Amaturá

município brasileiro no estado do Amazonas

Amaturá é um município brasileiro no interior do estado do Amazonas, Região Norte do país. Pertencente à Região Geográfica Intermediária de Tefé e Região Geográfica Imediata de Tabatinga, localiza-se a oeste de Manaus, capital do estado, distando desta cerca de 1.072 quilômetros. Ocupa uma área de 4 758,821 km²[2] e sua população, estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2020, era de 11 736 habitantes,[3] o que faz deste o quinquagésimo oitavo município mais populoso do estado do Amazonas e o menos populoso de sua microrregião.

Amaturá
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Amaturá
Bandeira
Brasão de armas de Amaturá
Brasão de armas
Hino
Lema O ser humano em primeiro lugar
Gentílico amaturaense
Localização
Localização de Amaturá no Amazonas
Localização de Amaturá no Amazonas
Localização de Amaturá no Amazonas
Amaturá está localizado em: Brasil
Amaturá
Localização de Amaturá no Brasil
Mapa
Mapa de Amaturá
Coordenadas 3° 21' 50" S 68° 11' 52" O
País Brasil
Unidade federativa Amazonas
Municípios limítrofes Jutaí, São Paulo de Olivença e Santo Antônio do Içá
Distância até a capital 1,072 km
História
Fundação 1981 (43 anos)
Administração
Prefeito(a) José Augusto Barrozo Eufrásio (UNIÃO [1], 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [2] 4 758,821 km²
População total (estimativa populacional - IBGE/2020[3]) 11 736 hab.
 • Posição AM: 58º
Densidade 2,5 hab./km²
Clima Equatorial (Am)
Fuso horário UTC -05:00 (UTC-4)
CEP 69620-000
Indicadores
IDH (PNUD/2010[4]) 0,560 baixo
PIB (IBGE/2018[5]) R$ 83 090,72 mil
 • Posição AM: 60º
PIB per capita (IBGE/2018[5]) R$ 7 332,40
Sítio amatura.am.gov.br (Prefeitura)

História editar

Amaturá possui sua história ligada ao município de Jutaí e São Paulo de Olivença, pois emancipou-se do mesmo em 1981.

De acordo com historiadores locais, o nome 'Amaturá' provem da linguagem local onde índios, principalmente das etnias Cocama e Cambeba, chamavam um antigo cesto utilizado para carregar várias coisas, de Aturá, posteriormente a pronuncia foi modificada para Amaturá, segundo conta o Frei da ordem dos Capuchinhos Menores Henrique Sampalmiere em seu livro "Os Segredos da Selva".

 
Cesto de Aturá

Geografia editar

Com uma área de 4.780 km². Sua população estimada em 2019 era de 11 536 habitantes, conforme estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sua densidade demográfica é de 2,36 hab/km².

Bairros editar

 Ver artigo principal: Lista de bairros de Amaturá

A área urbana do município de Amaturá divide-se em 3 principais bairros: Centro, Santa Etelvina e São Francisco. Há diversas comunidades rurais no município, entre comunidades ribeirinhas e povoados.

Administração editar

    • Prefeito:José Augusto Barrozo Eufrásio (PROS) (2021-2024)
    • Vice Prefeito: Evandro Lopes Nunes (Avante)

Dados estatísticos editar

Composição econômica [6]
Serviços

69,5 %

Agropecuária

22,5 %

Indústria

9 %

Para 2008

  • Fundação: 1987
  • Altitude: 58 metros
  • População 11.047 (estimativa de 2016)
  • Homens 3.287
  • Mulheres 3.051
  • Dens. Demográfica - 1,33 hab/km²
  • Área Total: 4.759,1 km²

Demografia editar

Composição étnica editar

Os principais grupos étnicos de Amaturá são: Pardos (58%), brancos (17%),indígenas (18%) e negros (0,7%).

