Aguaí

município brasileiro do estado de São Paulo
 Nota: Para a planta, veja aguaí (planta).

Aguaí é um município do estado de São Paulo, no Brasil. Localiza-se à latitude 22° 03’ 34” sul e à longitude 46° 58’ 43” oeste, estando a 660 metros acima do nível do mar. Segundo o IBGE a população estimada em 2019 era de 36 305 habitantes.

Aguaí
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Aguaí
Bandeira
Brasão de armas de Aguaí
Brasão de armas
Hino
Gentílico aguaiano
Localização
Localização de Aguaí em São Paulo
Localização de Aguaí em São Paulo
Localização de Aguaí em São Paulo
Aguaí está localizado em: Brasil
Aguaí
Localização de Aguaí no Brasil
Mapa
Mapa de Aguaí
Coordenadas 22° 03' 32" S 46° 58' 44" O
País Brasil
Unidade federativa São Paulo
Municípios limítrofes Santa Cruz das Palmeiras, Casa Branca, Vargem Grande do Sul, São João da Boa Vista (N), Moji-Guaçu (S), São João da Boa Vista, Espírito Santo do Pinhal (L), Leme, Pirassununga (O).
Distância até a capital 200 km
História
Fundação 4 de agosto de 1889 (134 anos) (criação do distrito)
Emancipação 30 de novembro de 1944 (79 anos) (criação do município)
Administração
Prefeito(a) José Alexandre Pereira de Araújo[1] (PSDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 474,741 km²
População total (População estimada IBGE/2019[1]) 36 305 hab.
Densidade 76,5 hab./km²
Clima subtropical
Altitude 660 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2010) 0,715 alto
PIB (IBGE/2018[3]) R$ 1,008,187,31 mil
PIB per capita (IBGE/2018[3]) R$ 28 041,03

Etimologia editar

Aguay na língua tupi significa chocalho, guiso, cascavel. A cobra cascavel assim é chamada porque tem cascavéis, e na língua tupi é denominada mboy-aguahy, porque tem guiso, cascavel, chocalho (aguaís). Até 1944 a localidade denominava-se Cascavel e era um distrito de São João da Boa Vista.

História editar

A ocupação europeia do município começou no início do século XVIII, quando as famílias Alves e Tangerino apossaram-se de terras nessa região em que serpeia o riacho Itupeva e de onde se avistam, ao longe, as serras de caldas. Depois, estes campos passaram a ser propriedade de Bento Dias Moreira, que por sua vez, os transferiu a João Moreira da Silva e Silvestre Antonio da Rosa. No início do século XIX, João Moreira da Silva vendeu parte de suas terras a João Rodrigues da Fonseca, as mesmas que, depois, foram adquiridas pelo capitão Joaquim Gonçalves Valim. Daí, graças a liberação de várias glebas doadas pelos herdeiros do capitão Valim, deu-se a formação da área para início do pequeno povoado de Cascavel, às margens da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, na Estação de Cascavel, cujo nome é originário de antigo potreiro existente nas suas imediações, o qual, segundo a lenda, teria abrigado enorme cobra desta espécie[4][5].

A povoação de Cascavel iniciou a partir da instalação da Estação Cascavel da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1 de janeiro de 1887, entre os rios Moji-Guaçu e seu afluente Jaguari-Mirim, no município de São João da Boa Vista, motivando o interesse de pessoas a fixarem residência e casas de comércio, pois eram vantajosas as perspectivas de desenvolvimento para a localidade. Nesse mesmo ano, chegou na região a família Braga, constituída pelo Major João Joaquim Braga, sua mulher, Dona Placidina Gonçalves Braga, e filhos; ficaram residindo bem próximo à Estação, em casa própria. Major Braga, natural de Braga (Portugal), era dinâmico, empreendedor, comerciante, idealista de espírito público, desde logo posse em ação para conseguir a formação do Patrimônio do Senhor Bom Jesus de Cascavel, obtendo já no ano de 1889 a criação da Agência de Correios, a nomeação do Sub-Delegado de Polícia e as primeiras doações de terrenos.

Em 4 de agosto de 1898, através da Lei Estadual nº 584, Major Braga via concretizar-se seu desejo, com a elevação do pequeno povoado de Cascavel à categoria de distrito, subordinado ao município de São João da Boa Vista, já incorporado de diversas benfeitorias que indicavam uma vila: ruas traçadas, diversas moradias, algumas casas de comércio, dois hotéis, a praça arborizada, a capela e o cemitério.

Dois anos após, em 28 de setembro de 1900, acontecia a primeira instalação da paróquia do Senhor Bom Jesus de Cascavel, sendo o Bom Jesus o padroeiro da localidade, festivamente reverenciado e louvado, todos os anos na tradicional data de 6 de agosto.

Em 30 de novembro de 1944, através do Decreto-lei Estadual nº 14 334, o distrito de Cascavel foi elevado à categoria de município, com a denominação de Aguaí, desmembrado de São João da Boa Vista e Mogi-Guaçu. Sua instalação ocorreu no dia 1 de janeiro de 1945.

