as cidades.
 
O '''Regionalismo Crítico''' é portanto uma prática marginal que ao mesmo tempo que se recusa a abandonar aspectos progressistas, repreende a [[arquitetura]] desumana que privilegia a estética e a cultura dominante tão modernizada. Mas não o faz de maneira utópica. E em um ambiente onde o arquiteto tenta ser maior que sua obra, os regionalistas davam ênfase maior ao território onde a obra estava inserida. O '''Regionalismo Crítico''' se opõe à tendência da ‘civilização universal’ que privilegia o ar-condicionado. Fazem da luz, do terreno, das condições climáticas, as bases que sustentariam o projeto. ''Fazem do aspecto visual uma característica secundária, na medida que enfatizam o ''táctil'', as diferentes temperaturas em ambientes distintos, assim com o ''aroma'', os sons, a ventilação e até mesmo o acabamento dos pisos e paredes que são convites ao tato.'' Isto provoca involuntariamente mudanças sensoriais, de postura, psicológicas, etc. Tenta rigorosamente se apropriar de referências externas, tanto formais quanto tecnológicas, mas sem deixar de lado o que é local.{{semcat}}
 
[[Categoria:Arquitectura]]
[[Categoria: estilos arquitectónicos]]