Infraestrutura editar

Saúde editar

O município possuía, em 2009, apenas 2 estabelecimentos de saúde, sendo todos estes públicos municipais ou estaduais, entre hospitais, pronto-socorros, postos de saúde e serviços odontológicos. Neles havia 15 leitos para internação.[7] Em 2014, 97,73% das crianças menores de 1 ano de idade estavam com a carteira de vacinação em dia. O índice de mortalidade infantil entre crianças menores de 5 anos, em 2016, foi de 21,43, indicando uma redução em comparação a 1998, quando o índice foi de 24,59 óbitos a cada mil nascidos vivos. Entre crianças menores de 1 ano de idade, a taxa de mortalidade aumentou de 8,20 (1998) para 14,29 a cada mil nascidos vivos, totalizando, em números absolutos, 82 óbitos nesta faixa etária entre 1998 e 2016. No mesmo ano, 27,50% das crianças que nasceram no município eram de mães adolescentes. Conforme dados do Sistema Único de Saúde (SUS), órgão do Ministério da Saúde, a taxa de mortalidade devido a acidentes de transportes terrestres não registrou nenhum óbitos em 2016, permanecendo com o mesmo resultado de anos anteriores, quando não se registrou nenhum óbito neste indicador. Ainda conforme o SUS, baseado em pesquisa promovida pelo Sistema de Informações Hospitalares do DATASUS, não houve internações hospitalares relacionadas ao uso abusivo de bebidas alcoólicas e outras drogas entre 2008 e 2017.[8]

A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 45,45 para 1.000 nascidos vivos, sendo o pior resultado entre os municípios do estado do Amazonas. Em 2016, 25% das mortes de crianças com menos de um ano de idade foram em bebês com menos de sete dias de vida. Óbitos ocorridos em crianças entre 7 e 27 dias de vida foram 0% dos registros. Outros 75% dos óbitos foram em crianças entre 28 dias e um ano de vida. No referido período, houve 7 registros de mortalidade materna, que é quando a gestante entra em óbito por complicações decorrentes da gravidez. O Ministério da Saúde estima que, das mortes que ocorreram em 2016 entre menores de um ano de idade, nenhuma destas poderia ter sido evitadas, dadas as circunstâncias em que se encontravam. Cerca de 94% das crianças menores de 2 anos de idade foram pesadas pelo Programa Saúde da Família em 2014, sendo que 0,4% delas estavam desnutridas.[8][9][10]

Até 2009, o município de Amaturá possuía estabelecimentos de saúde especializados em obstetrícia e pediatria, e nenhum estabelecimento de saúde com especialização em psiquiatria, traumato-ortopedia, cirurgia bucomaxilofacial, neurocirurgia ou clínica médica. Dos estabelecimentos de saúde, apenas 1 deles era com internação.[7] Até 2016, havia 10 registros de casos de HIV/AIDS, tendo uma taxa de incidência, em 2016, era de 0 casos a cada 100 mil habitantes, e a mortalidade, em 2016, 0 óbitos a cada 100 mil habitantes.[8] Entre 2001 e 2012 houve 8 casos de doenças transmitidas por mosquitos e insetos, sendo todos estes de leishmaniose.[11]

Referências

  1. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  2. a b IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  3. a b Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (27 de agosto de 2020). «Estimativas da população residente no Brasil e unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2020». Consultado em 28 de agosto de 2020 
  4. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil» (PDF). Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 2 de agosto de 2013 
  5. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios (2018)». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 13 de junho de 2021 
  6. Seplan Secretaria de Planejamento do Amazonas (SEPLAN) (9 de março de 2010). «Produto Interno municipal do Estado do Amazonas» (PDF). Consultado em 15 de outubro de 2010 
  7. a b Cidades@ - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Serviços de saúde - 2009». Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  8. a b c Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) (2014). «ODS 03: Saúde e bem-estar». Relatórios Dinâmicos. Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  9. Portal ODM (2015). «1 - acabar com a fome e a miséria». Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  10. @Cidades. «Saúde». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  11. Portal ODM (2012). «6 - combater a Aids, a malária e outras doenças». Consultado em 19 de dezembro de 2018 
  • Sampalmieri, Henrique. Os Segredos da Floresta. Editora Norma, 2012.
  • AMORIM, Israel. A Cidade de Amaturá. Artigo científico. Mestrando em Geografia pela Universidade Federal do Amazonas, 2016.