Island (livro): diferenças entre revisões

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É um [[romance]] que se passa numa ilha, Pala, onde as pessoas são do jeito como o autor acha que todos os seres humanos deveriam ser para viverem plenamente. Mestre em criar mundos, como o fez em [[Admirável Mundo Novo]], o autor mostra as características de tal ilha por intermédio de longos diálogos entre um náufrago inglês, Will Fanarby, que foi parar na ilha ao acaso, e moradores do lugar, geralmente pessoas intelectuais ligadas ao setor da ilha cujo o autor queria mostrar. Deste modo ele trata de diversos assuntos: educação, drogas, sexo, saúde, natureza, religião, ''[[et cetera]]''. Como sempre, Huxley dá um show de inteligência com raciocínios extremamente bem estruturados e coesos.
 
 
A maioria de nós que estudou a famosa distopia de Aldous Huxley, Admirável Mundo Novo, conhece seus medos, mas sabe muito pouco sobre suas esperanças. A Ilha, publicada em 1962, apenas dois anos antes da morte de Huxley, é mais do que uma utopia; é sua afirmação da vida e o tecido dos muitos fios na tapeçaria de sua própria vida. A Ilha conta a história da mítica ilha de Pala, no Sudeste Asiático, com uma sociedade baseada na interpretação de Huxley do Budismo Mahayana.
 
Huxley advogou em favor do sexo tântrico, da não-violência, do uso "sacramental" de drogas alucinógenas, e do viver a vida "aqui e agora", muitos anos antes de o resto da Califórnia entrar nisso tudo. Ele também foi um amigo íntimo de outros agentes extraordinários da mudança, como o Professor Indiano Jiddu Krishnamurti, o mestre Taoista Chungliang Al Huang, e o Hipnotizador Milton H. Erickson. O projeto social da Ilha será reconhecido pelos praticantes de qualquer dessas disciplinas, ou alunos desses professores. O trabalho de Huxley com Erickson é discutido na obra de Bandler e Grinder, Patterns of the Techniques of Milton H. Erickson, M.D. Volume I (Meta, Cupertino, California, 1975, pp.59-126).
 
Lendo a Ilha com a compreensão da PNL, sou tentado a classificar o livro primeiro como uma profecia. Embora não se aprofunde no terreno e se desvie às vezes para a pregação, a obra é uma tocante fábula psicológica estudada com excelente PNL. Como se pode esperar, existem alguns bons exemplos de induções Ericksonianas, e são explicadas a teoria da sugestão indireta e a hipnoterapia. Huxley também levou a Professora Palinesa Susila a introduzir um novo campo, que ela chama de Controle do Destino. Baseia-se em "Apertar nossos próprios botões e visualizar o que gostaríamos que acontecesse". Esses "botões" aos quais se refere são o que nós, da PNL, chamamos de âncoras. Susila demonstra ao seu visitante Will Farnaby que ajustando seu tom de voz e usando certas palavras, ela pode induzir Will a entrar novamente no estado mental em que ele ouviu tais palavras pela primeira vez. O uso de tais botões, diz ela, é ensinado nas escolas elementares Palinesas.
 
De maneira semelhante, explica ela, diversas técnicas de cura de lembranças traumáticas são ensinadas nessas escolas. Tais lembranças podem, por exemplo, ser visualizadas e as imagens alteradas de maneira que pareçam triviais ou mesmo absurdas, e possam, então, ser abandonadas. Susila também ensina Will a curar sua perna ferida, imaginando que o ferimento é muito pequeno, e seu corpo é muito maior.
 
Geralmente, é difícil acreditar que esse livro foi escrito 13 anos antes do surgimento da PNL, especialmente quando sabemos que na escola, os jovens estudantes palineses são avaliados em suas preferências visuais, auditivas ou cinestésicas de aprendizado (de modo que possam tanto ser ensinados conforme seu estilo de preferência e auxiliados a desenvolver plenamente todo o seu sistema sensorial). Os Practitioners de PNL também poderão gostar da percepção de metaprogramas de Huxley, e o seu uso da ressignificação.
 
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