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'''Gunnar Nilsson''' (Helsingborg, 30 de Novembro de 1948 - Londres, Inglaterra, 20 de Outubro de 1978) fez a estréia na [[Fórmula 1]] em 1976 na segunda corrida, no [[GP da África do Sul]], em [[Kyalami]], substituindo o compatriota [[Ronnie Peterson]] após desentendimento com [[Colin Chapman]] após o GP do Brasil, em Interlagos. Em tão pouco tempo adapta-se rapidamente ao carro. Na terceira corrida, no [[GP da Espanha]], em [[Jarama]], termina em 3º lugar, obtendo o primeiro podium na carreira. Obteve ainda mais um 3º, desta vez no GP da Áustria, em [[Österreichring]]. Termina o campeonato em 10º lugar com 11 pontos.
 
Em 1977, como segundo piloto, Nilsson obtém a primeira e única vitória na carreria. Ela aconteceu na encharcada pista de [[Zolder]], na [[Bélgica]]. Fez ainda a volta mais rápida dessa corrida. O piloto sueco consegue o último podium na carreira, ficando atrás de [[Niki Lauda]] da [[Ferrari]] e [[James Hunt]] da [[McLaren]], o vencedor no [[GP da Inglaterra]], em [[Silverstone]].
Mas à medida que o fim da temporada se aproximava, Nilsson ficava cada vez mais doente, com constantes dores de cabeça. Esperou até ao final da temporada para consultar um médico, e entretanto, tinha assinado por uma nova equipe: a [[Arrows]]. Finalizou o Campeonato em 8º lugar com 20 pontos, a melhor colocação na carreira.
Depois de vários exames, os médicos disseram que a sua dor de cabeça era afinal, um cancro testicular, comum entre homens jovens. Mas na altura, era um cancro mortal, e no caso dele, as suas hipóteses de sobrevivência não eram muitas. Sendo assim, decidiu tirar uma pausa na carreira, para tratar da doença.
 
Enquanto estava no Hospital Chaning Cross, em [[Londres]], um dos melhores do mundo na área da Oncologia, Nilsson reparava no sofrimento das crianças ao serem submetidas aos vários tratamentos, como a quimioterapia e a radioterapia. Tal como eles, Nilsson perdeu o seu cabelo, mas recusava os sedativos, achando que seriam melhor aplicados nas crianças. Nessa altura, tinha o apoio e a solidariedade dos seus colegas pilotos, que o homenageavam sempre que o podiam. Em [[Zolder]], [[Mario Andretti]] dedicou a sua vitória ao ex-companheiro, e outro dos seus amigos no “paddock” era Ronnie Peterson, que o tinha substituído na equipe, e ironicamente, foi o seu substituto....
Contudo, os acontecimentos em Monza, no mês de Setembro, precipitaram o seu fim. Ronnie Peterson estava morto, e foi um Nilsson fraco e inconsolável, que fez questão de acompanhar o seu funeral em [[Örebro]], a sua cidade natal. Regressou a [[Londres]] para morrer, a 20 de Outubro de 1978, um mês antes de fazer 30 anos.
 
Um ano depois da sua morte, a sua mãe Elisabetha lançou o Gunnar Nilsson Cancer Foundation, que se dedica à investigação e tratamento do cancro. Quando a sua mãe morreu, alguns anos mais tarde, toda a sua fortuna reverteu-se para a Fundação, que se tornou numa das poderosas do seu país. Hoje em dia, graças ao trabalho cientifico, o cancro testicular tem cura em mais de 90 por cento de casos, contra os cerca de 10 por cento há 30 anos.