Samba-canção: diferenças entre revisões

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'''Samba-canção''' é um gênero musical proveniente do [[samba]] baseado no Romantismo, influenciado pelas [[balada americana|baladas americanas]] e pelo [[bolero]] Mexicano, caracterizando-se como o samba mais lento e melodioso do [[Brasil]]. O samba-canção surgiu no final da [[década de 1930]] como o gênero das rádios da época, permanecendo na [[Rádio Gazeta]] por muito tempo, desde sua fundação até a década de 1990, quando o romantismo na música brasileira começou a cair de moda e dar lugar a outros gêneros de samba mais agitantes e descontraídos como o [[pagode]].
 
Por ser muito romântico, exaltando o tema amor-romance e o sofrimento por um amor sem futuro, como ocorre no bolero e na balada, o samba-canção recebeu, em seus estilos de música, a denominação de "''fossa (dor-de-cotovelo)''". Desta forma, este gênero de samba varia do puramente lírico, exaltando o vocabulário bastante culto e muito elaborado nas letras das músicas, representado por autores mais recentes; a mais famosa [[Ângela Maria]], [[Cauby Peixoto]] e [[Alexandre Pires]], ao trágico, característico de alguns autores como [[Dolores Duran]] e [[Lindomar Castilho]]. Por esta razão, pode-se dividir o samba-canção em duas fasesgerações de sucesso do estilo.
 
==Primeira fasegeração (1940-1970)==
 
É a fasegeração mais primitiva do samba-canção, em que ele se apresentava como uma mistura entre bolero [[lento]] e samba. Nessa época, o gênero era muito cantado e falado ao mesmo tempo como se fosse as cantigas medievais, que facilmente deixavam de versar sobre o puro lírico para ir ao trágico romance, em que sempre alguém perdia na relação amorosa, mostrando muito sofrimento. Porém, apesar do samba-canção ser um estilo definido, ele foi sofrendo outras influências ao longo do tempo. Na década de 1950 o gênero recebeu a forte influência da balada americana.
 
O primeiro grande sucesso do gênero foi ''Linda Flor'' (''Ai, Ioiô'', de [[1938]]), composta por [[Vogeler]], [[Luís Peixoto]] e [[Marques Porto]], gravado por [[Vicente Celestino]] e [[Aracy Cortes]].
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Nessa época surgiram também outras músicas famosas como ''Último Desejo'', de [[Noel Rosa]]; ''Eu Sinto Uma Vontade de Chorar'', de [[Donga]]; ''Menos Eu'', de [[Roberto Martins]] e [[Jorge Faraj]].
 
Assim, os autores expoentes da primeira fasegeração foram: [[Dolores Duran]], [[Noel Rosa]], [[Lindomar Castilho]], [[Nora Ney]], [[Nelson Gonçalves]], [[Cauby Peixoto]], [[Agnaldo Rayol]], [[Maysa Matarazzo]] e [[Ângela Maria]], que continuou a fazer sucesso durante toda a segunda fase.
 
==Segunda fasegeração (1970-1990)==
 
A segunda fasegeração é marcada pelas músicas românticas modernas, influenciadas pela musicalidade de [[Teclado (música)|teclado]] eletrônico, que personaliza os sons de balada, samba bem calmo e às vezes bolero [[lento]], também influenciadas pela [[música sertaneja]], a modinha do interior de algumas regiões do país. Assim, tudo se mistura como novas tendências dos anos 70 em que o samba vai perdendo a sua força nas rádios em relação à [[música eletrônica]] e [[dance]] e ao rock nacional. A única rádio que conseguiu recuperar a cara musical do Brasil e em especial e o samba-canção, foi a Gazeta FM. Esta faz, todo mês, um quite de recordações de todas as épocas do gênero e artistas famosos. Uma grande expressão dessa recuperação foi o aparecimento de grupos como o [[Art Popular]], surgido no final dos anos 70, principalmente com o sucesso das músicas "''Temporal''" e "''Dizem que a felicidade''" e a cantora [[Ângela Maria]] e suas participações especiais em grupos.
Surgiu também, como grande expoente do gênero nessa época, o [[Alexandre Pires]], que criou músicas de ouro também em espanhol e mais tarde foi ser membro de um grupo de pagode denominado [[Só Pra Contrariar]], o [[Araújo de Morais]], e o grupo [[Canções de Amor]].