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Desde os tempos bíblicos os líderes militares já se utilizavam da logística. As guerras eram longas e geralmente distantes, eram necessários grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários um planejamento, organização e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota, nem sempre o mais curta, pois era necessário ter uma fonte de [[água potável]] próxima, transporte, armazenagem e distribuição de [[equipamentos]] e [[suprimentos]].
 
Até o fim da [[Segunda Guerra Mundial]] a Logística esteve associada às atividades militares. Nesse período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra a logística passou a ser adotada pelas empresas.
 
Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino, os militares com o título de ‘''Logistikas''’ eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra.
 
[[CLAUSEWITZ]] dividia a [[Arte da Guerra]] em dois ramos: a [[tática]] e a [[estratégia]]. Não falava especificamente da [[logística]] , porém reconheceu que, “...em nossos dias, existe na Guerra um grande número de atividades que a sustentam... mas devem ser consideradas como uma preparação para a mesma”.
 
É a JOMINI, contemporâneo de CLAUSEWITZ, que se deve, pela primeira vez, o uso da palavra [[LOGÍSTICA]], definindo-a como “a ação que conduz à preparação e sustentação das campanhas”, enquadrando-a como “a ciência dos detalhes dentro dos [[Estados-Maiores]]”.
 
Em [[1888]], o Tenente ROGERS introduziu a [[Logística]], como matéria, [[na Escola de Guerra Naval]] dos [[EUA]]. Entretanto, demorou algum tempo para que estes conceitos se desenvolveram na literatura [[militar]]. A realidade é que, até a [[1ª Guerra Mundial]], raramente aparecia a palavra "[[Logística]]", empregando-se normalmente termos tais como “[[Administração]]”, “[[Organização]]” e “Economia de Guerra”.
 
A verdadeira tomada de consciência da [[logística]] como [[ciência]] teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel THORPE, do [[Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da Américas]] - (em [[inglês]]: United States Marine Corps; abreviação oficial: USMC) - que, no ano de [[1917]], publicou o [[livro]] “Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra”. Segundo THORPE, a [[estratégia]] e a [[tática]] proporcionam o esquema da condução das operações [[militares]], enquanto a logística proporciona os meios”. Assim, pela primeira vez, a [[logística]] se situa no mesmo nível da [[estratégia]] e da [[tática]] dentro da [[Arte da Guerra]].
 
O Alte HENRY ECCLES, em [[1945]], ao encontrar a obra de THORPE, empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em [[Newport]], comentou que, se os [[EUA]] seguissem seus ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da [[2ª Guerra Mundial]]. ECCLES, Chefe da Divisão de Logística do Almirante [[NIMITZ]], na [[Campanha do Pacífico]], foi um dos primeiros estudiosos da [[logística]], sendo considerado como o “pai da logística moderna”.<ref>BRASIL Marinha do Brasil - Estado-Maior da Armada, Manual de Logística da Marinha (EMA-400 2ª Revisão). Brasília, 2003.</ref>
 
Até o fim da [[Segunda Guerra Mundial]] a Logística esteve associada apenas às atividades militares. NesseApós este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis.
 
==Logística no Brasil e no mundo==