Anatólio Falé
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Anatólio dos Reis Falé, mais conhecido por Anatólio Falé (Lagos, 7 de Julho de 1913 - Lagos, 22 de Julho de 1980), foi um professor, músico e compositor português.
Anatólio Falé | |
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Informação geral | |
Nome completo | Anatólio dos Reis Falé |
Nascimento | 7 de Julho de 1913 |
Local de nascimento | Lagos Portugal |
Morte | 22 de Julho de 1980 |
Local de morte | Lagos |
Género(s) | Música folclórica |
Ocupação(ões) | Compositor, professor e músico |
Instrumento(s) | Acordeão e violino |
Gravadora(s) | Biblioteca Nacional de Portugal Sociedade Portuguesa de Autores |
Afiliação(ões) | José Lopo da Veiga |
Biografia editar
Nascimento e formação editar
Anatólio dos Reis Falé nasceu na cidade de Lagos em 7 de Julho de 1913, filho de Luís dos Reis Falé e de Maria da Conceição Falé. Frequentou as escolas primária e Industrial em Lagos. Iniciou a sua educação musical aos oito anos de idade.
Carreira artística e profissional editar
Tornou-se um músico profissional aos dezassete anos, como exímio acordeonista e violista. Radicado em Lisboa durante alguns anos, estendeu a sua actividade musical ao Cinema, Teatro e Rádio, onde se popularizou.
Participou com grande sucesso em diversas orquestras e compôs dezenas de trabalhos inéditos registados na Biblioteca Nacional de Portugal e na Sociedade Portuguesa de Autores, para além de editoras nacionais e estrangeiras. Musicou igualmente letras de canções dos mais variados poetas. Muito ligado à sua terra natal, criou músicas ligeiras para letras de vários conterrâneos, incluindo as músicas do filme Algarve em Flor, de Fernando Ponte e Sousa, que compôs em conjunto com José Lobo da Veiga. [1] Também compôs várias composições musicais, gravadas em disco e em filmes, para editoras nacionais e estrangeiras. Regressou a Lagos no final dos anos 40, onde continuou a sua actividade de compositor, e exerceu como professor de Educação Musical.
Também ocupou as posições de director no Instituto Mozart e no Clube Artístico Lacobrigense, presidente no Grémio Recreativo Lacobrigense e na Sociedade Filarmónica Lacobrigense 1º de Maio, e foi fundador e presidente de uma Escola de Música por correspondência, que chegou a reunir milhares de alunos em Portugal e no estrangeiro.[2]
Vida Pessoal editar
Casou com Floripes Maria Dias Falé, de quem teve dois filhos, Anatólio Dias Falé e Carmelita Dias Falé, e dois netos, Pedro Luís Vieira Falé e Laura Sequeira Falé.
Falecimento editar
Anatólio dos Reis Falé faleceu em Lagos, no dia 22 de Julho de 1980.
Obras editar
É autor de obras reconhecidas internacionalmente pelo seu elevado valor pedagógico, entre elas: [3][2]
- Método de Solfejo (8 volumes) [4]
- Método de Acordeão (20 volumes)
- Curso de Viola Moderna (3 volumes)
Homenagens editar
A Câmara Municipal de Lagos deu o nome de Anatólio Falé a uma rua da cidade e colocou uma placa de homenagem, assinalando as datas do seu nascimento e da sua morte, na fachada do prédio onde nasceu e viveu as últimas dezenas de anos da sua existência.[5][6][2]
A Academia de Música de Lagos promove anualmente o Concurso de Música Anatólio Falé, dirigido a alunos matriculados em Conservatórios e Escolas de Música certificadas pelo Ministério da Educação.[7]
Referências
- ↑ Nascimento, Frederico Lopes / Marco Oliveira / Guilherme. «Algarve em Flor». CinePT-Cinema Portugues. Consultado em 14 de dezembro de 2021
- ↑ a b c Marreiros, Glória Maria (2000). Quem foi quem? 200 algarvios do século XX. Lisboa: Edições Colibri. pp. 193–194. ISBN 972-772-192-3
- ↑ «Anatólio Falé». Fototeca Municipal de Lagos. Consultado em 14 de dezembro de 2021
- ↑ «Biblioteca Nacional de Portugal». catalogo.bnportugal.gov.pt. Consultado em 14 de dezembro de 2021
- ↑ «Freguesia de São Sebastião» (PDF). Câmara Municipal de Lagos. Consultado em 9 de Dezembro de 2018. Arquivado do original (PDF) em 23 de Setembro de 2015
- ↑ «Código Postal - Rua Anatólio Falé». Código Postal. Consultado em 14 de dezembro de 2021
- ↑ «Vencedores do XIII Concurso de Música Anatólio Falé Cidade de Lagos 2018». academiademusicadelagos.blogs.sapo.pt. Consultado em 14 de dezembro de 2021
Bibliografia editar
- FERRO, Silvestre Marchão (2002). Vultos na Toponímia de Lagos. Lagos: Câmara Municipal de Lagos. 358 páginas. ISBN 972-8773-00-5