Carta de corso: diferenças entre revisões

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[[Imagem:Lettre-de-marque2.png|thumb|right|250px|Patente de corso francesa dada ao capitão Antoine Bollo.]]
A '''Cartacarta de corso''' (do [[latim]] ''cursus'', «corrida»), ou '''carta de marca''', era um documento, emitido pelo [[governo]] de um [[país]], pelo qual seu dono era autorizado a atacar [[navio]]s e povoados de [[nação|nações]] [[inimigo|inimigas]]. Desta forma o convertendo o proprietário da carta em membro da [[marinha]] daquele país.
 
A cartas de corso, foram muito utilizadas na [[Idade Média]] e na [[Idade Moderna]], quando os países não tinham condições de manter marinhas próprias, ou suficientemente grandes. Foram utilizadas por todas as grandes nações marítimas, principalmente pela [[França]] e a [[Inglaterra]], também pela [[Espanha]], mas em menor grau e mais tardiamente.
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O texto da carta normalmente autorizava o seu agente a ultrapassar a fronteira (''marco'' do país), e ali buscar, tomar ou destruir barcos e frotas inimigas.
 
A cartas de corso foram abolidas pela ''DecalaraçãoDeclaração de Paris'', na França em [[1856]], em um anexo ao tratado que encerrou a [[Guerra da Criméia]]. Os [[Estados Unidos]] foram um dos países que não ratificaram esta declaração.
 
==Benefícios da carta de corso==
 
===Para o proprietário===
 
* Utilização dos [[porto]]s do país que outorgava a carta;
* Acesso a mantimentos de forma igual ou similar aà dos navios regulares da marinha do país em questão;
* Liberdade de mostrar a carta ao [[exército]] inimigo, em caso de captura, podendo solicitar tratamento igual ao de [[prisioneiro de guerra]], em vez de [[pirata]], evitando assim a pena normal de [[enforcamento]];
* Ter a patente de [[corsário]] e sentir-se membro da marinha;
* MostarMostrar a carta para poder recrutar a tripulação.
 
===Para o país outorgante===
* Poder controlar o dono da carta ([[Luís XIV da França|Luís XIV]] e outros monarcas franceses exigiam [[fiança]]s dos donos de navios, para garantir o controle);
* Dispor de uma marinha sem necessidade de investimento na construção de barcos, recrutamento da tripulação, armamento, etc.
* Ter direito a parte dos lucros obtidos no corso;