Mãe Mirinha do Portão: diferenças entre revisões

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Não demorou para que os chamados viessem para que a menina Mirinha fosse para a [[Religião]] do [[candomblé]]. Era pulando as janelas furtivamente que Mirinha assistia a algumas festas de Candomblé sem perceber que teria um futuro brilhante na Religião. Desta forma com a ajuda de sua irmã carnal Claudina (apelidada de Coló) que mesmo sem ser iniciada na religião tinha uma imensa fé no seu [[Nkisi]] [[Dandalunda]] e mantinha alguns rituais em devoção a ela. Esta irmã levou Mirinha a casa do então jovem Pai de Santo [[Joãozinho da Goméia|João Alves Torres Filho]], que viria a ser mais tarde o lendário ''Joãozinho da Goméia'', cujo nome ''Goméia'' foi incorporado ao seu nome devido ao grande interesse popular em saber sobre o Pai de Santo e seus conhecimentos da Religião.
 
Mirinha é iniciada aos sete anos de idade, para o Nkisi Mutalombô e tem como segundo Nkisi Bambulusema, juntamente com mais 18 muzenzas. Na época foi de grande ousadia o feito de tirar, como se fala na linguagem do Candomblé, um barco de 19 muzenzas, mas Joãozinho da Goméia era assim (desafiador e polêmico), logo, desta forma nasceu para o Candomblé Congo/Angola da Bahia e do Brasil a Monankisi "Sessa Dya Umbula", sendo chamada pelos seus irmãos de santo por ''Sessetu'', o nome de seu erê, sendo filha pequena de [[Kilondirá]] chamada carinhosamente por Mirinha de Mãe Kiló.
 
Seguindo seu caminho dentro da Religião, Mirinha retorna para Portão e no dia 25 de dezembro de 1952 ela tira seu primeiro barco, composto por dois muzenzas: Antonio José da Conceição do Nkisi Kavungo e Maria Augusta do Nkisi Nkosi Mukumbi, nascia aí o [[Terreiro do Portão|Terreiro São Jorge Filho da Goméia]] e, tal como aconteceu com o seu Pai de Santo, o nome da localidade de Portão seria incorporado para sempre ao seu, agora chamada de Mirinha do Portão.