Apeadeiro de Diogal

apeadeiro em Portugal

O Apeadeiro de Diogal foi uma interface da Linha do Algarve, que servia a zona de Diogal, no Concelho de Faro, em Portugal.

Diogal
Linha(s): Linha do Algarve (PK 333,506)
Coordenadas: 37°3′38.49″N × 7°58′25.24″W

(=+37.06069;−7.97368)

Mapa

(mais mapas: 37° 03′ 38,49″ N, 7° 58′ 25,24″ O; IGeoE)
Município: border link=FaroFaro
Serviços: sem serviços
Encerramento: demolido
Vestígios do apeadeiro de Diogal, em 2018
Aviso de 1905, onde Diogal surge com a categoria de paragem

História editar

 Ver artigo principal: História da Linha do Algarve

O Apeadeiro de Diogal inseria-se no lanço da Linha do Algarve entre Tunes e Faro, que foi inaugurado em 1 de Julho de 1889 pela divisão estatal dos Caminhos de Ferro do Sul e Sueste.[1][2]

Referências literárias editar

Pela portinhola do comboio vou seguindo a paisagem de figueiras e vinhas que desfila. De um lado o céu doirado e violeta, do outro todo roxo. Os nomes das estações têm um sabor a fruto maduro e exótico: Almancil-Nexe, Diogal, Marchil… De vez em quando fixo um pormenor: uma mulher passa na estrada branca, entre oliveiras pulvurentas e fantasmas esbranquiçados de árvores, sentada no burrico, de guarda-sol aberto, e dando de mamar ao filho. Terras de barro vermelho. Grupos de figueiras anainhas estendem os braços pelo chão até ao mar, deixando cair na água os ramos vergados de fruto, que só amadurece com as branduras. Uma ou outra casinha reluzindo de caiada: ao lado, e sempre, a nora de alcatruzes e um burrinho a movê-la entre as leves amendoeiras em fila, as oliveiras de um verde mais escuro e a alfarrobeira carregada de vargens negras pendentes. A mesa de Deus está posta. Estradas orladas de cactos imóveis como bronze, e a deslumbrante Fuzeta, com o seu zimbório entre árvores esguias. Ao longe, e sempre, acompanha-me o mar, que mistura o seu hálito a esta luz vivíssima.
Raul Brandão, Os Pescadores, p. 185 (1923)

Ver também editar

Referências

  1. TORRES, Carlos Manitto (1 de Fevereiro de 1958). «A evolução das linhas portuguesas e o seu significado ferroviário» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. 70 (1683). p. 76-78. Consultado em 1 de Novembro de 2017 
  2. SANTOS, 1997:181
 
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Bibliografia editar

  • SANTOS, Luís Filipe Rosa (1997). Faro: um Olhar sobre o Passado Recente. (Segunda Metade do Século XIX). Faro: Câmara Municipal. 201 páginas 
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