1. FK Příbram é um clube de futebol da cidade de Příbram, na República Tcheca, o antigo Dukla Praga.

Příbram
Nome 1. FK Příbram
Fundação 1928
Estádio Na Litavce
Capacidade 9.100 lugares
Presidente Jaroslav Starka
Treinador(a) Martin Pulpit
Material (d)esportivo Jako
Competição Campeonato Tcheco
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
titular
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Cores do Time
Uniforme
alternativo

Usa como cores amarelo e vermelho, as cores da bandeira da cidade de Praga, onde fora fundado. Joga atualmente no Stadion Na Litavce, que tem capacidade para 9 100 espectadores. Foi originalmente pelo exército Tcheco em 1947, com o nome de ATK. Ao início da temporada de 1953, foi renomeado ÚDA (ver nomes), até se chamar Dukla Praga, seu nome mais consagrado, em 1956.

O nome Dukla foi em homenagem a uma vila eslovaca que suportou uma invasão alemã durante a Segunda Guerra Mundial. O clube por muito tempo reuniu os melhores jogadores da Tchecoslováquia, com destaque especial para Josef Masopust, e era a base da seleção tchecoslovaca, mas não mesmo em sua fase áurea não tinha tanta popularidade no país e decaiu bastante com a queda do comunismo local. Dono de um dos melhores times de futebol da década de 1960 e do Leste Europeu, já foi chamado de "o supercampeão mais odiado da história".[1]

História editar

A equipe foi uma das mais vitoriosas da antiga Tchecoslováquia, recebendo apoio do governo comunista, que forçou os jogadores mais promissores do país a atuarem pelo Dukla,[2] criado pelo exército sem estar relacionado a nenhuma outra torcida e que assim sendo obrigava jogadores em idade de alistamento a passarem para o clube.[1] Entre 1945, quando o comunismo foi instalado no país, até 1982, quando o regime começou a enfraquecer-se visivelmente, o Dukla foi o time que mais venceu na Tchecoslováquia, faturando onze vezes o campeonato tchecoslovaco.[3] A ascensão começou mais exatamente a partir de meados da década de 1950, após anos em que o Dukla, devido em parte à instabilidade de seu elenco, inicialmente sempre baseado na questão da idade de alistamento militar e que por isso era bastante alterado de um ano a outro, militava apenas no meio da tabela.[1]

A partir dali, o Dukla sobressaiu-se em relação aos principais times da cidade - Slavia Praga e Sparta Praga - e do próprios país, simbolizando o estilo do futebol tchecoslovaco no exterior; Josef Masopust, considerado o maior jogador da antiga Tchecoslováquia, atuava pelo Dukla no período áureo do clube, que se beneficiava também da perseguição ao Slavia: esta era a equipe mais vitoriosa antes da Segunda Guerra Mundial e, por suas origens intelectuais e estudantis, foi perseguida pelo governo comunista; muitos de seus jogadores estiveram entre aqueles que foram colocados no Dukla. Com isso, o maior concorrente da equipe foi o Sparta (menos afetado por ter origens proletárias) e os clubes eslovacos.[2]

A melhor fase veio na década de 1960, com um tetracampeonato nacional seguido sempre com o melhor ataque e uma das duas defesas menos vazadas, o título em plenos Estados Unidos da International Soccer League (prestigiada liga da época com chancela da FIFA a convidar tradicionais clubes para um torneio que chegou a ser rotulado de Campeonato Mundial de Clubes) e a campanha semifinalista na Liga dos Campeões da UEFA de 1966-67. Nesse ínterim, a equipe forneceu sete jogadores ao plantel da Tchecoslováquia que terminou vice-campeão para o Brasil na Copa do Mundo FIFA de 1962, dentre os quais Masopust, premiado naquele ano com a Ballon d'Or da France Football como melhor jogador europeu da temporada.[1]

Mas as vitórias nacionais e as boas campanhas continentais, que incluíam vitórias sobre o Botafogo de Garrincha e o Santos de Pelé, contrastavam com a falta de apoio popular. Mesmo Masopust costumava ser repudiado pelos simpatizantes de outras equipes e até na grande fase da década de 1960 o público era baixo: na temporada de 1964-65, ele teve cerca de 9 mil pessoas por jogo em um torneio cuja média era de 13 mil por jogo, enquanto os populares Slavia e Sparta angariavam 24 mil. Após a aposentadoria da geração de Masopust, o Dukla chegou a ficar onze anos sem títulos. Conseguiu alguns na década de 1980, mas já não era o mesmo. E, com a derrocada do comunismo, o clube entrou em decadência ainda maior.[1]

No final da temporada 1993/94 - a primeira da República Tcheca -, o clube caiu até a terceira divisão do campeonato tcheco, e foi forçado a vender muitos dos seus jogadores. Seus últimos títulos ainda datam da Tchecoslováquia - o campeonato nacional de 1982 e as Copas de 1983, 1985 e 1990.[2] Em 1983 e 1985, o clube venceu também a Copa Tcheca, disputada na parte tcheca do extinto país.

Até que o tcheco de origem eslovaca Bohumil Ďuričko aceitou o desafio de reerguer os ex-gigantes. Seu primeiro passo foi comprar o FC Příbram (time da cidade de Příbram, na Boêmia Central), que estava na segunda divisão. Os dois clubes se fundiram e formaram um novo clube, que pegou o lugar do Příbram na segunda divisão, mas disputava seus jogos em Praga. Depois de um ano, o clube voltou à divisão principal do futebol tcheco (em 1997) com uma boa injeção de dinheiro, e se moveu para Příbram, onde foi renomeado FC Dukla Příbram.

De volta à segunda divisão, utilizou o nome de FK Marila Příbram.

Em 2001, o Dukla Dejvice, um time menor de Praga, fundado em 1959, e que então disputava o Campeonato de Praga (equivalente à quinta divisão), adotou o nome e as cores do Dukla Praga e passou a jogar no antigo estádio do Dukla. o novo Dukla Praga foi campeão da segunda divisão em 2011 e vem se mantendo na primeira divisão desde então.

Nomes editar

Entre parênteses o nome em tcheco, com tradução.[1]

  • 1948 ATK Praga (Armádní Tělovýchovný Klub, ou Clube Militar da Cultura Física)
  • 1953 ÚDA Praga (Ústřední Dům Armády, ou Casa Central do Exército)
  • 1956 Dukla Praga
  • 1997 Dukla Příbram
  • 2000 Marila Příbram
  • 2008 1.FK Příbram

Títulos editar

Internacionais editar

Nacionais editar

Jogadores notáveis editar

Referências

  1. a b c d e f STEIN, Leandro (18 de fevereiro de 2014). «Dukla, o supercampeão mais odiado da história». RSSSF. Consultado em 19 de fevereiro de 2014 
  2. a b c ZAMBUZI, Luciana (abril de 2008). Beleza e ódio. Trivela n. 26. Trivela Comunicações, pp. 44-47
  3. STOKKERMANS, Karel (14 de março de 2007). «Czechoslovakia - List of Champions». RSSSF. Consultado em 18 de setembro de 2011 

Ligações externas editar

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