Toninho do PT

político brasileiro, 53° prefeito de Campinas
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Antônio da Costa Santos (São Paulo, 4 de março de 1952Campinas, 10 de setembro de 2001), mais conhecido como Toninho do PT, foi arquiteto, professor universitário e político brasileiro.

Antônio da Costa Santos
Toninho do PT
Toninho do PT
Antônio da Costa Santos
53.° Prefeito de Campinas
Período 1° de janeiro de 2001 até 10 de setembro de 2001
Vice-prefeito Izalene Tiene
Antecessor(a) Francisco Amaral
Sucessor(a) Izalene Tiene
Vice-prefeito de Campinas
Período 1° de janeiro de 1989 até 1° de janeiro de 1993
Prefeito Jacó Bittar
Dados pessoais
Nome completo Antônio da Costa Santos
Nascimento 4 de março de 1952
São Paulo, SP, Brasil
Morte 10 de setembro de 2001 (49 anos)
Campinas, São Paulo, Brasil
Nacionalidade Brasileiro
Primeira-dama Roseana M. Garcia
Partido PT (1981–2001)
Profissão Arquiteto

Filiado ao PT, exercia o cargo de prefeito de Campinas quando foi assassinado a tiros, às 22h20 do dia 10 de setembro de 2001.

Casa Grande e Tulha editar

Em 1978, Antônio da Costa Santos adquiriu o lote que continha o conjunto arquitetônico e histórico conhecido como Casa Grande e Tulha, vindo a restaurá-lo e a residir nela, utilizando-a como fonte de pesquisa para estudar a evolução urbana da cidade.[1] A propriedade veio a ser tombada em nível nacional pelo IPHAN em 2011.[2]

Assassinato editar

 
Homenagem localizada no Palácio dos Jequitibás

Antonio da Costa Santos, quando foi assassinado, estava no cargo de prefeito de Campinas havia apenas oito meses e dez dias. Porém, sua atuação contra a corrupção na política campineira vinha de longa data, principalmente no setor de obras urbanas. Nesse tempo que esteve a frente da prefeitura reduziu em até 40% os valores pagos em contratos com empresas de serviços de merenda escolar, limpeza urbana e segurança urbana.

Um inquérito policial concluiu que o prefeito, durante uma viagem que fazia de automóvel, foi assassinado por "atrapalhar o trânsito" de um bando de criminosos que queria ultrapassar o seu veículo.[3] Foram efetuados três disparos na direção do prefeito. A última das três balas atingiu Toninho na artéria aorta, matando-o instantaneamente, por volta das 22h20.[4] Minutos antes, ele passara em uma loja do Shopping Iguatemi para retirar ternos que havia comprado.

A família de Toninho não aceitou o resultado do inquérito policial, que tinha inúmeras fragilidades, e pediu novas investigações. Os familiares do prefeito morto e grande parte da população de Campinas acreditam que o crime teve motivação política,[5] A cobertura de sua morte foi quase completamente ofuscada pelos ataques de 11 de setembro de 2001 aos Estados Unidos, ocorridos na manhã seguinte ao dia da sua morte. Em 2011, nas celebrações que marcaram 10 anos de seu assassinato, a antiga Estação Ferroviária de Campinas recebeu o nome de Estação Cultura Prefeito Antônio da Costa Santos.[6]Além disso, foi criado o Centro Acadêmico do curso de Administração Pública da Faculdade de Ciências Aplicadas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) em 2013, onde o nome escolhido fora "Centro Acadêmico Antônio da Costa Santos" (sigla CAACS).[7]

Ver também editar

Referências

  1. Prefeitura Municipal de Campinas. «Casa Grande e Tulha». Consultado em 21 de julho de 2012. Arquivado do original em 22 de fevereiro de 2014 
  2. Portal RAC (6 de setembro de 2011). «Patrimônio tomba a casa onde viveu Toninho». Consultado em 21 de julho de 2012 [ligação inativa]
  3. «Com mais dúvidas que certezas, morte de Toninho faz 17 anos». A CidadeON Campinas. 10 de setembro de 2018. Consultado em 13 de abril de 2020 
  4. Folha Campinas (11 de setembro de 2001). «Aos 49, Toninho, 8 meses de governo, é assassinado». Folha de S.Paulo. Consultado em 13 de abril de 2020 
  5. Agência Estado (8 de setembro de 2007). «Após seis anos, viúva de Toninho do PT diz se sentir abandonada». G1. Consultado em 13 de abril de 2020 
  6. Secretaria Municipal de Cultura de Campinas (12 de janeiro de 2018). «Estação Cultura: de lugar de passagem ao lugar dos encontros» (PDF). Paratodos (edição 28) 
  7. Faculdade de Ciências Aplicadas, Unicamp. «Diretórios e Centros Acadêmicos». Consultado em 16 de março de 2021 

Ligações externas editar

Precedido por
Francisco Amaral
Prefeito de Campinas
 

janeiro a setembro de 2001
Sucedido por
Izalene Tiene