Saladino: diferenças entre revisões

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Enquanto [[Saladino]] consolidava seu poder na [[Síria]], geralmente deixava em paz o reino [[Cruzado]], embora fosse frequentemente vitorioso nas ocasiões em que batalhava com os [[cruzados]]. Uma exceção foi a [[batalha de Montgisard]] no dia 25 de novembro de [[1177]]. Nela ele foi derrotado pelas forças combinadas de [[Balduíno IV]] de [[Jerusalém]], [[Reinaldo de Chatillon]] e os [[Cavaleiros Templários]]. Apenas um décimo de seu exército conseguiu retornar ao [[Egito]].
 
Uma trégua foi declarada entre [[Saladino]] e os [[Estados Cruzados]] em [[1178]]. [[Saladino]] passou o ano seguinte recuperando-se da derrota e reconstruindo seu exército, retornando ao ataque em [[1179]], quando derrotou os [[Cruzados]] na batalha de [[Jacob's Ford]]. Contra-ataques [[cruzados]] provocaram ainda outras retaliações de [[Saladino]]. [[Reinaldo de Chatillon]], em particular, perturbou as rotas de comércio e peregrinação muçulmanas com uma frota no [[Mar Vermelho]], uma rota marítima que [[Saladino]] necessitava manter aberta. Como resposta, [[Saladino]] construiu uma frota de 30 [[galésgalé]]s para atacar [[Beirute]] em [[1182]]. Reinaldo ameaçou atacar as cidades sagradas de [[Meca]] e [[Medina]]. Em retribuição, [[Saladino]] cercou [[Kerak]], o forte de Reinaldo na [[Oultrejordain]], em [[1183]] e [[1184]]. Reinaldo respondeu saqueando uma caravana de peregrinos no [[Hajj]] em [[1185]]. De acordo com a '''Old French Continuation''' de [[Guilherme de Tiro]], do final do [[século XIII]], Reinaldo capturou a irmã de [[Saladino]] durante uma pilhagem a uma caravana, embora isso não seja atestado em outras fontes contemporâneas, sejam elas muçulmanas ou francas. De fato, Reinaldo havia atacado uma caravana anterior, e [[Saladino]] mandou a guarda garantir a segurança de sua irmã e do filho dela, que não chegaram a sofrer danos.
 
Em julho de [[1187]], [[Saladino]] capturou a maior parte do reino de [[Jerusalém]]. No dia 4 de julho de [[1187]] ele deparou-se, na [[Batalha de Hattin]], com as forças combinadas de [[Guy de Lusignan]], Rei Consorte de [[Jerusalém]], e [[Raimundo III de Trípoli]]. Somente na batalha, o exército [[Cruzado]] foi em grande parte aniquilado pelo exército motivado de [[Saladino]], naquilo que foi um desastre completo para os [[cruzados]] e uma virada na história das [[Cruzadas]]. [[Saladino]] capturou [[Reinaldo de Chatillon]] e providenciou pessoalmente sua execução. [[Guy de Lusignan]] também foi capturado, porém sua vida foi poupada. Dois dias após a [[batalha de Hattin]], [[Saladino]] ordenou a execução de todos os prisioneiros de ordem militar por decapitação. As execuções eram levadas a cabo à medida que o próprio secretário de [[Saladino]], [[Imad ad-Din]], descreve (Ibid, pág. 138): “Ele ([[Saladino]]) ordenou que eles deveriam ser decapitados, preferindo tê-los mortos a prisioneiros. Com ele estava um grande grupo de sufis e estudiosos, e certo número de devotos e [[ascetas]]; cada um implorava permissão para matar um deles, e desembainhava sua espada e arregaçava sua manga. [[Saladino]], com uma expressão alegre no rosto, estava sentado no seu dais; os descrentes mostravam um negro desespero.” A execução dos prisioneiros em [[Hattin]] não foi a primeira de [[Saladino]]. Em 29 de agosto de [[1179]] ele tomou o castelo em [[Bait al-Ahazon]], e aproximadamente 700 prisioneiros foram capturados e executados.