Alfredo Ceschiatti

escultor brasileiro

Alfredo Ceschiatti (Belo Horizonte, 1 de setembro de 1918Rio de Janeiro, 25 de agosto de 1989) foi um escultor, desenhista e professor brasileiro.[1]

Alfredo Ceschiatti
Alfredo Ceschiatti
Nascimento 1 de setembro de 1918
Belo Horizonte
Morte 25 de agosto de 1989
Rio de Janeiro
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação escultor
Empregador(a) Universidade de Brasília
Movimento estético arte abstrata

Biografia editar

 
Sem Título (1978), escultura exposta na Estação Sé

Filho de pais italianos e neto de gregos,[2] foi à Itália em 1937, beneficiado pelo governo italiano em promover viagens de filhos de imigrantes ao país. De volta ao país, fixou-se na cidade do Rio de Janeiro onde estudou na Escola Nacional de Belas Artes. Foi premiado no Salão Nacional de Belas Artes, em 1945, pelo baixo-relevo do batistério da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte. Conheceu Oscar Niemeyer, que lhe encomendou uma escultura para o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, em Belo Horizonte. Ceschiatti criou O Abraço, obra de duas mulheres abraçadas. Considerada imoral pelos mineiros, ficou guardada muitos anos até ser finalmente exposta em um jardim da Pampulha. A escultura Duas Amigas foi feita para o Salão Nobre (jardim superior) do Palácio Itamaraty com orientações do embaixador Wladimir Murtinho, que atuava como curador-chefe no projeto de ambientação do Palácio. O gosto do artista pela figura feminina está presente em várias de suas obras.[3]

Em 1960 esculpiu, em granito, As Três Forças Armadas, um dos temas no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro.[4] Possui obras em diversos museus brasileiros.[1]

Em nova parceria com Niemeyer, tornou-se o principal escultor da nova capital do País em Brasília, entre elas:

Na nova Capital Federal, fez parte da Comissão Nacional de Belas Artes e foi professor de escultura e desenho na Universidade de Brasília. Demitiu-se depois, em solidariedade aos colegas perseguidos por motivos políticos. Queixou-se, décadas depois, da forma pela qual Brasília tratava suas obras.

Referências

  1. a b «Alfredo Ceschiatti». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 19 de julho de 2021 
  2. Castro, Ruy (2021). Ela é carioca: Uma Enciclopédia de Ipanema. São Paulo: Companhia das Letras. 560 páginas. ISBN 9786557822326 
  3. «Alfredo Ceschiatti obras e biografia». Guia das Artes. Consultado em 19 de julho de 2021 
  4. «Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial». Parque do Flamengo. Consultado em 19 de julho de 2021 

Ligações externas editar

 
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