Nos últimos anos, embora a situação social do Brasil, inserido no contexto internacional de rápidas transformações em todos os campos da atividade humana, tenha sofrido reformas marcantes, podemos considerar Aguaí um período de expansão urbana e significativo crescimento agrícola e industrial, sofrendo, por vezes, as preocupações carenciais causadas por inflação monetária desenfreada e ação política dúbia. Na sua trajetória de contínuo crescimento, Aguaí passa a contar a partir de 2 de dezembro de 1983, os benefícios da instalação do Foro Distrital criada pela Lei nº 3.396, de 16 de junho de 1982, após enorme empenho do então Prefeito Dr. Luiz Antonio Milanez.

Geografia [6][7][8] editar

O Município de Aguaí possui uma área de 474,741 km² localizada no leste paulista e na bacia hidrográfica do Rio Mogi-Guaçu. Essa área faz limite com os seguintes municípios: ao norte, Santa Cruz das Palmeiras,Casa Branca e Vargem Grande do Sul; a leste, São João da Boa Vista; ao sul, Mogi Guaçu, Espírito Santo do Pinhal e Leme; a oeste, Pirassununga. Sua população total é de 35 508 habitantes (de acordo com a estimativa do IBGE de 2017).

Topografia editar

  • Plana

Demografia editar

Dados do Censo - 2019

População total estimada: 36.305 hab.

  • Urbana: 29.001
  • Rural: 3.147
    • Homens: 16.217
    • Mulheres: 15.931

Densidade demográfica: 67,72 hab./km²

Mortalidade infantil até um ano: 15,24 por mil

Expectativa de vida: 76,5 anos

Taxa de fecundidade: 2,1 filhos por mulher

Taxa de alfabetização (maiores de 15 anos): 92,27%

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M): 0,786

  • IDH-M Renda: 0,703
  • IDH-M Longevidade: 0,858
  • IDH-M Educação: 0,606

(Fonte: IPEADATA)

Hidrografia editar

Rodovias editar

Ferrovias [9] editar

Estradas municipais editar

Economia editar

 
Área rural, irrigação com pivo central de em cultivo de sorgo.

A economia do município está baseada principalmente na agricultura e no setor industrial de papelão, a cidade possui quatro empresas no setor que emprega cerca de 40% dos trabalhadores da cidade. No setor agrícola, predominam as culturas de cítricos, soja, algodão, milho, feijão e arroz, na pecuária: leite e corte. Já o setor industrial dispõe de produções nas áreas de alimentos, embalagens, máquinas, materiais de construção etc. O setor bancário do município é bem estruturado. Aguaí possui 5 agências bancárias.

Educação editar

O município conta com quinze escolas municipais e quatro estaduais.

Igreja Católica editar

O município pertence à Diocese de São João da Boa Vista. Possui três paróquias: Senhor Bom Jesus (padroeiro da cidade), que tem como pároco o padre Everaldo Donizete Ribeiro; São Benedito, que tem como pároco o padre Mauro Celso Rodrigues e Santa Cruz (antiga São Sebastião da Colina), que tem, como pároco, o padre Anderson Ricardo Pereira.

Comunicações editar

A cidade foi atendida pela Companhia Telefônica Brasileira (CTB) até 1973[10], quando passou a ser atendida pela Telecomunicações de São Paulo (TELESP), que construiu a central telefônica utilizada até os dias atuais. Em 1998 esta empresa foi privatizada e vendida para a Telefônica[11], sendo que em 2012 a empresa adotou a marca Vivo[12] para suas operações de telefonia fixa.

Referências

  1. a b «Panorama Aguaí». IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 2017. Consultado em 22 de janeiro de 2018 
  2. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. a b https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9088-produto-interno-bruto-dos-municipios.html?t=pib-por-municipio&c=3500303  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  4. «Aguaí». IBGE. Consultado em 8 de janeiro de 2018 
  5. «Interior SP - Aguaí». spcidades.com.br. Consultado em 21 de julho de 2019 
  6. «Aspectos Municipais». Câmara Municipal de Aguaí. Consultado em 21 de julho de 2019 
  7. «Aguaí - SP». Atlas de Desenvolvimento Humano no Brasil. Consultado em 21 de julho de 2019 
  8. «Perfil dos Municípios Paulistas | Fundação Seade». www.perfil.seade.gov.br. Consultado em 21 de julho de 2019 
  9. «Aguaí -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 2 de outubro de 2020 
  10. «Relação do patrimônio da CTB incorporado pela Telesp» (PDF). Diário Oficial do Estado de São Paulo 
  11. «Nossa História». Telefônica / VIVO 
  12. GASPARIN, Gabriela (12 de abril de 2012). «Telefônica conclui troca da marca por Vivo». G1 

Ligações externas editar

 
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