António Cardoso Avelino

político português

António Cardoso Avelino, originalmente conhecido como Antonio Cardozo Avellino (Lamego, 1822 - 6 de Dezembro de 1889) foi um jurista e político português.

António Cardoso Avelino
Antonio Cardozo Avellino
António Cardoso Avelino
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios das Obras Públicas, Comércio e Indústria
Período 13 de Setembro de 1871
9 de Novembro de 1876
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Fazenda (interino)
Período 15 de Janeiro de 1872
28 de Janeiro de 1872
Ministro e Secretário de Estado dos Negócios Eclesiásticos e da Justiça
Período 9 de Novembro de 1876
5 de Março de 1877
Dados pessoais
Nascimento 1822
Lamego
Morte 6 de dezembro de 1889 (67 anos)
Nacionalidade Portugal Portugal
Partido Partido Progressista

Biografia editar

Nascimento editar

Nasceu em 1822,[1] na cidade de Lamego.[2]

Carreira política editar

Em 1863, António Cardoso Avelino era ajudante do fiscal da coroa junto do Ministério das Obras Públicas, tendo emitido um relatório sobre um pedido do empresário britânico George Croft para que a propriedade das minas que possuía no Distrito de Leiria fosse passada para uma empresa britânica.[1] Este parecer foi uma das principais bases legais para a utilização de capital estrangeiro em Portugal, o que deu um grande impulso ao processo económico da regeneração.[1]

António Cardoso Avelino exerceu como ministro das Obras Públicas sob a presidência de Fontes Pereira de Melo,[3] tendo sido duramente criticado nos meios políticos devido à sua concessão para o Caminho de Ferro de Cacilhas.[2] Foi também durante o seu mandato que foram feitas várias propostas para caminhos de ferro, incluindo uma via férrea transversal de Ponte de Santana a São Martinho do Porto pelo Cartaxo, Rio Maior, Óbidos e Caldas da Rainha, e outra de Vila Real a Viseu pelo Régua, Lamego, apresentada pelo empresário alemão Maximiliano Schreck.[4]

Passou depois para a pasta da Justiça como interino,[3] embora nessa altura já fosse considerado como um político gasto, pelo que saiu da administração pública após o final do seu mandato.[2] Foi então promovido de ajudante do Procurador Geral da Coroa para Procurador Geral, e destacado como administrador da Casa de Bragança.[2] Apesar do seu afastamento do governo, continuou a ter uma influência indirecta nos assuntos de estado, através do seu direito de voto consultivo.[2]

Também se interessava pela música, tendo-se destacado como pianista.[2]

Últimos anos e falecimento editar

António Cardoso Avelino sofreu nos seus últimos anos de uma lesão na aorta, que depois foi acentuada devido a uma pneumonia[2], tendo morrido em 6 de Dezembro de 1889.[3] Estava casado com uma filha do conselheiro Paiva Pereira, e tinha uma filha.[3]

Referências

  1. a b c BRANDÃO e NUNES, 2015:219-220
  2. a b c d e f g «Antonio Cardoso Avelino» (PDF). Diario Illustrado (5994). Lisboa. 11 de Dezembro de 1889. p. 1. Consultado em 11 de Dezembro de 2018 
  3. a b c d «Conselheiro Cardoso Avelino» (PDF). Diario Illustrado (5990). Lisboa. 7 de Dezembro de 1889. p. 2. Consultado em 11 de Dezembro de 2018 
  4. SERRÃO, 1986:238

Bibliografia editar

  • SERRÃO, Joaquim Veríssimo (1986). História de Portugal. O Terceiro Liberalismo (1851-1890). Lisboa: Verbo. 423 páginas 
  • BRANDÃO, José Manuel; NUNES, Maria de Fátima (editores) (2015). Memórias do carvão (PDF). Serviços de Ciência e Cooperação - Universidade de Évora. Batalha e Porto de Mós: Câmara Municipal da Batalha, Câmara Municipal de Porto de Mós e Instituto de História Contemporânea da Universidade de Évora. 375 páginas. ISBN 978-989-8210-23-4. Consultado em 11 de Dezembro de 2018 


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