Abluções no Judaísmo

O ritual de lavagem, ou ablução, toma duas formas no judaísmo: tevilá(טְבִילָה), imersão completa do corpo em um micvê, e netilat yadayim, lavagem das mãos com um copo.[1][2] Os primeiros registros escritos para estas práticas são encontrados na Bíblia hebraica e são elaborados na Mishná e no Talmude. Eles foram codificados em vários códigos da lei e da tradição judaica, como na Mishné Torá de Maimonides (século XII) e no Shulkhan Arukh de Yosef Karo (século XVI). Esses costumes são mais comumente observados no Judaísmo ortodoxo. No judaísmo conservador, as práticas são normativas com certas exceções e menos rigorosas. A ablução geralmente não é realizada no judaísmo reformista.

Uma taça de prata utilizada para o Netilat yadiyim, por Hadad Silver

Fundamento editar

Os estudiosos religiosos tradicionais e seculares concordam que a ablução no judaísmo foi derivada dos rabinos do Talmude de um conjunto mais extenso de ablução e praticas de purificação praticados na época do Templo em Jerusalém, baseado em vários versos da bíblia hebraica e tradições repassadas. Entretanto, há discordância sobre as origens e significados dessas práticas. Este artigo descreve primeiramente estas práticas como elas são praticadas no judaísmo tradicional contemporâneo e então discute várias perspectivas alternativas sobre sua natureza, origem e significado.

Princípios editar

 
Um conjunto de prata para o Mayim Acharonim, por Hadad Silver

O judaísmo tradicional requer certos tipos de abluções. Alguns desses tipos não requerem um ritual com água específica (e podem ser feitos com água da torneira):

  1. Netilat Yadayim Shacharit ("Erguer [após a ablução] as mãos para a manhã"), ao se levantar pela manhã após uma noite inteira de sono, ou mesmo após uma soneca, há o costume de praticar a ablução derramando um copo com água sobre cada dedo, alternando três vezes. No costume de algumas comunidades, também é feito sem uma benção após a relação sexual ou outro tipo de emissão de sêmen.
  2. Netilat yadayim La'Pat ("Erguer [após a ablução] as mãos para o pão") que é feito com uma benção, antes de comer qualquer pão com uma refeição, e feito sem uma benção, após tocar um objeto tamei (ritualmente impuro), tais como as partes íntimas, sapatos de couro, um inseto ou animal, ou após uma visita a um cemitério.
  3. Mayim acharonim ("pós-águas") uma lei ou costume de ablução dos dedos após uma refeição, para proteger-se de tocar os olhos com resíduos tóxicos.


Referências

  1. «Ablution». www.jewishvirtuallibrary.org. Consultado em 18 de janeiro de 2021 
  2. «Ritual Hand Washing Before Meals». My Jewish Learning (em inglês). Consultado em 17 de janeiro de 2021 



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